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Este ano foi o primeiro em que eu posso dizer, de uma maneira pessoal, que participei ativamente da indústria de games, tentando acompanhar seus passos na medida do possível. Nunca deixei de jogar nada e ando acompanhando como anda este mercado já faz alguns anos, mas 2017 foi o primeiro ano em que consegui jogar vários lançamentos, e no lançamento ainda por cima! Além disso ser inédito pra mim, não joguei mais por falta de tempo mesmo, pois ainda tenho alguns lançamentos do ano parados esperando a sua vez (Horizon Zero Dawn é um deles).

Pessoalmente, achei 2017 um ano muito melhor para jogos que 2016, e basicamente foi focado praticamente apenas em sequências. Muitas franquias famosas deram as caras novamente, algumas tentando resgatar a glória do passado com uma fórmula totalmente nova, como foi o caso de Resident Evil 7 e Assassin’s Creed: Origins, e outras apenas dando continuidade a suas histórias, como foi com os jogos da Bethesda. De uma forma geral, posso dizer que a grande maioria conseguiu se sair bem e tivemos excelentes jogos este ano. É até difícil escolher apenas três para citar aqui, mas depois de pensar bastante, com muito custo, consegui montar meu Top 3. Lembrando que estarei considerando e citando apenas os jogos que eu joguei ao longo do ano.

Call of Duty: WWII

Imagem do jogo Call of Duty: WWII

Esse se encaixa no time “tentando recuperar a glória do passado”, porém sem mexer muito na fórmula do jogo. Nunca fui fã de COD, não sou muito fã de jogos FPS mas sempre tento jogar de tudo, então quando fui jogar WWII, acabou que ele me ganhou mais do que eu esperava. A campanha do jogo é realmente elogiável e, para amantes de história como eu, não dá pra botar defeito; você consegue sentir o perigo e a adrenalina da guerra na pele. Muitos momentos do jogo me remeteram à episódios da minissérie Band of Brothers, produzida pela HBO e lançada em 2001, essa que provavelmente é a melhor obra audiovisual com temática de Segunda Guerra Mundial já produzida. O jogo e a série trazem os mesmos momentos da segunda guerra para as telas, como o Dia D, libertação de Paris e a invasão dos americanos em solo alemão. Então pra quem é a par desses acontecimentos, é realmente empolgante jogar tudo aquilo com uma narrativa tão rica e gráficos tão bonitos.

Pela primeira vez em anos um jogo conseguiu me engajar em seu multiplayer, coisa inédita, pois sou amante de single player e conheço bem minhas limitações. Dificilmente me arrisco a encarar outros jogadores no modo online, pois sei que vou mais passar raiva do que me divertir. Em WWII não foi muito diferente de início, mas não demorou muito para que eu pegasse o jeito e conseguisse um bom desempenho nas partidas. De alguma forma o multiplayer conseguia me deixar com vontade de jogar mais e mais, me prendendo por um tempo. COD teve mais baixos do que altos nos últimos anos, mas ao menos em 2017 a Activision não deixou a desejar.

Crash Bandicoot: N’Sane Trilogy

Imagem do jogo Crash Bandicoot: N’Sane Trilogy

Pode ser estranho esse jogo estar incluído na minha lista, mas eu não podia deixá-lo de fora. Crash foi um marco na minha vida, foi meu primeiro contato com um game de plataforma 3D, o que foi um passo e tanto considerando que antes do PlayStation eu só tinha um SNES e jogava jogos de plataforma 2D padrões. Conheci Crash no auge dos meus 9 anos, aquela época em que eu ainda tinha paciência pra repetir jogos, e essa trilogia eu joguei e rejoguei incontáveis vezes. É obvio que eu não ia perder a oportunidade de jogar tudo isso de novo com os gráficos atuais.

Crash Bandicoot: N’Sane Trilogy simplesmente fez eu me sentir criança de novo, foi como jogar tudo pela primeira vez. Mesmo com a física e hit box alteradas no primeiro título, dificultando consideravelmente as coisas, para mim os três jogos se mantiveram intactos e muito bem conservados, provando que Crash envelheceu muito bem e não importa quantos anos passem, ele continuará muito divertido de se jogar. Essa trilogia remasterizada é tão bonita e atrativa que se torna aquele tipo de jogo que terminamos mas não queremos parar de jogar, e isso nos incentiva a correr atrás do 100%. Comigo não foi diferente, e pela primeira vez consegui a porcentagem final dos três jogos, garantindo três platinas pra conta e muita satisfação pessoal.

Assassin’s Creed: Origins

Imagem do jogo Assassin’s Creed: Origins

Tenho uma relação de amor e ódio com essa franquia. Mesmo sabendo muito bem que cada jogo será a mesma coisa que o anterior em um local diferente, eu ainda não consigo evitar na hora de jogar todos. Quando Assassin’s Creed: Origins foi anunciado na E3 deste ano eu não botei muita fé, pois acreditava que ele seria mais do mesmo e que a Ubisoft estava com conversa fiada mais uma vez. Na BGS, joguei um pouco da demo que foi disponibilizada na Gamescom, e saí de lá mais satisfeito do que o esperado. Mapa imenso e muito detalhado, eventos aleatórios, elementos de RPG, combate renovado, e até mesmo o controle do falcão Senu, tudo isso deu uma cara totalmente nova para Assassin’s Creed e aguçou minha curiosidade de uma maneira que quando pus as mãos no jogo, não conseguia parar de jogar.

O game é realmente viciante, não só pela história fantástica que consegue te prender logo no início, mas também no seu gameplay, que de certa forma continua mais do mesmo, mas de um jeito diferente. A maneira como o jogo te força a explorar o ambiente ao redor e evoluir antes de prosseguir na história é muito sutil e demora muito para enjoar, o que já não é nem um pouco parecido com os outros jogos da série, que forçam uma repetição chata e maçante ao extremo. Não menos importante, essa temática toda de Egito e tudo mais é um universo mais do que fantástico a ser explorado, e a Ubisoft trouxe tudo para dentro do jogo com vigor. Origins conseguiu trazer de volta os dias de glória de Assassin’s Creed, e hoje fico feliz de não ter deixado esse jogo passar.