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Pokémon é um fenômeno inquestionável que abalou todos os jovens e crianças nos anos 90, com um sucesso que ecoa até os dias de hoje. Não há uma pessoa que não reconheça Pikachu e seus amigos, que atualmente chegam a quase mil monstrinhos. Enquanto os games batem recordes de vendas a cada novo título lançado, as animações não fazem por menos.

O principal produto animado também é um arrasa-quarteirão. Ash e seu rato elétrico já percorreram várias regiões deste universo dos monstrinhos de bolso, capturando, lutando contra vários treinadores e, principalmente, contra os planos maléficos da Equipe Rocket. Com 23 temporadas, ele se mantém até os dias atuais conquistando crianças por todo o mundo. Nem precisamos apresentar esse para você, certo?

Porém, existe muito mais que o anime clássico de Pokémon, sendo que alguns deles são muito desconhecidos pelo público. Digo por experiência própria, só de falar que vi algo relacionado ao game em animação muita gente entorta o sorriso. Coisas como “nossa, você ainda vê isso?” / “E o Ash, ganhou alguma Liga já?” saem e, até explicar a qual me refiro, o outro lado nem imaginava que existiam outros conteúdos.

Esse meu jeito de viver, ninguém nunca foi igual

Iniciando com um dos mais desconhecidos, pois no Brasil se passava como uma história dentro do próprio anime, gostaria de apresentar Pokémon Chronicles. Ele era um spin-off do clássico, contando sagas inteiras com outros personagens que não receberam seu devido destaque como possuem nos jogos da franquia.

Histórias como a caçada ao lendário Raikou, Brock retornando ao ginásio e sua família, a invasão da Equipe Rocket ao laboratório do Prof.Carvalho e outros eventos marcaram um bom respiro da imagem dos famosos protagonistas, conquistando a sua parcela de público no mundo. Infelizmente, não foi o bastante para manter a série. Começando em 2002, foi encerrado o spin-off em 2004 e o foco retornou para a animação que seguiria a saga Ruby e Sapphire.

Pokémon

Raikou faz parte do trio de cães lendários de Pokémon Gold e Silver.

Após 9 anos sem novidades, em 2013 surgiu Pokémon: Origin. Se afastando das histórias contadas no anime, essa já foca na história principal de Red e Green que é mostrada nos games. Com um ideal de ser mais realista e próximo dos fãs, essa animação se mostra mais violenta e com consequências graves para seus acontecimentos.

Dentre os destaques, vale relembrar o primeiro confronto entre Squirtle VS Charmander, onde a diferença de tipos rendeu uma derrota difícil para Red engolir. Mostrando de forma explícita o sofrimento dos monstrinhos, Pokémon: Origin não tinha medo de demonstrar situações perigosas. Não adianta nada um treinador inexperiente sair para enfrentar outros sem ao menos ter um pouco de conhecimento sobre os combates e o quanto aquilo pode infligir dor nos seus parceiros.

Nele também são mostradas a invasão na Torre de Lavender, o combate contra a Equipe Rocket na Silph Co., a subida nos degraus da Liga Pokémon vencendo os ginásios e, claro, a captura de diversas criaturas em seu caminho. Porém, até hoje ela é altamente criticada por fazer uma ligação com os jogos Pokémon X e Y. Os games sairiam em breve e alterou o final do enredo que já estava amarrado, gerando certa polêmica incluindo coisas onde não existiam.

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Só faltou o Bulbasaur para participar do combate.

Dividido em quatro episódios, o anime tinha o intuito de celebrar o aniversário de lançamento dos títulos do Game Boy e recontar toda a história que originou essa paixão mundial que impulsionou a franquia por décadas. Porém, o mesmo não foi feito com os demais como Gold e Silver, que são pedidos até hoje.

Pokémon, temos que pegar

Já em 2016, a The Pokémon Company decidiu correr por uma abordagem diferente. Com 18 episódios curtos, era lançado via Youtube a animação Generations. Seguindo a mesma ideia de Chronicles, porém focada no enredo original dos jogos, ela mostrava vários dos personagens que conhecemos nos videogames passando por seus próprios desafios.

Por exemplo, nunca vimos Green vencendo a Liga Pokémon, e ali tivemos a oportunidade. Também mostram os líderes de ginásio de Unova contra o Team Plasma no final dos jogos Black e White, assim como as aventuras do detetive Looker atrás de Giovanni. Expandindo esse universo, finalmente pode-se compreender melhor alguns fatores que levaram determinados personagens para onde os encontra no game.

Infelizmente, o canal encerrou este especial na saga X e Y, pulando os lançamentos na época de Sun e Moon. Porém, ainda há muito a explorar e com vários outros games que mereciam um tratamento nesse sentido, como Mystery Dungeon e até mesmo Conquest. Até saíram curtas em alguns lançamentos, como Omega Ruby e Alpha Sapphire e Black 2 / White 2, mas nada substancial.

Se sentiu falta de Sword e Shield acima, não se preocupe, caro leitor, houve uma razão para isso. Os novos títulos que chegaram ao Nintendo Switch recebem atualmente uma animação exclusiva para chamar de sua. Com o nome de Twilight Wings, ela segue o mesmo formato de Generations, episódios curtos transmitidos diretamente via Youtube.

Com dois personagens inéditos, a história promete percorrer Galar por sete episódios trazendo um aprofundamento digno para uma região riquíssima em enredo. Até a publicação deste artigo, apenas dois foram lançados, um demonstrando os jovens cuja história será contada e o segundo mostrando a líder de ginásio Bea treinando com seus Pokémon lutadores.

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Twilight Wings é focado em Galar e seus personagens.

Batalha Avançada

Mas agora você se pergunta, onde está Ash Ketchum, da cidade de Pallet, no meio dessa bagunça toda? Óbvio que ele continua a sua jornada para se tornar um mestre! Após se tornar campeão de Alola, ele retornou para Kanto e agora viaja para vários lugares já visitados da franquia em busca de monstros mais fortes, lutas mais desafiadoras e melhores estratégias para atingir seu objetivo.

Também devo lembrar que os atuais filmes da franquia são spin-offs do anime principal. Antes complementos, agora os longas-metragens mostram apenas o herói e Pikachu, sem a participação de outros monstrinhos de Ash. Sem citar regiões ou nada do tipo, são histórias fechadas que o protagonista passou em algum momento de sua aventura.

Elas também servem para apresentar novos Pokémon que serão lançados em eventos especiais dos games. Em The Power of Us, o intuito era dar foco à Zeraora, da geração Sun e Moon. O próximo, chamado apenas de Coco, também apresentará uma nova criatura que será incluída em Sword e Shield futuramente.

Os filmes hoje são um spin-off da franquia.

Se você acha que tem material demais, nem devo contar da atual empreitada de trazer os filmes antigos em CG, certo? Errado. Chegando na Netflix nesse mês, o confronto final de Mew e Mewtwo em computação gráfica também marca a estreia da franquia nesse formato. Com uma história acertada e os monstrinhos cativantes, não tem erro.

Por fim, vale também trazer Detetive Pikachu ao papo. Misturando atores com CG, foi um dos maiores sucessos cinematográficos de adaptações de games e bateu inúmeros recordes. Como tudo que é bom dura pouco, ele perdeu seu posto agora para o Sonic. Mas ao invés do ouriço azul, nós que saímos ganhando com produções de qualidade ainda melhores com o passar dos anos.

Com mais altos do que baixos, dá para afirmar que a jornada de capturar os 890 monstros de bolso nas animações é um firme sucesso que acompanha os jogos Pokémon. Sem deixar a peteca cair e trazendo várias histórias diferentes, tem material para todos os gostos e te dando mais conteúdo enquanto descansa da sua própria jornada.