Skip to main content

Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Indie Bar, um barzinho cujo a trilha sonora é composta por muito, mas muito Indie Rock (e dos bons). Drinks, comida, piscina de bolinhas e joguinhos carismáticos. Tudo isso proporcionado pela nossa querida Devolver Digital nesta última terça-feira (24), na companhia dos amigos e colegas que compõem o jornalismo de games brasileiro.

Além de muita confraternização e boca livre, este que vos escreve, em conjunto com o ilustríssimo locutor do nosso canal, Lp Iazzetti, tivemos a oportunidade de testar quatro jogos obviamente publicados pela Devolver, sendo que um deles foi lançado no mesmo dia do evento e outros três ainda estão por vir. O jogo de lançamento era The Swords of Ditto, cujo nosso editor Rafael Nery já escreveu um review todo caprichado.

O título que faço questão de citar primeiro é o incrível Ape Out, produzido pelo lobo solitário Gabe Cuzzillo e exclusivo de PC. Nas palavras do nosso amigo Leo Faria do Way Too Many Games, “Ape Out é uma mistura de Hotline Miami com macacos e jazz”, e eu não poderia descrever melhor essa joia rara. Ele é simplesmente encantador em todo o seu minimalismo e conceito: tudo que você faz é controlar um gorila laranja que escapou de seu cárcere e deve passar por cima de todos os caçadores que entrarem no seu caminho até chegar no final do percurso. Com poucas cores e uma jogabilidade extremamente simples (você só corre e aperta um botão pra atacar), a cereja do bolo aqui é a sua trilha sonora que se encaixa com as ações do gorila e deixa a mistura ainda melhor. Os fãs do filme Whiplash vão adorar.

O outro jogo testado foi Pikuniku, produzido pelo Sectordub e prometido para PC e Switch. Esse aqui é difícil de descrever, mas vamos lá. Se você achou Ape Out minimalista, então Pikuniku será o jogo que vai atingir o limite do seu TOC, porque a arte dele é totalmente geométrica e faz uso de uma palheta de cores da mais básica possível. Parece até que o jogo inteiro foi feito no Paint, ou que voltamos pros tempos dos joguinhos em Flash de browser. Podendo ser jogado em co-op, nele você controla um “Mentos” vermelho e deve sair por aí explorando as coisas, encontrando itens e achando utilidades para cada um, para que assim você consiga solucionar os problemas daquele mundo. Bizarro mesmo é o modo como o personagem anda: parece um Octodad em 2D, tirando toda aquela complexidade que temos em fazer o homem-polvo andar. Fiquei curioso para saber mais sobre Pikuniku, mas é o tipo de jogo que só pode ser bem aproveitado se jogado no conforto do seu lar, sem nenhuma distração, e é o que eu pretendo fazer quando ele for lançado.

Pra finalizar temos The Messenger, mais um jogo “retro” tentando seguir os passos do poderoso Ninja Gaiden, desenvolvido pelo estúdio Sabotage e que também sairá para PC e Switch. De uma maneira muito resumida, podemos dizer que se em algum momento da sua vida você jogou Ninja Gaiden de Nintendinho e gostou, então The Messenger é teu jogo. Com um visual retro pixelado e incríveis animações tanto do ninja como dos inimigos, ele não chega a ser tão absurdamente difícil quanto sua inspiração (estou falando pela demo que joguei, mas a versão final pode surpreender). The Messenger com certeza te deixará estonteado com seu gameplay delicioso, bastante fluído, e com todas aquelas cores e piadinhas infames que todo mundo gosta. Só faltou uma trilha sonora com mais peso, igual a de Ninja Gaiden.

E foi assim que encerramos a nossa noite: de barriga cheia, satisfeitos com os joguinhos e sóbrios, porque nosso combustível foi apenas água e refrigerante. É claro que também rolou um loot bem legal por parte da Devolver, e esse aqui é só pros gamers mais fortes que já uparam sua skill de “imunidade ao álcool” ao level máximo, porque fora uma bela camiseta de The Swords of Ditto e um conjunto de copos, veio até um goró! Enquanto esperamos pelo próximo evento, vou arranjando coragem para estrear esses copinhos.