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A banda já está preparada, as mesas estão servidas e a pista liberada para dar início à festa de Trajes Fatais. O jogo de luta, criado e produzido pelo estúdio brasileiro Onanim, traz a premissa de uma festa à fantasia onde os convidados recebem habilidades relacionadas às suas fantasias por uma entidade cósmica, restando a eles lutarem entre si em um torneio para se libertar. Uma história bem simples, mas que abre portas para ideias incríveis.

Trajes Fatais contará com vinte personagens originais e oito variáveis B-Side, que servem como uma versão antagônica de alguns dos foliões. Entre as personagens estão anjos, cangaceiros, gladiadores, astronautas, domadoras e até mesmo um homem das cavernas. A atual versão alpha disponibiliza apenas seis desses lutadores para testar: a súcubo Lucy e sua forma maligna, o anjo Cristiano que também possui uma forma B-Side, o cangaceiro Lourenço Sombra e a fada Nathália.

Hoje a Jiripoca vai piar

Trazendo um sistema de combate inspirado em clássicos dos games de luta como The King of Fighters e Guilty Gear, Trajes Fatais traz um estilo 2D distinto, mas ainda assim remotamente familiar. A alpha conta com quatro cenários, cada um remetendo a um ambiente da festa, seja na música ou na temática retratada por ele. Os lutadores poderão utilizar ao máximo suas habilidades e poderes, sejam eles sequências de golpes rápidos e impiedosos ou ataques mágicos.

Diferente de outros games do gênero, dessa vez o jogador irá contar com apenas quatro botões de ação fora as teclas de movimento, sendo o ataque fraco, ataque forte, movimento Alfa e movimento Beta. Os botões fraco e forte são golpes normais, que ao serem realizados enchem sua barra de energia – aqui chamada de Gana – enquanto os ataques Alfa e Beta consomem a barra de Gana, permitindo que a personagem utilize suas habilidades místicas.

Lourenço é um personagem focado fortemente em combos.

Cada personagem possui um estilo único de combate, nem mesmo suas formas sombrias possuem ataques similares ou idênticos, o que torna a variedade em estilos de jogo ainda maior. Na Alfa o jogador tem acesso à diversas I.As, e todas as personagens possuem a capacidade de jogar de maneira diferente, o que pode aumentar ou diminuir a dificuldade do combate.

Outro fator interessante de Trajes Fatais é a maneira como os rounds são contados. No início do combate, a vida dos personagens é dividida em duas barras, cada uma representando um round em uma luta de melhor de três. Contudo, caso o terceiro round não acabe com um movimento especial, a barra de Gana do oponente se tornará o medidor de vida do personagem, dando início a um quarto round.

Uma fada lutando contra um cangaceiro? Só em festa a fantasia mesmo…

O que falta em história é compensado com um gameplay polido. A movimentação das personagens é muito fluida e agradável, exatamente o que se espera de um bom game do gênero. O jogo também recompensa aqueles dispostos a se lançar no combate – ao correr na direção de seu oponente, a barra de Gana do jogador recebe um impulso e enche ainda mais rapidamente. Nesse momento, o melhor é já estar preparado para iniciar um combo devastador.

Outro ponto interessante é que, mesmo estando ainda em alfa, Trajes Fatais já consegue entregar um satisfatório combate aéreo. Ao lançar o oponente para o alto, o jogador habilidoso consegue manter a vantagem aérea sobre o inimigo por um bom tempo. Personagens como Nathália, Cristiano e Side-B Lucy são lutadores proeminentes nesse quesito. Já personagens como Lourenço e Lucy tem mais destaque em um gameplay mais ágil, focando nas brechas da defesa do adversário.

Nunca imaginei que veria uma Súcubo sambando em cima de um anjo.

Trajes Fatais é um game que todos os fãs de jogos de luta conseguem apreciar, sejam os novos jogadores de games como Guilty Gear XRD, ou os mais antigos que amam Street Fighter Alpha 3. Contando com cenários muito bem produzidos, personagens marcantes e dubladores famosos no elenco, como Franciso Bretas (Hyoga de Cisne de Cavaleiros do Zodíaco), Juliana Vasconcelos (D.Va de Overwatch) e Luiza Caspary (Ellie de The Last of Us).

Porém, ainda existem alguns pequenos problemas a serem resolvidos, como alguns empecilhos com a detecção de certos golpes e determinados momentos em que as vozes dos personagens simplesmente resolvem não funcionar. Devemos levar em conta que o projeto ainda está em uma fase de testes e que muitas personagens ainda precisam ser introduzidas no projeto final. A Onanim ainda pode corrigir essas poucas falhas, deixando esse futuro grande título ainda mais divertido para os jogadores.