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Na notícia que coloquei sobre a mudança de critério da Famitsu, apareceu um comentário que me chamou a atenção, do leitor OdinDog:

Acho que isso tudo representa a linha tenue entre usar as publicaçoes , sejam impressas ou eletronicas , como referencia a sua opinião de consumidor e ter a sua propria opinião. Como o proprio Alexandre ja escreveu, o que faz um jogo bom na sua opinião ??? Parece que para a Famitsu, foto novelas e simuladores de animais de estimação contam como jogos alem das dedadas de publishers. Por isso gamers nao levem em conta notas de sites ou revistas algumas na hora de decidir se algo é realmente vale a pena.

Parece fazer sentido o que ele fala (se a gente abstrai um pouco o português ligeiramente incompreensível), mas eu francamente não concordo. Não concordo com a parte onde ele diz que “para a Famitsu fotonovelas e simuladores de animais de estimação contam como jogos”, como se isso fosse algo absurdo – mas isso eu deixo para outra hora.

E também não concordo quando ele diz para que ninguém leve em conta notas de sites ou revistas. Olha, eu já disse que não acho que as notas sejam algo a abolir em um review. Os reviews, como eu vejo, não são obras literárias (podem até ser, mas não é o principal objetivo delas). São serviços ao consumidor.

O objetivo de um review não é fazer os fanboys babões terem orgasmos nos fóruns falando que seu jogo favorito teve uma nota melhor do que o jogo da concorrência, e sim ajudar o jogador a escolher onde gastar seu suado dinheirinho.

Não escolher por ele, mas ajudá-lo a escolher. A escolha final é única e exclusivamente dele. Mas todo mundo necessita alguma base para poder fazer uma decisão – e simplesmente ver vídeos e fotos não ajuda. Mesmo com demos é complicado. Basta ver o caso de Dead Rising: no demo, a única coisa que você podia fazer era matar zumbis. Quinze minutos matando centenas de zumbis. Jogo do ano! E depois, quando apareceu o jogo definitivo, vimos que o jogo de mata-zumbis tinha uma história por trás, um mecanismo de tarefas com limitações estritas de tempo e um sistema de saves tremendamente restrito.

Claro, o melhor conselho seria “sempre alugue antes de comprar”. Mas quem pode alugar jogos originais? Daí a importância de ter alguém que jogou e pode contar e qualificar a experiência. A partir daí, cada um faz o que quiser: pode confiar de olhos fechados em algum “reviewer”, ler sempre vários reviews, confiar na média do Gamerankings ou do Metacritic… Você escolhe! Mas, a menos que esteja decidido, leve sim em conta os reviews e suas notas. A possibilidade de se decepcionar é menor.