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Foram poucas as vezes que joguei um RPG de mesa na minha adolescência. Acho que dá para contar nos dedos de uma mão, e todas foram aventuras de Dungeons & Dragons que um amigo insistia em criar para a gente. Devo confessar que nunca foi meu estilo favorito, então não é surpresa que deixei passar os dois Knights of Pen and Paper. Porém nunca é tarde para corrigir nossos erros.

Depois de jogar Galaxy of Pen and Paper só tenho uma coisa a fazer: comprar seus predecessores e jogar o quanto antes. Tudo que o já citado tradicional RPG de mesa tem está presente neste jogo. O mestre, os jogadores, as classes e até os imbatíveis dados de vários lados. A grande diferença é que aqui a história não se desenrola somente na imaginação de quem está jogando, mas na tela do computador.

Alien, He-Man, ThunderCats, Família Dinossauro… Homenagens pra todos os lados!

O espaço é infinito

Toda a idéia gira em torno de você e seus amigos jogando um RPG na casa de quem está mestrando. É divertido ver como de vez em quando a partida é interrompida por alguma pessoa, como a mãe do mestre que entra no quarto para perguntar ou oferecer algo. Vários diálogos bem-humorados são trocados o tempo todo, misturando o mundo real com o jogo, e isso torna tudo mais engraçado ainda.

Desta vez a Behold Studios nos leva ao espaço sideral, onde acompanhamos a história de nossos heróis que logo de cara descobrem que estão devendo uma grana e precisam arrumar fundos para pagar a dívida. Tudo se desenrola no meio de naves espaciais, alienígenas, robôs e passando por muitos planetas.

Algumas pessoas podem reclamar que não é possível criar a sua própria história. Existem objetivos secundários, é claro, mas há sempre um roteiro a ser seguido. Não achei isso ruim, afinal, Galaxy of Pen and Paper basicamente nos transforma em espectadores, mas com a possibilidade de interferir nos acontecimentos. Tudo aqui gira em torno da experiência completa, não somente da jogatina.

Libertem-se, borboletinhas!

Pixels e mais pixels

A jogabilidade é aquela tradicional já conhecida por todos, com batalhas por turnos. O jogador pode atacar de formas diferentes, usar um dos vários itens disponíveis, se defender, enfim, tudo que esperamos de um título do gênero. Como manda a tradição, a medida que a campanha avança vamos evoluindo, subindo de nível e conseguindo armas e armaduras melhores, além de distribuir pontos de atributos.

Algumas habilidades adquiridas parecem confusas a princípio e dão um certo trabalho pra entender. Também levei um tempo para me acostumar com o esquema de cartas dos personagens, que me causaram uma certa estranheza. Um ponto legal é que é possível batalhar com a nave utilizada para transporte entre os planetas. E ela também evolui, já que as naves inimigas apresentam um bom desafio a medida que a campanha avança.

Tomou, papudo!

Devo admitir que o estilo pixelado dos gráficos não me agrada mais. Pra mim, já se foi o tempo em que os poucos recursos das desenvolvedoras independentes podiam ser usados como desculpa para esse tipo de “homenagem”. A Behold faz uso do pixel art em todos os seus games lançados até o momento, mas nem sempre o estilo fica bonito no produto final. É o caso dos mapas e as disputas entre as naves, em que há uma tentativa de gráficos mais modernos – e feios ao mesmo tempo.

Por outro lado, a trilha sonora foi escolhida com esmero e casa muito bem com o jogo. Os produtores conseguiram encaixar perfeitamente as músicas para cada ambiente e batalha. Os efeitos de som também se saem muito bem, representando cada arma ou ação de forma magistral.

É começar e não ver as horas passarem

Acho que agora complicou…

Galaxy of Pen and Paper é extremamente viciante. Basta começar a jogar e vamos nos envolvendo imediatamente com tudo que é apresentado. Quando iniciei o game pela primeira vez acabei viajando naquele universo e somente duas horas depois percebi que o tempo havia voado na frente do computador. E digo mais, isso não me fez parar: fiquei por mais uns 90 minutos imerso nesta aventura espacial.

Para um cara que nem é tão fã assim desse tipo de RPG, ou mesmo de qualquer RPG no geral, acredito que isso seja um feito incrível. É a prova de que o título funciona e vicia qualquer pessoa, mesmo que ela nunca tenha jogado RPG na vida.

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