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A primeira expansão de StarCraft II, intitulada Heart of the Swarm, chega ao PC para continuar a espetacular campanha de Wings of Liberty. A saga de Jim Raynor e Sarah Kerrigan, a Rainha das Lâminas, está longe de acabar e esta expansão conta os eventos posteriores dando ênfase à raça Zerg. Portanto se você não jogou ou terminou a campanha original, fique longe desta expansão – a não ser que o seu objetivo seja jogar apenas no modo multiplayer.

Contando pouco da trama para não estragar a surpresa, a Rainha das Lâminas foi derrotada com o poder do artefato Xel’Naga e Kerrigan, em sua forma humana, é resgatada a tempo por Raynor antes de ser morta pelas Forças da Supremacia, comandadas por Arcturus Mengsk. Na fuga, ambos são novamente separados pelo destino. Tomada pelo ódio, Kerrigan retorna a comandar os Zergs com um único objetivo: destruir Mengsk.

Heart of the Swarm o coloca no controle de todas as unidades Zerg disponíveis, liberadas aos poucos durante a campanha, e serve como tutorial para o modo multiplayer. Kerrigan também é controlável em boa parte das missões, funcionando como uma unidade heroica com poderes exclusivos. Resistente e extremamente importante para completar as missões, a heroína conta com um sistema de evolução em níveis (até 70) que lhe concede uma série de habilidades. São 21 habilidades ao total, sendo a maioria upgrades de melhorias para as unidades Zerg.

StarCraft II: Heart of the Swarm

Assim como o Arsenal em Wings of Liberty, aqui você conta com o Poço Evolucional para selecionar os upgrades para cada unidade Zerg. Conforme você progride na campanha, novas unidades vão aparecendo no poço para você escolher uma entre três mutações para cada. Exemplo: Hidralisca pode transmutar para a habilidade Espinhos com Ranhuras, para ampliar o alcance do projétil de espinho em 6, um aumento de 20%. A mutação não é permanente, podendo ser trocada a qualquer momento da campanha.

Há ainda as Missões Evolutivas, paralelas à campanha principal, na qual você conhece melhor uma determinada unidade e duas possíveis evoluções para ela. Ao final da missão você tem que optar por uma das evoluções, que é permanente. Exemplo: Zergnídeo Raptor, que salta por obstáculos e contra inimigos distantes, e o Zergnídeo Enxamídeo, que transmutam rapidamente e são gerados em grupos de três. As opções são muito boas, portanto cabe à você escolher com calma a melhor opção para o seu tipo de jogo.

Voltando à campanha, as missões são bem mais lineares do que em Wings of Liberty, no qual você pode optar por qual planeta e missão fazer, na ordem que desejar. No total você passa por cinco planetas diferentes (Umoja, Char, Kaldir, Zerus e Skygeirr), num total de 20 missões principais. Isto sem contar as evolutivas, que são ao total 7 – uma para cada unidade: Zergnídeo, Barata, Mutalisca, Tatu-Bomba, Hidralisca, Hospedeiro do Enxame e Ultralisca.

StarCraft II: Heart of the Swarm

O visual do jogo continua impecável, com novos mapas, condições climáticas e criaturas. Destaque para a conselheira de Kerrigan, Izsha, e o “cientista” Abathur, com o qual a heroína desenvolve os melhores diálogos. A dublagem continua excelente, exceto por alguns momentos de estranheza com o lip sync (sincronia labial) e desníveis de volume, às vezes muito baixo comparado à trilha de fundo. E por falar em trilha, há algumas reaproveitadas de Wings of Liberty e outras completamente novas e espetaculares.

As costumeiras cenas em computação gráfica – marca registrada da Blizzard – dão as caras em sequências de encher o ânimo de qualquer jogador. Quando não são em CG, são em cinematics muito bem trabalhadas. Até mesmo os eventos na perspectiva isométrica são muito bem apresentados, nunca deixando o jogador perdido na trama e nos objetivos das missões.

Como se não bastasse, a Blizzard aprimorou a exploração sem modificar a estrutura RTS do game, incluindo objetivos inéditos e até chefes de fase. Nas missões em que você precisa controlar a base, uma das mudanças bem vindas é o fato dos operários (os Zangões, no caso do Zerg) iniciarem a partida indo automaticamente em direção ao minério para coletar recurso. Foi incluído também um botão para selecionar todo o exército disponível, com o F2. Pode parecer algo simples, mas ajuda muito em diversas situações.

StarCraft II: Heart of the Swarm

Também houveram mudanças na parte de interface, agora muito mais intuitiva. Você pode acessar suas conquistas, refazer as missões e ver o histórico de forma mais simples. No multiplayer, foi incluído um sistema de nivelamento mais justo, o replay pode ser visto em multiplayer (como em StarCraft: Brood War) e também permite continuar uma partida perdida por falha de conexão, opção para criar grupos e clãs e, o mais importante, eliminaram a barreira por região. Ou seja, você (que está na América Latina) poderá jogar com jogadores da América do Norte, Europa e Ásia. Todas essas mudanças foram realizadas também em Wings of Liberty. E sim, o jogo continua dando recompensas como retratos, skins, decalques e danças para as unidades (tem até Gangnam Style!). As recompensas são destravadas através de um sistema de nível por raça, que o jogador alcança conforme for vencendo partidas online.

Para completar, cada raça ganhou novas unidades. No multiplayer apenas alguns estão disponíveis, justamente para não desbalancear as raças. Zerg conta com as unidades Hospedeiro do Enxame e Víbora. Protoss pode utilizar o Núcleo de Nave-Mãe, Oráculo e o Tempesto. Por fim o Terrano tem acesso às unidades Mina Viúva e o Morcego Infernal. Para entender como cada unidade funciona, bem como suas vantagens e desvantagens, só jogando mesmo…

StarCraft II: Heart of the Swarm consegue ser melhor e mais emocionante que seu antecessor. É tão bom que, ao terminar a campanha, você estará chorando por mais. Uma expansão que valoriza a série apresentando uma ótima história cheia de revelações, como por exemplo a origem dos Zergs. Não deixe de jogar esta excelente expansão, pois o terceiro e último capítulo de StarCraft II, Legacy of the Void, vai demorar pelo menos uns dois anos para sair.

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