Desde que os hackers descobriram, há algum tempo atrás, uma pequena janela de entrada no Switch através do Tegra X1 (o principal chip de processamento do console), a Nintendo vem tentando ao máximo bloquear todas as possíveis portas com atualizações constantes. Infelizmente a Big N perdeu a grande batalha contra os piratas virtuais, pois os hackers encontraram um exploit que não há patch que corrija.
A vulnerabilidade, apelidada de Fusée Gelée (Foguete Congelado), se aproveita de um recurso inerente ao já citado Tegra X1, fazendo com que o console acesse o modo de recuperação USB do chip e permita a inserção do código malicioso que abre o videogame para a instalação futura de Homebrews (firmwares modificados para rodar jogos piratas). Como a única forma atual de bloquear esse acesso é fazendo recall de todas as unidades já vendidas até a data desta publicação (mais de 16 milhões de unidades), parece que a Nintendo se encontra em uma sinuca de bico e sem muitas soluções.
A falha encontrada envolve que seja provocado um curto circuito na ligação do Joy-Con, forçando o Tegra X1 a entrar no modo de recuperação. Mas, para facilitar, o grupo fail0verflow parece já ter criado um pequeno dispositivo que agiliza o hacking.
Introducing our new, revolutionary technology for Nintendo Switch modification. Welcome to SwitchX PRO. Coming soon. pic.twitter.com/d3xGawrW1u
— fail0verflow (@fail0verflow) April 23, 2018
Com o acesso liberado à matriz do Switch os hackers já conseguiram instalar Linux e rodar até mesmo o Dolphin, conhecido emulador de GameCube. Quais serão os passos da grande nipônica agora? É bem provável que tenhamos uma revisão de hardware do Switch, mas ainda fica a dúvida em relação ao que pode fazer para tentar bloquear a pirataria nos console já vendidos.