Não deu para a Oculus: o júri determinou que a empresa de Realidade Virtual violou em parte os direitos autorais da ZeniMax e terá que pagar um valor total de US$500 milhões de indenização.
Para quem não lembra do processo que foi a julgamento no mês passado, a ZeniMax acusou o Facebook de ter cometido “um dos maiores roubos de tecnologia que já existiu” ao comprar a empresa de Realidade Virtual. Tudo porque John Carmack, CEO da id Software (de propriedade do grupo ZeniMax Media), teria saído da empresa levando consigo documentação e códigos que seriam de propriedade da id Software, mas se tornariam fundamentais para o desenvolvimento dos produtos da Oculus.
Perante um tribunal em Dallas, os advogados da ZeniMax provaram que houve mesmo uma quebra de sigilo de contrato por parte de Palmer Luckey, presidente da Oculus, violação de direitos autorais em parte do código-fonte da tecnologia e até propaganda enganosa, quando se insinuou durante o lançamento do Oculus Rift que a id Software seria uma parceira e estaria apoiando o desenvolvimento.
Não foi provado que a tecnologia da Oculus é totalmente baseada em dados tirados da id Software, mas a ZeniMax prometeu continuar batalhando na Justiça e ameaçou: vai busca uma “restrição jurídica para impedir o Oculus e o Facebook de continuar a usar o código de computador que o júri encontrou violando os direitos autorais da ZeniMax”. Ou seja, pode haver um bloqueio na comercialização dos dispositivos de Realidade Virtual da Oculus.
Para o Facebook, a derrota não foi total. Em um comunicado oficial, a empresa declarou: “o coração desse caso era sobre se a Oculus furtou segredos comerciais da ZeniMax, e o júri determinou decisivamente em nosso favor. (…) Produtos da Oculus são construídos com tecnologia da Oculus. Nosso compromisso para o sucesso de longo prazo da Realidade Virtual permanece o mesmo, e o time inteiro irá continuar o trabalho que eles tem feito desde o primeiro dia (…) nós estamos realizando a entrada de um recurso e eventualmente deixaremos esse litígio para trás”.