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Os jogos de estratégia em turno têm um lugar reservado no coração de muitos gamers. Durante muito tempo a franquia Civilization foi o grande expoente desse gênero tão complexo e fascinante. Contudo, os tempos mudam, e quem não inova fica para trás. Muitos outros jogos surgiram, mas nenhum que ameaçasse a franquia da Firaxis. Tentando entrar de cabeça no mercado, Humankind é a aposta da Amplitude Studios que, contando com a experiência outros títulos do gênero, pretende ser mais um concorrente ao reinado dos jogos 4X.

Com novidades para o gênero, Humankind pretende expandir o legado deixado pelos outros títulos de estratégia. Trata-se de um projeto ambicioso, cujas inovações prometem ser um divisor de águas no que se refere à profundidade de gerenciamento estratégico. Não é fácil liderar uma nação à glória, mas, em Humankind, as suas ações desde a idade neolítica até a era contemporânea definem o que o seu povo se tornará.

O descontentamento é o primeiro passo para a evolução

O Lucy OpenDev permite ao jogador controlar uma nação até o início da era moderna. Para chegar à próxima época, é necessário adquirir uma certa quantidade de estrelas que são adquiridas de acordo com o progresso do jogador. Cada era tem a sua particularidade e construções próprias do período.

A época neolítica, por exemplo, simula o início da humanidade como um pequeno grupo de caçadores-coletores. Como a agricultura não era uma técnica conhecida, todo alimento tinha que ser recolhido da natureza, algo que é simulado dentro do jogo através de certos locais cujo alimento pode ser retirado, aumentando uma barra relativa à comida.

O combate é uma das novidades de Humankind.

Com uma tribo de um tamanho considerável, a era antiga se inicia, onde as mecânicas que compõem o jogo aparecem de forma mais clara. Achar o lugar perfeito para a sua primeira cidade, considerando os bônus de comida, indústria, ciência e bens de luxo do local, é essencial para o sucesso, além de uma boa relação com os seus vizinhos – ou você pode preferir pular essa parte, caso confie no seu poder de fogo.

A inspiração de outros títulos

É bem claro que Humankind funciona de maneira similar à franquia Civilization. A mecânica de distritos, os recursos espalhados pelo mapa e os bens de luxo são algumas das semelhanças encontradas. Entretanto, existem pequenas diferenças da maneira com que o jogo se porta, como, por exemplo, a possibilidade de fundar cidades sem precisar dedicar uma unidade específica para isso, já que os soldados básicos são capazes de realizar essa tarefa.

Os assentamentos também funcionam de uma maneira um pouco diferente. Começando como postos avançados, elas podem, com o tempo, evoluir ao status de cidade. Com o tempo e pesquisa, construções e distritos poderão ser adquiridos a fim de aumentar a eficiência da mesma. A mecânica de autoridade também marca presença aqui, onde um deslize poderá causar uma rebelião.

A parte diplomática conta com pequenas diferenças dos títulos similares.

Inspirado pelos jogos da Paradox, existem eventos no decorrer do jogo. Esses eventos se consistem de escolhas ao jogador, onde será possível adquirir certas vantagens. Segundo os desenvolvedores, esses eventos aparecerão de acordo com o contexto da sua civilização, não sendo totalmente aleatórios, e, provavelmente, influenciarão em escolhas futuras.

Um bom ponto a ser destacado é a Inteligência Artificial. Cada líder terá traços específicos e, de acordo com os mesmos, eles definirão o seu comportamento dentro de Humankind. A fim de demonstrar essa mecânica, o OpenDev Lucy conta com alguns streamers incorporados dentro do jogo, cujo comportamento dentro do jogo é baseado na sua personalidade enquanto streamer.

Um futuro promissor pela frente

Os jogos 4X possuem uma fórmula inconfundível e viciante. Jogadores acostumados com o gênero podem facilmente aprender as mecânicas de Humankind em instantes. As novidades no campo da diplomacia, comportamento da IA e combate são, até o momento, os grandes diferenciais desse que promete bater de frente com os gigantes dos jogos de estratégia.

Eventos são sempre escolhas difíceis.

Não dá para dizer ao certo se Humankind irá ser o que promete, mas, o que ele vem apresentando é promissor. A releitura de certos clichês do gênero é, pelo que foi apresentado, satisfatória. Se as mecânicas evoluírem de maneira correta, esse poderá ser o título que tirará o sossego da franquia Civilization. Contudo, mesmo que não seja esse o caso, é ótimo ter um concorrente de peso que desafie um reinado tão duradouro.