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Todo mundo alguma vez durante os últimos 10 ou 15 anos ponderou sobre um apocalipse zumbi. No segundo milênio, matar cadáveres ambulantes virou tendência, seja com armas de fogo vivendo em um mundo a lá Mad Max ou dando uma de Michonne de The Walking Dead. Night of the Dead traz uma proposta semelhante à essa, onde devemos sobreviver a um mundo desolado e habitado apenas por animais e zumbis.

Em um mundo onde os efeitos do vírus ou mutação já acometeu grande parte da população, devemos prevalecer. Seguindo os passos de jogos semelhantes como Minecraft e Day Z, o jogador deve, além de sobreviver contra as hordas de monstros, sobreviver à natureza em si. No entanto, diferentemente de tais títulos, Night of the Dead possui um longo caminho a percorrer.

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Primeiro dia e alguns corpos na conta.

Country Roads…

Lançados em um mundo inóspito, o jogador recebe um curto tutorial de como tudo funciona. Primeiramente: como adquirir materiais, assim como criar ferramentas, um abrigo e até mesmo armadilhas. Com um sistema de craft avançado e que requer uma ou mais bancadas de criação, o jogo exige bastante do jogador. Mas isso vem tanto para o bom quanto para o mal. Um exemplo disso está no primeiro dia do jogo, onde a melhor opção para o jogador é não construir um abrigo e sim procurar um local para se esconder.

Para se construir um abrigo de qualidade é necessário muito mais do que a casa em si. O jogo traz uma inteligência artificial bem mais agressiva e que irá reduzir moradias a escombros, caso não sejam verdadeiros fortes. Os ataques constantes dos mortos-vivos irá desgastar constantemente as construções do jogador, diferente dos edifícios já presentes no mapa. Eles são realmente violentos aqui, sejam atacando estruturas, locais de criação ou muros.

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Me desculpe amigão, mas a casa foi confiscada.

Isso não quer dizer que você esteja totalmente seguro, afinal Night of the Dead ainda possui grandes problemas para resolver até se tornar um jogo de sobrevivência dos bons. No montante referente aos inimigos, o maiores problemas são as colisões e a inteligência artificial. Em diversos momentos, os zumbis irão destruir itens do jogador que estão dentro de construções, já que a caixa de colisão de seus ataques atravessa objetos sólidos como paredes e muros. Isso é um grande problema.

Com a cara na parede

Eu sei que zumbis são, em sua maioria, burros, mas os de Night of the Dead são de tirar o chapéu. Em inúmeros encontros é possível ver os zumbis agindo feito portas, correndo em direções e fazendo círculos insanos. Ainda assim, não os trate de maneira leviana, já que eles podem facilmente sobrepujar o jogador, tanto em força quanto em número e resistência. Ou seja, não abuse da sorte, uma vez que o modo de criação do jogo também não é lá dos mais gentis.

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Hora da labuta.

O sistema de crafting de Night of the Dead apresenta bastante recursos, mas que levam um bom tempo para serem angariados, trabalhados e moldados. Eu gosto de um sistema complexo que me permita entrar de cabeça, mas ainda existem itens que devem ser adicionados ao jogo, como um sistema de iluminação mais simples, uma parte de preparo de alimentos e plantações melhor explicados, além de muros mais resistentes.

O jogo te permite criar uma enorme estrutura, cheia de armadilhas que parecem ter saído direto de anúncios de jogos mobile. Por mais divertido que seja para alguns, isso acaba dando ao título um ar de game mobile de zumbi, só que de sobrevivência. Acredito que tenha um grande potencial ao arrumar essas pequenas questões, mas até lá o futuro de Night of the Dead ainda é um tiro no escuro – principalmente por ser mais um jogo de sobrevivência com zumbis, algo que seria sucesso imediato… se ainda estivéssemos em 2010.