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Houve um passado distante no qual qualquer mídia relacionada a zumbis vendia como água. No entanto isto nem sempre quer dizer que qualidade seja o objetivo afinal, já que para cada clássico como Madrugada dos Mortos, haverá uma Cidade dos Mortos. Jogos desse segmento também abarrotavam as prateleiras e dentre eles, um em especial se mostrou um grande sucessos para a época. Estou falando é claro, de DayZ, o tão famoso mod de ARMA 3, que não tardou a se tornar um standalone. Seguindo os mesmos passos deste clássico temos a vinda de Deadside.

Ainda em acesso antecipado, Deadside é um game que tenta capturar a essência de DayZ, só que sem zumbis, mesmo que dê a entender que eles existem. No momento devo ter em torno de 150 horas de gameplay, já que o jogo não exige muito e oferece um bom leque de opções para jogá-lo, seja ajudando outros players, ou correndo pelo meio do mato gritando pelo mic até que eles te ouçam.

Cuidado aonde pisa

Abandonados à própria sorte em uma ilha sem nome, os jogadores começam sua jornada perdidos no vasto mapa de Deadside. Vagando entre ruínas de cidades abandonadas, florestas densas e dois pontos de escambo, o objetivo inicial é sobreviver às ameaças que chegam de todas as formas. Nem mesmo outros jogadores ficam de fora da lista e  uma vez longe da safe zone dos postos de trocas, friendly fire e assassinatos estão literalmente na mesma mesa.

Não sei o que deixava ele mais em pânico: os tiros ou eu gritando atrás.

Deadside é um jogo que irá prezar e reafirmar na mente dos jogadores de que força é poder e união é a força. União para aqueles que compartilham da sua visão, seja ela a de guiar os players contra os NPCs canibais, montar bases ou simplesmente ver o circo pegar fogo. Eu particularmente preferi o último role model, afinal de contas não há nada mais divertido do que ficar de tocaia próximo de um posto de troca e abrir fogo em alguém que já estava em fuga.

O objetivo real do jogo é que independente de como escolha jogar, você deve sobreviver, mantendo sempre atenção aos medidores de saúde, alimentação e hidratação já que contar apenas com armas não garante a sobrevivência de uma pessoa. No começo sem dinheiro ou itens, os jogadores devem se aventurar nas pequenas vilas ou cidades em busca de recursos que surgem aleatoriamente no mapa e ao mesmo tempo estar atento à presença de NPCs ou outros jogadores no local.

Into the motherland, the cannibal army march

Nesta ilha russa também é possível criar seu próprio forte, por quê todo lorde pós-apocalíptico que se preze, tem uma fortaleza. No momento estas estruturas se encontram todas indestrutíveis, mas com as atualizações futuras será possível fazer raids nestes ambientes criados por jogadores. Ainda assim é sempre possível se divertir, seja criando clubes da luta com machados, pranchas de execução ou simplesmente desfrutando da quietude enquanto abre-se fogo nos NPCs que surgem vez ou outra.

Imagem do artigo de Deadside
Você não quer me dar esse terreno para montar uma base? Sem problemas…

Durante esse meio tempo o jogador pode realizar as missões oferecidas pelo jogo, que no começo são divertidas, mas logo se tornam maçantes. Entendo que o jogo ainda esteja em early acess, mas a falta de conteúdo e inimigos diversos no jogo é gritante. As missões sempre são raids de NPCs em locais de loot valioso, ou drop de itens raros em determinados locais do mapa. Tirando isto o jogo se resume a um grande PvP entre jogadores e criação de bases.

Não há nem mesmo animais para se caçar, lutar ou sair correndo por ai cantando Feeling it. O sistema de mira das armas também precisa passar por uma boa reformulação já que as vezes os tiros de escopeta acabam sendo mais precisos que o de um rifle. Tirando estas pequenas “falhas”, Deadside tem um grande potencial para ser um daqueles jogos de streamers em alta, afinal o PvP é bem divertido e intuitivo. Em busca de um novo jogo de sobrevivência para curtir com os amigos enquanto caça ouros players? Basta dar uma chance para Deadside e sua ilha desolada, cheia de canibais e malucos assassinos.