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Desde seu lançamento conturbado, The Elder Scrolls Online segue crescendo. Atualmente ostentando mais de 18 mil jogadores simultâneos, o jogo já passou por vários locais importantes da franquia, como Skyrim e Morrowind. Desta vez, seremos levados ao Oblivion. Eu tive a oportunidade de jogar a prévia de Blackwood e conhecer um pouco de tudo que o novo capítulo tem para mostrar.

Elder Scrolls Online se difere um pouco dos MMOs em geral. Em ESO, muitas vezes temos a sensação de estar jogando um game singleplayer sem muitas missões simples de “mate 10 bichos” e “colete esses itens”, indo direto ao ponto nas histórias que o game quer contar. E são muitas: além da campanha principal, o jogo apresenta uma infinidade de missões secundárias que são tão interessantes quanto as principais.

The Elder Scrolls Online: Blackwood, além de adicionar toda uma nova região repleta de criaturas, cavernas e cidades, conta com diversas melhorias e novas mecânicas para jogadores que preferem jogar sozinho ou em grandes grupos.

O problema com o tutorial, que antes não explicava para onde estamos indo e se é o conteúdo inicial do jogo ou algum outro capítulo, foi resolvido. Ao terminar o tutorial, o jogador é levado para uma sala de portais onde há um resumo de cada área disponível e qual história será contada, deixando o jogador decidir em qual parte do continente será sua primeira aventura.

A ruína se aproxima

A trama de Blackwood se inicia com assassinatos misteriosos de conselheiros importantes da região. Seu personagem, com o auxílio de uma Wood Elf chamada Evile, que sonha em ser uma grande heroína como nos livros de fantasia que ela vive lendo, partem em uma busca para desvendar este mistério. Não irei entrar em muitos detalhes para não estragar a surpresa, mas de alguma forma esses eventos irão nos levar ao encontro do grande vilão desse capítulo: Mehrunes Dagon.

Que segredos esses personagens escondem?

Dagon é um dos príncipes Deadrics e seu objetivo é unir seu reino com Tamriel para demonstrar porque seu título é “Príncipe da Destruição”. Para tentar concluir seu plano, ele tem o auxílio da Order of Waking Flame, um culto deadric cujo único objetivo é servi-lo.

A trama do capítulo é bem direta ao ponto, traz excelentes momentos, e me fez me importar e gostar de alguns personagens como a própria Eveli e Lyranth, que aparece um pouco depois. Além de deixar um gostinho de quero mais, mostrando quais serão os próximos passos de ESO em termos narrativos.

Uma variedade de locais

Depois dos ventos frios de Skyrim, Blackwood traz num primeiro momento áreas mais pantanosas e planícies extensas, com inimigos que variam entre cultistas até sapos gigantes. Leyawiin é sua cidade principal. Será nela que o jogador terá acesso a todos os NPCs necessários para sua aventura (banco, ferreiros, mercador de guilda, entre outros) e onde os principais eventos se iniciam. Vale ressaltar também a cidade de Gideon, que chama a atenção por ser uma cidade onde Argonianos e Imperiais vivem juntos em certa harmonia. Em Elder Scrolls não é algo normal raças diferentes viverem no mesmo local.

O grande destaque se dá para as Deadlands, que são locais com conexão ao Oblivion. No momento não há muito o que explorar, mas durante a história será necessário adentrar estas áreas. Aqui a desolação toma forma, primeiro pela coloração avermelhada que remete ao inferno, repleto de criaturas demoníacas e com construções grandiosas marcadas com runas antigas.

A vistosa cidade de Leyawiin.

Companheiros se juntam a aventura

Companheiros, ou “companions” se preferir, sempre foi algo muito presente e querido na franquia e agora fazem sua chegada ao online. Bastian e Mirri são os dois companheiros que estarão disponíveis no lançamento, cada um com suas próprias missões de introdução e mecânicas. Bastian é um guerreiro que trabalhou por muitos anos para uma família de nobres, já que quando era menor perdeu toda sua família. Suas missões se resumem em se separar dos nobres enquanto procura sobre o mistério de seus familiares. Mirri é uma arqueira que busca salvar seu irmão sequestrado por um culto.

Comparado ao que temos em outras missões, as dos companheiros são bem simplistas e nada interessantes. Principalmente as de Bastion, que recebe um espaço maior e são bem genéricas, servindo somente para adicionar um backstory triste ao personagem.

Seu aliado terá habilidades ofensivas, defensivas e de cura, podendo ser colocada em uma barra com 5 espaços idêntica ao que os jogadores usam. A diferença aqui é que a ordem define a prioridade: caso queira que seu companheiro cure mais, coloque a habilidade de cura como a primeira da aba e vice versa. A outra diferença é que as habilidade apresentarão um tempo de recarga, coisa que não é apresentada para os jogadores.

Os companheiros te auxiliarão em seus desafios.

O objetivo dos companheiros em The Elder Scrolls Online: Blackwood é auxiliar os jogadores que não tem muita confiança em fazer conteúdos multiplayer, mas sem substituir a experiência cooperativa. É possível completar os conteúdos para quatro jogadores somente com dois, cada jogador trazendo um companheiro, fechando assim um grupo completo. Eu consegui completar alguns conteúdos utilizando deste recurso e é bem funcional.

O companheiro não vai te carregar pelas áreas, ele somente vai trazer um pouco de dano ou cura a mais que pode fazer a diferença. Lembrando que a mecânica foi pensada mais para jogadores iniciantes e é uma mão na roda para quem não tem muitos amigos para jogar juntos. Entretanto, para o pessoal do Endgame, pode não trazer nenhum diferencial.

Conteúdo para todos os gostos

Para os que gostam de deixar o personagem forte e com aquela armadura impecável, Blackwood oferece bastante coisa. Começando pelas cavernas e pequenas instâncias que podem ou não estar ligadas à narrativa principal. Nessas áreas podemos enfrentar alguns inimigos diferentes adquirindo peças de armadura e outros cosméticos. Quero ressaltar uma caverna onde existe um grupo de necromantes, repleto de esqueletos reanimados e espíritos. A escuridão do local junto de um brilho meio azulado das criaturas tornam o cenário extremamente memorável.

Um dragão de cinzas o aguarda dentro de Rockgrove.

Nos conteúdos multiplayer temos primeiro a nova dungeon pública para quatro jogadores chamada de The Silent Halls, nas ruínas de um antigo tempo. Nela temos alguns chefes bem desafiadores, mas sem nenhuma mecânica nova. Por último temos a nova Trial, um conteúdo para doze jogadores, pensado para o Endgame. Rockgrove se inicia num pantano que vai levar os jogadores direto para um templo Daedric dentro de Oblivion. Essa instância apresenta três chefes, cada um deles com mecânicas únicas.

Os dois primeiros não trazem nada super diferentes, entretanto o último chefe envolve muita coordenação, junto de alguns momentos de perseguição. Foi de longe a batalha mais divertida e diferente que eu tive em ESO. Ao concluir seu personagem, é recompensado com pelo menos uma parte da armadura exclusiva da Trial, apresentando seu próprio efeito e estilo único. E para os mais dedicados, ao concluir todas as conquistas da atividade, uma montaria exclusiva será disponibilizada.

Blackwood parece seguir o sucesso de seu capítulo passado, com um início de história sólido, locais e personagens que atraem jogadores novos e causam um pouco de nostalgia para os jogadores assíduos da franquia, além de dosar muito bem a quantidade de conteúdo para jogadores casuais e para os mais hardcore. The Elder Scrolls Online: Blackwood estará disponível para PC no dia 1º de Junho e para Xbox e PlayStation no dia 8 de Junho.