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Um mundo mecânico que desconhece o calor do sangue, onde a vida é robótica e todas as ações são calculadas friamente, conhecerá seu fim de uma maneira inesperada: não será um vírus ou alguma pane geral em todas as máquinas, muito menos uma guerra entre os robôs e sim uma ameaça de carne, sangue e matéria orgânica.

A Robot Named Fight nos dá uma visão diferente do que estamos acostumados a ver em histórias de combate entre máquinas e formas de vida orgânicas. Geralmente as vilãs são sempre as máquinas, mas aqui é bem diferente!

Desenvolvido por Matt Bitner, A Robot Named Fight é um jogo de Metroidvania que fará você experimentar uma mistura de Contra, Megaman, Metroid, Castlevania e até um pouco de The Binding of Isaac!

Imagem do jogo A Robot Named Fight
Não é mais apenas uma luta e sim sobrevivência!

Em uma galáxia muito, muito distante

Durante vários milênios, o planeta que nosso herói habita viveu sobre a supervisão dos Deuses Mecânicos, uma raça de seres robóticos responsáveis pela criação e proteção dos robôs, porém um dia eles deixaram o planeta e ascenderam para os céus. Muitos milênios se passaram até que um mal antigo e vil chegasse ao planeta: a Megabesta, uma fera do tamanho de uma lua, formada por milhares de olhos, bocas e criaturas menores que visa destruir os habitantes de cada planeta antes de continuar sua trajetória de destruição e caos pelo cosmos. Após muita luta, nosso herói sem nome se levanta para combater e destruir de vez a terrível abominação que pretende destruir seu lar.

Como foi dito acima, o jogo é um Metroidvania, ou seja, a exploração de salas aqui é essencial, pois as paredes às vezes escondem segredos. Ao iniciar o jogo – algo que você fará muitas vezes, acredite – nosso herói sempre iniciará sua jornada próximo a um robô caído que lhe dará dicas antes de sucumbir devido aos ferimentos, e com isso começa a parte de exploração do mapa. Diferente de Castlevania e Metroid, A Robot Named Fight não possui um mapa que pode ser decorado, pois a cada nova partida será gerado um novo mapa “procedural”, ou seja, os mapas serão sempre aleatórios, o que para mim foi uma sacada incrível, pois por mais divertidos que esses jogos sejam, uma vez que o jogador decorou os caminhos ele consegue uma vantagem gigantesca.

Imagem do jogo A Robot Named Fight
Referência localizada com sucesso!

Para isso nosso herói terá de se aventurar por estes labirintos aleatórios buscando pelas lendárias armas de guerra, há muito esquecidas pelo fato da raça robótica viver em constante paz. Ao se aventurar pelas salas subterrâneas do jogo, o jogador pode adquirir poderosas armas e upgrades para sua armadura, permitindo que ele avance cada vez mais pelo mapa em um sistema muito similar ao das séries Metroid e Castlevania. Mas aqui também podem ser encontrados upgrades escondidos pelo cenário para melhorar o status do herói, aumentando assim a força do disparo, a velocidade de movimento, as barras de saúde ou energia ou permitindo que ele atravesse paredes ou se torne luminoso.

Ao derrotar os oponentes, são encontrados pedaços de sucata, que podem ser oferecidos em camarás onde podemos interagir com mercadores ou até mesmo os Deuses mecânicos deste mundo. No caso dos mercadores, caso não tenha a sucata necessária você apenas receberá o item que deseja. Já com os deuses isso será sempre uma aposta, pois caso sua oferenda seja agradável você receberá algo muito bom, dependendo de qual deles você visitar; caso a oferenda não agrade, a punição pode ser um “debuff” ou um dano considerável no personagem ou, no melhor dos casos, nada.

Torça então para que seja sempre agradável aos Deuses e tenha certeza de estar sempre com a barra de saúde a uma quantidade razoável, pois uma vez em que ela tenha se esgotado e não tiver encontrado nenhuma sala de save, você estará em águas profundas, meu amigo. Ao morrer, o jogo automaticamente apaga seu save e te oferece a opção de iniciar uma nova aventura além de te entregar um password (senha). Com o password, o jogador pode acessar o mapa em que morreu e jogá-lo novamente para tentar derrotar a Megabesta já conhecendo os caminhos, mas caso opte por isso, o relógio que marca o tempo do jogo deixará de existir. Para evitar a morte, o jogador poderá contar sempre com os inimigos, que muitas vezes quando derrotados deixam esferas de energia e corações que recuperam saúde.

Imagem do jogo A Robot Named Fight
Os bosses conseguem ser simples mas marcantes.

Como dito antes, também podem ser encontradas as salas de save, nas quais será criada uma “cópia de backup” do herói para caso você morra,  voltando para esta sala e continuando a aventura de onde quer que tenha parado. Porém, uma vez usada a cópia, essa deixa de existir e então será game over, por isso evite ao máximo morrer para poder estocar o máximo de salas possível.

A trilha sonora de A Robot Named Fight é bem mediana, mesmo sendo bem diversificada e capaz de entregar uma experiência interessante. Cada área possui uma música temática, mas elas não conseguem ser tão marcantes quanto músicas de outros títulos do gênero, tais como “Bloody Tears” de Castlevania, “Lower Brinstar” de Metroid ou a música do estágio de Airman de Megaman 2.

Por sua vez, a direção de arte do jogo consegue ser muito marcante, e mesmo em um estilo de arte pixelado você consegue notar o resultado da colisão e fusão de elementos mecânicos com a matéria orgânica. Um dos inimigos do jogo consegue retratar bem isso, na forma de um robô sendo controlado por uma criatura que o engole lentamente, sendo que as pernas do mesmo já foram consumidas. Além dos inimigos originais, os bosses (chefes) são extremamente criativos e desafiadores.

Um robô chamado Lute!

Imagem do jogo A Robot Named Fight
Hora de se levantar novamente, a luta ainda não acabou!

A Robot Named Fight é uma versão mais sangrenta e brutal de Metroid, com uma jogabilidade fluida e desafiadora. O jogo não é tão longo e a presença de um cronômetro contando o tempo do jogador pode gerar uma competição interessante com amigos. Mesmo com uma história e trilha sonora fraca, o jogo consegue ser uma experiência divertida e marcante para os fãs do estilo Metroidvania.

É um ótimo desafio para esses fãs, com seus mapas randômicos impedindo que o jogador sempre saiba aonde ir, criando assim um valor duradouro de replay, pois a cada nova rodada de exploração das ruínas, encontraremos coisas diferentes como labirintos mais fáceis e outros tão difíceis quanto pular as engrenagens das torres do relógio da série Castlevania de olhos vendados.

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