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Você lembra a última vez que controlou um carro como personagem principal? Não estou falando do motorista e nem carros de jogos de corrida, mas do carro em sim em um jogo de ação. E aí? Não? Nem eu. Até mesmo a franquia Driver, da Ubisoft, tinha seu motorista todo pixelado no primeiro PlayStation.

Em Agent Intercept, desenvolvido pela PikPok, você assume o papel do agente sem rosto, corpo ou voz, por isso a pergunta acima. O protagonista é o próprio carro, que faz parte de uma organização secreta chamada “Agência” e enfrenta uma rede criminosa bastante ambiciosa querendo dominar o mundo. Sei que parece sinopse de 007 sem James Bond, mas é só um carro que, parando para pensar, poderia ser do agente britânico, de tanta coisa que ele faz.

Vilões e o sonho de dominação mundial

Como mencionado acima, a trama é essa mesmo. A organização criminosa se chama “A Garra” e tem como objetivo principal controlar as placas tectônicas do mundo para submeter todos os governos ao seu controle. E caso alguém discorde, o chão vai tremer e tudo será destruído. Pelo menos esse era o plano na cabeça de Eris, a vilã principal. Ela só não contava que o carrinho amarelo fosse especialista em acabar com planos de vilões.

Essas cenas de ação são bem divertidas de assistir.

A história se desenrola através de cutscenes entre missões, com diálogos entre os membros da Agência: QG, Torpere e Penny. Durante as fases, todos eles ficam conversando com você sobre o que fazer. Se você não tiver com o inglês afiado, vai ser difícil se situar na história. Mesmo que as legendas estejam em PT-BR, parar para lê-las durante a ação é meio difícil.

Toda a trama acontece rápido, bem rápido, na verdade. A campanha inteira dura em média 3 horas e pode se estender um pouco, caso você busque as pontuações mais altas de cada fase. São três capítulos com cinco fases cada. Você terá uma lista de cinco objetivos para cumprir nas fases e eles vão desde derrapar por tantos metros, derrotar um número específico de carros até somar pontuações específicas.

Agente, vamos rodar!

Para avançar nas fases, é necessário um número específico de objetivos concluídos e, então, a próxima fase destrava. A cada avanço, mais exigente nessa questão o jogo fica. Esse tipo de mecânica é bem comum em jogos de carro para celulares, e sim, ele é um jogo mobile que também saiu pa iOS.

Aí deu ruim.. Não pro amarelinho. Esse sabe se sair bem dos apertos.

Você passará por uma ilha tropical, região nevada e um deserto. Os inimigos não são tão variados, se repetindo ao longo do jogo. Cada um dos três cenários trazem seus próprios inimigos, que são carros, lanchas e barcos, torretas que brotam do chão e drones.

O agente automotivo, além de carro, se transforma em lancha quando precisa ir pra água e um caça, quando a ameaça está nos céus. Você terá algumas armas ao deu dispor, como lança mísseis, metralhadora de plasma, bomba PEM (pulso eletromagnético) e minas. Essa última arma aparece só em um momento específico, e quando você precisa pegar ela, a câmera sai de trás do carro e vai para frente, já que você precisa ver os inimigos vindo por trás para lançar a minas. É possível eliminar os inimigos batendo diretamente neles, com o custo de perder vida.

Às vezes alguns dos agentes estarão com você em momentos breves.

Sobre a câmera, ela não é exatamente por trás do carro, como em jogos de corrida. Ela fica posicionada mais para a direita do carro, então você acaba vendo o agente veículo um pouco de lado, mas isso não atrapalha a jogabilidade. O carro acelera sozinho e não é possível frear. Durante os percursos, você pega turbos, que vão dar um ganho na velocidade.

Controlar o carro é fácil, mas a lancha e o caça são um pouco complicados de entender a princípio. Com o veículo aquático, as curvas só dão certo se não estiver usando o boost, ao contrário do carro. Já nos céus, o botão de comando do turbo é o responsável por fazê-lo subir e, ao soltá-lo, o caça desce. As curvas não são fáceis. Ou seja, o carro é o melhor veículo, ainda bem que é o mais usado.

Missão dada, é missão cumprida.

Hollywood, contrata o amarelinho aí!

Algo que merece ser mencionado são as pequenas cutscenes de ação que acontecem em alguns momentos. Saltos bem altos para se transformar na lancha e cair na água; cair em penhascos e virar o caça; dar saltos giratórios depois de curva em drift, tudo com muita câmera lenta, são algumas das cenas que você verá. Transformers, Missão Impossível, 007 e Velozes e Furiosos ficariam orgulhosos. Claro que tudo isso acontece dentro dos limites do jogo, mas são legais mesmo assim.

O jogo tem uma dificuldade até que razoável, passei uns apertos em alguns momentos. Haverão trechos que muitos veículos vão aparecer, tiro pra tudo que é lado e você vai ter que sair dessa. Na verdade a maior dificuldade tá mais atrelado ao controle dos veículos, como mencionei antes.

Alguns dos momentos de diálogos são retratados assim.

Agent Intercept tem um modo fácil. Nas opções, através do modo assistente, é possível ativar vida dupla; mais nitro; munição dupla; inimigos normais fáceis; limites de tempo maiores e tiro ao alvo mais fácil. Bom nem preciso mencionar que tudo isso ativado deixa o jogo ridiculamente fácil.

Além da campanha (curta) principal, você terá outros modos – que na verdade são as missões da campanha, com outros objetivos. Talvez seja uma tentativa da desenvolvedora em tornar o jogo maior, mas, no fim das contas, acaba enjoando um pouquinho por ser repetitivo.

A forma como o carro se transforma também lembra o jogo The Crew, da Ubisoft.

Agent Intercept diverte, mesmo que por pouco tempo. Poderia ser maior? Com certeza. A PikPok diz que está trabalhando em mais conteúdo, mas sem data para dar as caras. Então, em seu lançamento, não tem muita coisa para jogar. No PC, o jogo é exclusivo da Steam e custa R$ 37,99 em seu lançamento.

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