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Muita gente que chama a atual geração de “geração dos remakes/remasters” e essas pessoas não deixam de ter razão. O que temos visto, de alguns anos pra cá, é uma quantidade enorme de jogos sendo relançados com a desculpa de que merecem melhorias ou novos jogadores merecem a oportunidade de jogá-los e blá, blá, blá…

Muitos desses títulos não deveriam ter sido revividos: Marvel Ultimate Alliance e Prototype são exemplos. Não adicionaram absolutamente nada de interessante e suas atualizações decepcionaram. Mas é claro que existem bons exemplos: Gears of Wars Ultimate Edition (Xbox One) e The Legend of Zelda: Wind Waker (Wii U) ficaram sensacionais e merecem a sua atenção. Bullestorm: Full Clip Edition é um relançamento do game de 2011 e fica no meio termo em relação a sua qualidade.

Amigos para sempre

Tudo novo de novo

Vale lembrar que o jogo original não fez muito sucesso. É um game divertido, sanguinolento e que exala testosterona, mas isso tudo não foi o suficiente para alavancar suas vendas. Tanto que a People Can Fly optou por não desenvolver uma continuação. Eis que, seis anos depois, veio esta edição melhorada.

Só pra avisar, esta análise mostrará um ponto de vista totalmente diferente da análise original do Gamerview. Bulletstorm tem alguma história? Tem, mas não faz muita diferença e isso é o que menos importa aqui. De qualquer forma, vamos lá: você incorpora Grayson Hunt, líder de um time de combate que foi traído por seu comandante e a partir daí sai em busca de vingança. Criativo, não?

Ainda há a possibilidade de jogar a mesma aventura como Duke Nukem no lugar do Hunt, com todas as vozes do ator original e aquele jeito canastrão e piadista que sempre marcou o icônico personagem. Mas não se anime muito, pois você só terá essa chance se comprar o Duke Nukem Tour separado ou no bundle, e isso custa R$ 10 a mais (no PC). Outro extra, quem já vem em qualquer pacote, é a inclusão do conteúdo adicional que foi vendido separadamente na versão original, chamados Blood Symphony e Gun Sonata.

Homem-Aranha, Homem-Aranha…

Eu quero é sangue!

Vamos ao que interessa: ação desenfreada e sangue jorrando. Só que tudo em Bulletstorm se passa de forma bem linear, não existindo a menor possibilidade de ficar perdido ou de não saber aonde ir. O que o título tem como grande atração é justamente tentar eliminar seus inimigos da forma mais sádica e cruel possível.

Logo no começo você recebe um chicote que serve para puxar inimigos, derrubá-los, jogá-los contra grades eletrificadas, lanças, explosivos e outros elementos. A criatividade aqui é sua amiga: puxe um desses monstros e quando estiver chegando perto dê um chute e atire em sua cabeça, por exemplo. Cada morte, cada movimento, cada cabeça esmagada vale pontos. Vá juntando esses pontos e você pode comprar coisas simples, como munição para suas armas, ou mesmo destravar novas habilidades e ataques.

São muitas possibilidades para executar quem passar pelo caminho. No início, é tudo bastante empolgante… até você perceber que é muito fácil juntar esses pontos de habilidades. Nem é preciso muita criatividade nas mortes, e isso contribui para você parar de se esforçar tanto. A repetição acaba sendo outro problema constante, mesmo sem querer. Ainda assim é muito mais divertido tentar novas maneiras de eliminar os inimigos do que simplesmente sair atirando.

Cadê a cabeça que estava aqui?

Ao contrário das execuções, as armas disponíveis são poucas e não é preciso muito cuidado na hora de escolher qual usar, pois vai do gosto de cada um. As mortes podem ser imediatas ou mais demoradas, depende te onde os tiros acertarem. Acerte em cheio a cabeça de alguém e ele cai morto na hora.

Outro ponto que considero negativo é a dificuldade, ou a falta dela. Mesmo no nível difícil achei tudo muito fácil. Os inimigos são bem burros e poucos impõe um desafio maior. Cansei de ficar parado na frente de vários deles, simplesmente atirando, e quase não me atingiam.

Gráficos caprichados, multiplayer nem tanto

De uma coisa eu não posso reclamar: a remasterização do visual ficou excelente. Joguei Bullestorm em 2011 no Xbox 360 e posso dizer que o trabalho de atualização dos gráficos ficou muito bom; nada espetacular, mas realmente muito bom. Dessa vez a jogatina foi no PC e mesmo com tudo no máximo não notei nenhuma queda de frame rate ou mesmo demora nos loadings. Gostei bastante dos cenários, alguns gigantescos e ricos em detalhes.

Acredito que poderiam ter trabalhado melhor o multiplayer, mas deixaram as opções bem escassas. Uma dessas opções é o Anarchy, feito com a ideia de juntar algumas pessoas online e enfrentas hordas de inimigos que vem em ondas. A outra se chama Echoes: execute combos diferentes, usando tudo que tem à mão, e vá acumulando pontos. Neste modo sua pontuação entra no ranking online para comparação com jogadores espalhados pelo mundo.

Senti falta de um modo cooperativo. Seria bem interessante já que o tempo todo Hunt (ou Duke) não está sozinho. Seria uma ótima adição ao título, algo que muitos FPS tem hoje em dia e adiciona bastante ao fator replay.

Também tenho um Pokemón

Já posso comprar?

Bom, depende. Se você não se importa com enredo e está atrás de horas descompromissadas, ação descerebrada e criativa, diálogos carregados de palavrões e umas piadas um pouco datadas (às vezes sem graça), a resposta é sim. Bulletstorm: Full Clip Edition não é dublado em português, mas tem todas as legendas e menus traduzidos pra nossa língua.

No fim, é um jogo divertido cujo a remasterização não traz muitas novidades. Talvez seja interessante esperar aparecer alguma boa promoção para comprá-lo, algo que não deve demorar muito para acontecer.

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