Skip to main content

Cosmonauta é mais um joguinho brasileiro que chegou para agregar valor à biblioteca do Nintendo Switch. Sendo o segundo publicado pela QUByte Interactive na plataforma, a proposta de Cosmonauta é diferente e um tanto mais simples que a da maioria dos jogos que vemos sendo lançados todos os dias.

Seguindo a premissa de jogos como Super Meat Boy, Cosmonauta não possui foco em seu enredo ou em mecânicas próprias e muito elaboradas. Na verdade, ele não possui enredo algum e suas mecânicas são um tanto simplórias: você só anda e pula. O resto é apenas enfrentar dezenas de desafios de plataforma, indo de um ponto a outro no mapa.

Turista espacial

Aqui controlamos um astronauta que por alguma razão adora arriscar sua vida. Ao longo de 65 fases com dificuldade crescente, nosso único objetivo é alcançar a porta que nos leva até a próxima fase – porém, é claro que primeiro será necessário encarar uma série de obstáculos como vórtices de energia, mísseis teleguiados, plataformas móveis e coisas do tipo.

O objetivo do jogo claramente não é oferecer desafios absurdos que vão te deixar com vontade de atirar seu Switch na parede. A dificuldade de Cosmonauta é bem acessível para todo tipo de jogador e, mesmo com o nível de desafio aumentando nas fases seguintes, ainda é um jogo totalmente amigável.

Rindo de nervoso.

Ele é tão amigável que as fases possuem checkpoint, então ao concluir um trecho e morrer no desafio seguinte, você não é obrigado a começar do zero. Admito que esse foi um fator decisivo durante minha jogatina, pois sempre que morria e voltava quase no mesmo ponto, era a injeção de ânimo que precisava para continuar tentando.

Conforme avançamos, chegaremos nas tão temidas fases que nos obrigam a concluí-las em uma tacada só, mas não é nada de outro mundo. No final, dependendo da sua habilidade, é possível terminar o jogo em menos de duas horas.

Sem sal nem açúcar 

O level design é um ponto a ser elogiado, pois os desafios das fases são bem distribuídos e cada uma é realmente única. Se você for colocar na ponta do lápis, o jogo nem oferece uma variedade tão grande de obstáculos, mas a forma como usaram cada um deles ao longo de todas as 65 fases é realmente elogiável. Algumas fases possuem até a possibilidade de usar um jetpack!

Por outro lado, Cosmonauta também possui a sua porção de defeitos que podem afastar os jogadores. Primeiro, tudo que ele oferece são essas 65 fases e no final não há nenhum tipo de recompensa por vencê-las. Poderiam ter incluído algum modo extra que desbloqueamos após terminar tudo, talvez com uma dificuldade maior, mas acabou ficando por isso mesmo.

Pilotar esse jetpack é mais difícil do que parece.

O jogo utiliza gráficos retrô que misturam a era de 8 bit com a de 16 bit, mas que não possuem nenhum apelo. Tudo é simples demais, as animações possuem o mínimo de frames possível e a imagem no background das fases é sempre a mesma. As fases por si só possuem sempre o mesmo visual, vez ou outra mudando apenas a cor das paredes e do chão. A única coisa que diferencia uma fase da outra é a distribuição dos obstáculos, e isso não é necessariamente algo bom.

Além do mais, jogar no modo portátil do console pode não ser uma experiência tão satisfatória para qualquer pessoa, pois o personagem e todos os obstáculos são muito pequenos e no modo portátil ficam ainda mais minúsculos. Para fechar o pacote, a trilha sonora também é bem limitada, com algumas faixas futuristas que ficam tocando em um loop eterno e alternam entre si vez e outra. As músicas não são ruins, mas com o tempo tendem a se tornar repetitivas.

No final, concluo que Cosmonauta não é um jogo ruim, mas ainda faltou um temperinho para poder considerá-lo um jogo bom. Ao menos ele honra a sua proposta, que é oferecer diversos desafios de plataforma para todos os públicos. A parte boa é que você pode adquiri-lo na eShop americana por meros 99 centavos de dólar! Isso mesmo, ele não custa nem 5 reais e esse é um preço mais que justo pelo que lhe é oferecido.

Por esse preço, acho que vale a recomendação para jogatinas bem casuais, daquelas que colocamos um bom podcast para tocar e nem vemos a hora passar.

Imagem do review de Dicefolk

Review – Dicefolk

Marco AntônioMarco Antônio27/03/2024
Imagem do review de Contra: Operation Galulga

Review – Contra: Operation Galuga

Marco AntônioMarco Antônio26/03/2024