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Painkiller está entre os jogos que me impressionaram muito na juventude. Lembro das horas que passei jogando essa maravilha de jogo criado pela People Can Fly. Muitos anos se passaram e Dread Templar chega para trazer uma mistura de Quake e Painkiller, algo que pode animar os fãs de ambas as franquias. Com ação frenética, pouca lore e focado em pintar as paredes com o sangue de demônios, Dread Templar é uma bomba de adrenalina.

Usando um estilo gráfico retrô em low poly, o jogo tem muito charme, uma trilha sonora pesada e um sistema de combate rápido e recheado de ferramentas para garantir o sofrimento dos demônios. Daniel Garner é o misterioso protagonista de Dread Templar, que compartilha o mesmo objetivo do DoomGuy: devastar o inferno.

Olho por olho, cabeça por cabeça

Logo de cara, Dread Templar lança o jogador em meio ao caos. Sem cutscene explicando o que está rolando, apenas um curto tutorial com o básico do básico. Afinal de contas o que realmente importa aqui é cortar, alvejar e estraçalhar qualquer coisa que entre em sua frente em uma terra desolada infestada de corpos mutilados e reanimados buscando a cabeça do jogador a todo momento.

Imagem do review de Dread Templar
Vai ter que tentar bem mais, parceiro.

Armado apenas com suas lâminas duplas e um par de pistolas, o jogador se aventura pelas terras ermas e infestada de criaturas rumo ao coração do inferno, onde o destino do protagonista o aguarda. Com o progresso, surgem novos demônios e também novas armas para combatê-los, como é de praxe no gênero FPS.

As lâminas da katana de nosso templário podem ser unidas para formar uma lança dupla, que pode ser arremessada nos inimigos causando uma grande quantidade de dano. Uma ótima saída para não gastar muita munição em inimigos distantes. Já as armas de fogo variam de tipo, como um par de Uzis silenciadas no lugar das pistolas e uma escopeta serrada no lugar da clássica pump-action.

Há ainda um arco a ser encontrado, armadilhas que podem imobilizar os inimigos e as armas infernais. São armas que causam um dano ridiculamente alto, capaz de fazer com que os inimigos simplesmente deixem de existir a nossa frente. Igual o Quad Damage, para quem entende de Quake.

Imagem do review de Dread Templar
Dread Templar é bem atmosférico. Cenas como essas são padrão.

Amaldiçoado e negado ao paraíso

Todo esse arsenal se torna ainda mais letal quando entramos no modo Bullet Time do game. O efeito faz o tempo desacelerar, dando ao jogador uma vantagem imensa, permitindo rápida analise da batalha e headshots a rodo com o arco e flecha ou o revólver infernal. Independente da escolha da abordagem de combate, o importante é fazer chover o sangue dos condenados. E nada é mais satisfatório que explodir o corpo dos inimigos com a escopeta.

Mas não pense que os inimigos de Dread Templar são apenas sacos de carne esperando você os explodir. Demônios, insetos e arquiduques do inferno irão te perseguir e atacar com tudo que possuem. Até porque o templário possui algo que vai além da sua humanidade, algo poderoso o suficiente para chamar toda a atenção do inferno para si.

Imagem de review de Dread Templar
Aquela sensação de dever cumprido após deitar o inferno na porrada.

Toda a violência e desolação que Dread Templar quer nos passar é acentuada pelo magnífico estilo gráfico retrô. Eu pessoalmente sou amante da arte low poly, ainda mais quando é bem feita como em Dread Templar. O personagem parece deslizar pelos cenários e com uma mira extremamente eficiente, permitindo que mesmo em velocidade máxima conseguimos mirar perfeitamente. E a precisão na parada do protagonista, sem aquela “escorregadinha” que rola em outros games, foi mais um detalhe que me agradou bastante.

É importante ressaltar que toda essa velocidade, ainda mais com um dash que nos permite sair de enrascadas, devem ser usados de maneira sábia, uma vez que muitos dos níveis possuem armadilhas ou “pegadinhas” de cenário. Ou seja, olhe para onde está indo para evitar cair na escuridão eterna na velocidade de uma pedra em queda livre.

Imaead Templargem do review de Dr
Tu é grande, mas eu sou ruim.

Deus Rex Cobra

Quake, Doom, Painkiller e outros jogos do gênero contam com um elemento artístico que costuma superar as expectativas: a trilha sonora. E este não é o caso de Dread Templar, cujo as músicas deixam muito a desejar, passando despercebidas em grande parte da jogatina. Elas são pouco criativas, monótonas, sem aquele impacto que a gente espera de um som do Powerwolf, Slayer ou até mesmo Massacration.

Por outro lado, os efeitos sonoros do game salvam a trilha sonora, com sons de sofrimento das criaturas, armas e muitas das ações. Com um número considerável de níveis, Dread Templar é um excelente game para se jogar durante aquele final de semana em que estamos nos sentindo nostálgicos. É como rodar um daqueles CD-ROMs antigos de banca, num PC moderno de hoje em dia. É, sem dúvida, uma experiência que nenhum fã de FPS da velha guarda pode deixar passar!

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