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Eles entraram na Gungeon, mas agora precisam sair! Quem poderia imaginar que Enter the Gungeon, o famoso shoot ‘em up roguelite da Dodge Roll com o selo da Devolver Digital, receberia uma sequência, não é mesmo? Essa que é muito bem-vinda, afinal não é à toa que o jogo recebeu nota 10 aqui no Gamerview… DUAS VEZES!

Na verdade, Exit the Gungeon não é uma novidade tão fresquinha assim, pois ele já havia sido lançado para mobile desde setembro de 2019, mas só agora está chegando aos consoles e PC (nos consoles com exclusividade temporária no Nintendo Switch). O jogo traz algumas mudanças em relação ao título original, mas a essência ainda é a mesma: atire muito, morra mais ainda e repita o processo.

Elevador sem fim

Apesar de tudo indicar que trata-se de uma sequência direta de Enter the Gungeon, os próprios desenvolvedores classificam esse título como um spin-off, o que eu particularmente não entendi o motivo, mas tudo bem. Exit the Gungeon começa exatamente onde o primeiro parou (caso você tenha sido forte o bastante para terminá-lo), porém suas ações tiveram consequências negativas no futuro e agora você precisa escapar da Gungeon para consertar tudo.

Para isso, você precisará pegar um elevador com um percurso bem longo… e mortal. Cada personagem possui o seu próprio caminho (porém a primeira parte é a mesma para todos) e, como de costume, os inimigos que enfrentaremos, assim como o chefe de cada sessão, é aleatório.

Odeio esse gato!

A grande diferença de Exit the Gungeon é que você não enxerga mais o personagem de cima, com a possibilidade de se movimentar para quatro direções diferentes. O jogo é um sidescroller que se parece muito com um upgrade de Super Crate Box, um jogaço (e ainda por cima gratuito) que possui um conceito muito parecido com o de Enter the Gungeon, então fica aqui a recomendação.

É claro que o título segue a tradição do primeiro e continua difícil até o limite do bom senso, só que agora você possui apenas duas direções para atirar e desviar de tudo, então vai da habilidade de cada um para classificar isso como vantagem ou não.

Arsenal atualizado 

Se o primeiro já possuía uma quantidade absurda de armas, uma mais diferentona que a outra, não espere diferente de Exit the Gungeon. A tradição de não saber qual arma você vai conseguir naquela rodada também permanece, só que agora a sua arma sempre muda após um curto intervalo de tempo, seja para o bem ou para o mal. Você pode muito bem estar com um trabuco devastador e de repente mudar para uma arma que só atira uma bala por vez. É uma verdadeira roleta russa que dita a dificuldade do combate e exige uma rápida capacidade de adaptação e improvisação do jogador.

A graça do jogo continua em usar e descobrir novas armas.

Esse é o grande fator que torna esse jogo tão difícil de enjoar. Por mais que você tenha morrido incontáveis vezes, é simplesmente impossível de dizer como será a próxima sessão, quais armas você vai conseguir, quais upgrades poderá comprar com o mercador etc. A curiosidade para desbloquear novas armas também ajuda a manter a jogatina firme e forte, pois a variedade é imensa! Temos armas de espirro, de bolhas, de pinhas, de botijão de gás e muitas outras que com certeza você nunca encontrou em nenhum outro jogo.

As mecânicas foram adaptadas para nos dar uma chance de sobreviver em meio ao mar de tiros em sidescroll, então sempre que pulamos estamos invulneráveis a tiros, mas é claro que isso não significa que as coisas serão mais fáceis também.

A princípio, os comandos são um tanto confusos e nem um pouco práticos, tanto que o botão de atirar fica no R e não no ZR. É possível alterar os comandos pelas configurações, mas mesmo assim ainda fica bem complicado de jogar esse jogo sob certas circunstâncias, como no modo portátil do Switch, por exemplo. A sensação foi a mesma que tive ao jogar Cuphead no console: no modo portátil não dá! O gameplay é rápido demais, você precisa ser rápido no “gatilho” e ficar mexendo a tela ao fazer movimentos bruscos com a mão não vai te ajudar em nada. Para ter uma experiência consideravelmente mais tranquila, jogue pela televisão.

É uma fase mais impiedosa que a outra.

Quanto a bugs e falhas, a única que presenciei está nos textos. O jogo está localizado em português, porém em diversos momentos as pontuações são substituídas por caracteres estranhos e em certos trechos os diálogos estão totalmente em inglês, então parece que esqueceram de traduzir uma parte do jogo. Não que isso vá condenar sua experiência com o jogo, mas não deixa de ser uma falha.

Exit the Gungeon é uma expansão justa do primeiro, com leves alterações em sua jogabilidade que não mudam radicalmente nada do que ele já era. Continua absurdamente difícil, com um vasto e inusitado arsenal, com um visual em pixel art soberbo e o mais importante: continua viciante!

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