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Um ano se passou desde que Ghost of Tsushima foi lançado para o PlayStation 4. Com a chegada da nova geração, era questão de tempo para a obra prima da Sucker Punch receber upgrade junto de um novo conteúdo. Esse dia chegou com a versão do diretor, que introduz a Ilha Iki (vizinha à Tsushima) e expande a campanha do jogo com novos contos. Invadida pelos mongóis, Jin Sakai parte em uma nova jornada para livrar o Japão feudal do domínio dos selvagens.

Já tem o jogo no PS4? Vale a pena investir na expansão. Comprou um PS5? Confira o game em retrocompatibilidade, rodando nos 60 FPS, antes de optar pelo upgrade. Não tem o game e quer ter a experiência completa jogando direto no PS5? Então prepare a emoção (e o bolso), pois Ghost of Tsushima ficou ainda melhor. Além da resolução dinâmica em 4K, o jogo recebeu texturas em alta definição, a inclusão do feedback háptico e suporte aos gatilhos adaptativos do DualSense, sincronia labial para a dublagem em japonês e áudio 3D para o Pulse.

Vale ressaltar que a Ilha Iki estará acessível somente aos jogadores que chegarem no Ato 2 da campanha, na região de Toyotama. Na história, é quando Jin descobre os planos de uma mulher chamada Águia, que lidera os mongóis na invasão da ilha. Antes disso, só é possível conferir as novidades cosméticas (máscara, espadas, cavalo, etc.) e acessar os bônus da versão do diretor.

Tortura com sopa de ervilhas.

Uma nova ilha, um novo ato

Para mensurar o tamanho de Iki, podemos dizer que a ilha funciona como um novo ato dentro da história principal. A primeira região da ilha, Izuhara, demonstra muito bem isso. O mapa é grande o suficiente para oferecer pelo menos 5 horas de duração. Com as missões secundárias e a exploração, atrás de colecionáveis, essa duração passa facilmente das 10 horas.

Chegando em Iki, o protagonista descobre que a ilha virou uma terra sem lei, habitada principalmente por bandidos e saqueadores. A invasão mongól só fez as coisas piorarem por lá. Jin encara essa jornada como uma viagem ao passado, uma vez que foi em Iki que seu pai morreu. Ou seja, os flashbacks de Ghost of Tsushima continuam presentes e jogáveis na expansão.

A exploração começa igual na campanha original: mapa em branco, com liberdade de ir para qualquer direção para desvendar pontos de referência. As missões secundárias continuam a oferecer um pouco de tudo: minigames com desafios, santuários para explorar, territórios mongóis para infiltrar, e os contos míticos.

Jin vs Nazgûl

Entre todas as novidades apresentadas, inclusive no gameplay (novas habilidades de combate, travar câmera em um alvo, atropelar inimigos com o cavalo, etc.), a que mais me agradou na expansão foram os inimigos. São poucos, mas é extremamente gratificante enfrentar um novo tipo que troca de armas em pleno combate. Isso obviamente forçará o jogador a adaptar sua estratégia para vencê-los. Há também um xamã, que aumenta a força e reflexos dos aliados com seu canto xamãnico. Mate-os primeiro, sempre!

Para jogar na sequência

Uma coisa que notei, conversando com amigos que terminaram Ghost of Tsushima na época do lançamento, é que a empolgação com a expansão é menor do que com os jogadores que estão se aventurando somente agora, desde o começo. Neste caso a progressão ocorre naturalmente, mesmo que o jogador opte por seguir a expansão logo ao chegar no Ato 2, para somente depois voltar para a campanha principal. No outro cenário, o que ocorre são jogadores perdidos no gameplay, tentando relembrar as coisas enquanto apanham feio dos inimigos, e não tão impactados como deveriam pelos contos da Ilha Iki.

Nâo dê moleza para os duelistas do Torneio da Baía Oculta.

Esse arco da história desenvolve o passado de Jin, da ilha e do clã Sakai, com algumas surpresas interessantes e um final épico. Apesar de não durar muito – exceto se a sua curiosidade falar mais alto, é claro – a expansão entrega uma experiência gratificante em uma ilha tão bela quanto Tsushima, com paisagens únicas. O modo Lendas, multiplayer online cooperativo, também recebeu atualização e ainda há muito conteúdo a ser lançado para ele, como o modo Rivais (que chega em setembro).

Ghost of Tsushima Director’s Cut é obrigatório em todos os sentidos, especialmente na versão de PlayStation 5. Minhas únicas ressalvas ficam para o preço salgado do upgrade e para a decisão de deixar as cinematics travadas em 30 FPS, enquanto o jogo todo roda em 60 FPS. É esquisito, porém compreensível que seja uma questão artística. Mas este sou eu querendo achar defeito em escultura perfeita.

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