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Depois de 16 jogos, finalmente chegamos no dia em que vemos Hatsune Miku num console da Nintendo. Sendo o 17º da franquia Project DIVA, o Mega Mix promete exatamente isso: trazer o melhor da série para o híbrido da Big N. Com muito ritmo, opções de personalização e inclusive um modo para comandos de movimento através dos joy-con, ela entra em palco e você vai junto, rumo ao estrelato.

Mas espera um minuto, você conhece a personagem, certo? Caso não, o que me faria questionar o que faz por aqui, vamos lá. Ela é a maior artista virtual que temos em nossa história, com todas suas músicas e personagens saindo diretamente do programa de sintetizador de voz Vocaloid. Para ter uma noção da grandiosidade que tomou, ela realiza shows holográficos pelo mundo, inclusive participou de um show da Lady Gaga, fazendo sua abertura.

Hatsune Miku na batida perfeita

Hatsune Miku: Project DIVA Mega Mix é, em sua essência, um game rítmico. Para quem já jogou Guitar Hero, Rockband, Voez entre outros, sabe muito bem o que esperar. Os botões voam na tela e você tem de apertá-los no momento certo da música para fazer pontos. Simples assim e, sendo sincero, nisso você não terá complicação alguma.

Porém, vários elementos são incluídos no meio para que sua experiência seja ainda maior. Ao contrário dos outros, que possuem uma tela parada e sem muita ação, aqui temos um clipe completo com toda a performance da artista e de vários dos outros personagens que também estão no game. Graficamente é um espetáculo à parte, com cenários muito bem construídos e vários efeitos na tela.

Imagem do review de Hatsune Miku: Project DIVA Mega Mix
Hatsune Miku faz um verdadeiro show em seu jogo.

E é nisso que estará o seu maior desafio. Na mesma tela você tem a letra da música, a Miku e/ou os demais dançando ou fazendo outras coisas como correr ou tocar instrumentos, os botões para você apertar, a barra de porcentagem do quanto completou do som, seus pontos e uma barra de vida. Se errar muito, ela vai descendo e atingindo certo nível você é cortado subitamente e volta para a tela de seleção.

O que é um verdadeiro show visual, também é a sua maior derrota. Sendo sincero com vocês, eu não sou fã da franquia nem me interesso tanto pela personagem, apesar de gostar muito de jogos do estilo. Porém, é impossível não se distrair com algumas cenas, o que pode custar sua partida por completo. Penso dessa forma, se eu que não curto tanto acabo desviando o olhar, imagina quem é apaixonado por ela e está vendo pela primeira vez algumas performances que foram remasterizadas do passado?

Imagem do review de Hatsune Miku: Project DIVA Mega Mix
Muitas coisas ao mesmo tempo…

Pelo menos são 101 músicas, fora os DLCs e bônus de pré-vendas, que trazem uma variedade monstruosa ao título. Hatsune Miku: Project DIVA Mega Mix realmente é absurdo nesse quesito e você tem várias dificuldades diferentes que pode alternar para se encaixar melhor no seu patamar. Inclusive me espantei ao ver músicas que conhecia no meio da coisa toda, descobrindo terem saído do Vocaloid também.

Nem todos os passos estão certos

Falando em variedade, a quantidade de roupas e skins é outro absurdo. Cada uma tem, no mínimo, umas 20 diferentes, fora a área de personalização que permite criar blusas especiais para Miku e seus amigos. Também há várias homenagens a outros games, como Persona 4 e 5, Sonic, até mesmo à animação Black Rock Shooter. Os mais atentos podem notar inclusive o Space Channel no meio.

Imagem do review de Hatsune Miku: Project DIVA Mega Mix
São várias opções de personalização, incluindo de outros jogos.

Elas podem ser utilizadas em todas as músicas, assim como algumas delas inclusive permitem a adição de ainda mais deles na mesma performance. É um detalhe interessante, já que também envolve todas as skins customizáveis que você construiu, podendo fazer até um look combinando as personagens. Para adquirir tudo isso, basta completar as músicas que vai ganhando pontos conforme avança.

Quem procura em Hatsune Miku: Project DIVA Mega Mix algo a mais do que isso, sinto informar de que não encontrará. Não existe uma profundidade, uma história ou qualquer resquício de sentido na coisa toda. É você dançando com uma garotinha virtual em várias músicas e trocando suas roupinhas. Algumas bem desnecessárias, até por certas meninas in-game claramente serem menores de idade, diga-se de passagem.

Imagem do review de Hatsune Miku: Project DIVA Mega Mix
Não busque mais do que Hatsune Miku tem a oferecer.

Isso não será ruim para quem já é fã ou curte o gênero. Nem de longe é um jogo horrível por isso, pelo contrário, eles te oferecem essa proposta desde o início e não tem como dizer que foi tapeado. Uma das únicas falhas que encontrei que me incomodaram foi o Mix Mode, que usa os movimentos. Poderiam ter feito algo no estilo Just Dance, mas basicamente te faz mexer os braços de um lado para o outro e é só. Um baita desperdício, de verdade, sendo essa uma tremenda decepção no meio da gameplay.

Após 17 jogos, Hatsune Miku merecia mais do que ganhou, mas não te engana ao entregar o que prometeu. Com muita música, animação, personalização e várias dificuldades que irão te desafiar completamente, ainda é um jogo que merece sua atenção como fã, tanto da personagem quanto de games que usam o ritmo como sua principal função. Aproveite o show.

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