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Você já se perguntou o que tem depois da morte? Esse certamente é um assunto que a metafísica, a religião e até mesmo a ciência tentam desvendar até os dias de hoje. Tendo em vista a imprevisibilidade da dona morte, Iratus: Lord of the Dead traz uma proposta intrigante ao mundo dos jogos roguelike: seja um lorde malvadão controlando um exercito de mortos-vivos.

Sim, nada de controlar uma criatura boazinha buscando justiça em um mundo desolado, por aqui você será o cara mau. Iratus, a grande mente por trás dessa legião de mortos-vivos, irá usar seus melhores guerreiros do submundo para dizimar os vivos e, finalmente, dominar o mundo. Fortemente inspirado por Darkest Dungeon, esse jogo segue o mesmo estilo extremamente difícil e imperdoável característico do gênero.

I’m the bad guy, duh…

A primeira tela de Iratus: Lord of the Dead não é muito animadora. Logo de cara você é informado que suas tropas irão morrer bastante e que precisará de horas e horas para masterizar o jogo, mudando a sua estratégia conforme os inimigos mudam. Claro que, se você já tem experiência com jogos como Darkest Dungeon, essa dificuldade já é esperada dentro do gênero.

Te colocando na pele de Iratus, o grande malvadão por trás de toda a trama, será necessário criar suas criaturas e colocá-las em campo. Cada criatura deverá ser feita a partir de ingredientes coletados conforme as batalhas são vencidas. Caberá ao jogador decidir qual composição usar, sendo possível criar até quatro times com quatro criaturas em cada um.

Além dos itens, os personagens poderão evoluir de nível conforme batalham.

Iratus é uma besta enjaulada com ódio, tendo como único objetivo ser o grande lorde do mundo dos vivos. Conforme se avança no mapa, enfrentando tropas humanas e chefões poderosos, Iratus fica mais perto da sua meta. Além dos inimigos, o mapa conta com locais especiais que não envolvem o combate, como baús de itens e lugares para recuperar a vida dos personagens, por exemplo.

Um toque de gerenciamento após a morte

O combate não será a sua única preocupação em Iratus: Lord of the Dead, pois o jogo contém elementos que te levam a pensar no gerenciamento de suas tropas. Não é apenas escolher suas unidades e colocá-las para batalha, você deverá acompanhar o desenvolvimento das mesmas e selecionar os melhores atributos para serem melhorados.

Além das vitórias nos combates, um outro jeito de se obter itens para criar personagens novos e melhorar os existentes é através das construções. Como toda criatura malvada do submundo, Iratus possuirá um cemitério que contém diversos edifícios, cada um deles oferecendo bônus ao jogador. Designar criaturas aos edifícios fará com que as mesmas sejam consumidas e inutilizadas, mas poderá dar itens e outras vantagens em troca.

Já que as vidas das suas tropas são dispensáveis, nada melhor que trocá-los por itens e vantagens.

Iratus: Lord of the Dead contará também com mecânicas de interação com itens, podendo transmutá-los para fortalecer as tropas ou recuperar parte da sua vida. Enquanto alguns desses itens poderão ser utilizados para aumentar o nível ou os atributos de um personagens, os artefatos serão usados para melhorar as características do Iratus. E sim, o Iratus não se trata apenas de um personagem passivo que deixa todo trabalho para seu exército, mas também participará ativamente dos combates.

Desafio com um design questionável

Por mais que o foco de Iratus: Lord of the Dead seja sua jogabilidade desafiadora, é impossível não citar o estilo de arte escolhido por aqui. Diferentemente de Darkest Dungeon, os gráficos não são em estilo cartoon, mas são semi realistas. Tendo dito isso, por muitas vezes os personagens se encontram no vale da estranheza, o que pode ser um problema aos mais vidrados na arte.

A parte artística poderia ser um pouco mais caprichada…

Em suma, Iratus: Lord of the Dead é um jogo que segue o mesmo conceito explorado por jogos como Darkest Dungeon e MISTOVER. O grande diferencial é o fato de se controlar o vilão da história e contar com um exército de mortos-vivos, tornando a experiência um tanto quanto macabra. Infelizmente o estilo de arte escolhido por aqui não agrada muito mas, se o jogador ignorar esse fato, esse se torna um jogo essencial para os fãs do gênero.

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