Skip to main content

Sabem como é difícil encontrar um jogo que realmente te divirta? Creio falar não apenas por mim, já que a infinidade de jogos que lançam a cada ano mostram que nem um terço deles atinge o ponto de realmente de fazer querer jogar mais uma partida, de ir além de gráficos e jogabilidade e te entregar algo tão puro quanto a diversão. Killer Queen Black, em toda a sua simplicidade e mecânica, atinge esse patamar.

Nascido dos arcades e lançado inicialmente em 2013, ambas versões trazem uma grande proximidade, mas ainda assim há diferenças. Enquanto os fliperamas permitiam confrontos de 5v5, na versão para Nintendo Switch eles reduzem para 4v4, trazendo uma dinâmica mais aprimorada e maiores possibilidades de confrontos rápidos. Ele ainda não foi lançado para Xbox One, prometido apenas para 2020 na plataforma, mas a versão de PC também já está disponível.

Cinco segundos de caos

Estes cinco segundos foram o tempo exato de eu me tocar no que estava acontecendo na tela e o que tinha de fazer em Killer Queen Black. Há muitos anos não mexia num game tão intuitivo e auto-explicativo. Nem precisei gravar a quantidade absurda de comandos para aproveitar a minha primeira partida. São três rounds com três possibilidades de vencer. Apenas a Rainha ataca, enquanto os Drones precisam conquistar rotas alternativas de vitória.

Imagem do review de Killer Queen Black
Há três formas de vencer. Você só precisa alcançar uma.

Ganha o jogador que matar a Rainha do time inimigo três vezes, ou quem completar um painel com várias esferas encontradas pela área. Por fim, também pode vencer levando uma lesma que fica ao meio até a linha de chegada da sua equipe. Os Drones podem morrer à vontade, que sempre retornam. Isso atrasa um pouco, mas não chega a ser um grande problema.

Uma das coisas que percebi de primeira foi que os rounds de Killer Queen Black são rápidos e todos já correm para executar suas tarefas. Não há tempo a perder, e moscar significa a sua derrota. Como eu disse acima, fazia muito tempo que eu não me divertia tanto num título multiplayer dessa forma. Não se perde nada em performance e todos têm a visão completa do que está ocorrendo no mapa.

Vocês não conhecem o significado da palavra desespero até verem o inimigo pegando a lesma e ver a sua Rainha disparando para assassinar o pobre Drone que está tentando alcançar a vitória. Ou o suor frio quando a sua é aniquilada duas vezes e só há mais uma chance de não fazer a coisa errada. Ver o painel do inimigo lotando também te deixa aflito e te obriga a não cometer erros no pulo para compensar a velocidade.

Imagem do review de Killer Queen Black
Cenas de dor e sofrimento para a Rainha do time rival.

A diversão te espera

Ouso afirmar que, se você curte jogar online e busca por um multiplayer competitivo e divertido, Killer Queen Black é a pedida para 2019. Confesso ter me sentido assim apenas com Super Smash Bros. Ultimate neste ano, e olha que eles fizeram bastante para merecer isso. Já o time da Liquid Bit, LLC te ganha pela simplicidade. Aquela necessidade de um jogo precisar de vários recursos se perde quando algo tão legal e bacana te gera sorrisos com tão pouco.

E não é por falta de um meta-game que os mais hardcore vão se sentir desolados. Durante os confrontos, abrigos se abrem para os mais habilidosos, gerando possibilidade de alguns Drones também ganharem o poder de ataque que antes pertencia apenas à Rainha. Com mais uma preocupação em mãos, cabe ao time equilibrar as forças com habilidade e destreza. Enquanto eles possuem dois de ataque, a lesma e o preenchimento do painel são sacrificados e aí está uma chance de vencer.

Imagem do review de Killer Queen Black
O confronto pode ser emocionante e o meta-game te diverte ainda mais.

Porém, mesmo com toda essa diversão e ânimo, não nego que há falhas que merecem uma atenção. Nos últimos dias, experimentei uma demora absurda para entrar numa partida, chegando até mesmo a desistir em algumas delas. Coisa de durar dez vezes mais do que o tempo estimado, por exemplo. Não sei identificar se são problemas no matchmaking ou se realmente poucas pessoas estão jogando, e isso dificultou um pouco minha experiência com Killer Queen Black.

Como a maioria dos jogos multiplayer, não são muitos os modos de jogo, se limitando às partidas casuais, as ranqueadas, partidas customizadas, partidas locais e modo espectador de um conflito de grupos. Sendo sincero, vai se divertir bastante apenas com isso e ele não foge da proposta inventando moda. A Liquid Bit, LLC sabe o que torna Killer Queen Black num sucesso, e fazem muito bem o que estão propondo.

Imagem do review de Killer Queen Black
A espera será longa…ao menos nenhuma lesma foi ferida na produção do game.

O título merece que você dê uma chance e garante que se divirta num dos melhores games online de 2019, com muita estratégia, agilidade e uma grande chance de acabar perdendo a hora de tanto que vai jogar. As partidas são tão rápidas que você nem sente o tempo passando e, dependendo da dificuldade que o grupo inimigo ofereça, pode chegar até a cinco rounds antes de decidir quem sairá vitorioso.

Killer Queen Black foi uma grata surpresa e aposto que qualquer um que tenha curiosidade vai acabar encontrando nele um ótimo game. Mesmo com a demora para localizar pessoas e partidas, com o tempo acredito que isso se tornará algo que não incomodará tanto e deixará todos aproveitarem o título com a mesma empolgação que eu. Tente o game por um round, e tenho certeza que quando piscar já estará pensando em entrar nas ranqueadas.

Review – Fallout: 1ª Temporada

Renato Moura Jr.Renato Moura Jr.15/04/2024
Harold Halibut

Review – Harold Halibut

Carlos AquinoCarlos Aquino15/04/2024