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Uma turminha passando por altas aventuras para alcançar seu grande sonho de tocar em um show do balacobaco. Uma premissa bem simples, na verdade. Seria banal se essa turma não fosse um trombone de vara, uma bateria e um acordeão. Bom, na verdade são robôs que sonham em ser músicos.

Essa é a história por trás de Kine, jogo de puzzle com uma forte pegada narrativa e uma levada musical incrível. Desenvolvido e publicado única e exclusivamente por Gwen Frey, moça com nome de super-heroína e habilidades também.

E 1, e 2, e 3, e…

Como a própria descrição do jogo diz: se você gosta de música, desafios ou robôs, Kine é pra você. Já se não gosta de nenhuma dessas coisas, tem certeza que está vivo? Aliás, é bom que você pelo menos demonstre amor pelos fofos robozinhos de Kine, porque no dia que as máquinas se revoltarem, talvez te perdoem. Talvez.

Imagem de Kine
Quem já ensaiou em banda sabe que é exatamente assim.

Kine é um poço de charme pela sua aparência e pela sua música, mas não é só apenas isso! Sendo um jogo de puzzle tridimensional, cada novo desafio exige uma abertura de perspectiva nova do jogador. Rodando a tela de um lado para outro tentando entender o que está acontecendo e porque esse maldito robô não se comporta exatamente do jeito que a gente quer, insistindo em ter vontade própria. Algumas vezes quase me peguei querendo mudar o jeito de me sentar para ver se melhorava a maneira com a qual estava observando a situação.

A divisão de desafios se dá em vários cenários, cada um é um pedacinho de história – algumas vezes sequenciais, outras mais livres – divididos em várias fases. Para cada página dessa história temos mais um pouco de história e recebemos mais um tanto de personalidade dos carismáticos protagonistas.

Imagem de Kine
Eu me pergunto como eles caem em uns apertos desses.

Sendo robôs compostos de maneiras completamente diferentes, como dito previamente – um trombone de vara, uma bateria e um acordeão-, eles possuem movimentações extremamente díspares. O grande diferencial na movimentação é que ela precisa acontecer com base nas posições que os robôs podem ficar. Por exemplo, o acordeão pode ficar com suas hastes esticadas para a lateral, permitindo que ele se mova em caminhos retos, ou esticar o fole e dar grandes saltos.

O que soa como um objetivo simples, ir de um ponto A para um ponto B, acaba se complicando exponencialmente quando os cenários mostram facetas disformes e precisamos combinar os movimentos de 2 ou mais personagens para alcançar o ápice.

Acerta a afinação disso aí!

Tendo testado o jogo em um PC, os controles não são exatamente os mais intuitivos. Permitindo que o jogador atue com 3 variações de comandos, nas vezes que precisei reiniciar a fase o jogo não entendeu muito bem e passou a responder primariamente ao mouse, ignorando meus comandos habituais. E isso fez com que eu precisasse reiniciar a fase mais algumas vezes para que conseguisse fazer com que o jogo reconhecesse da forma correta. Imagino eu que, utilizando um controle ou em outras plataformas, esse problema seja irrelevante.

Imagem de Kine
Várias possibilidades, muitos caminhos. O mesmo fim?

Entrando para fazer uma contrapartida, a trilha sonora do jogo está de parabéns. Sendo integrada na narrativa e levando em consideração quais são os personagens para dar destaque a eles na trilha. Jazz de altíssima qualidade e acessível a todo mundo. Meus parabéns.

Kine começa como uma experiência bem simples, quase uma brincadeira de criança mesmo. Nada de especialmente desafiador. Mas, rapidamente ele se transforma, sem que nos demos conta em um quebra-cabeça de peso. Várias foram as vezes em que me vi preso em todas as possíveis fases, sem ter noção nenhuma de como me ver libre daquelas amarras. Aí é momento para dar aquela pausa, descansar e confiar que no outro dia vai dar certo como nunca antes.

Imagem de Kine
Algumas fontes não receberam a devida atenção nas traduções.

Como eu havia citado anteriormente, se você gosta de música, desafios ou robôs, Kine é pra você. É um jogo simples, relativamente curto, mas até prefiro assim, com isso a curva de aprendizagem ocorre perfeitamente, os personagens são cativantes e a trilha sonora é um prazer. Kine é super recomendado, música para meus ouvidos!

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