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Já faz algum tempo que a franquia LEGO tem feito sucesso no mundo dos jogos eletrônicos. Vários títulos foram lançados para todas as plataformas, baseados nos mais diversos filmes e personagens. Agora finalmente resolveram fazer algo independente, inovador e que atiça a criatividade de quem estiver jogando.

Mas aí você para e pensa: “Ah, mas LEGO Worlds é uma cópia de Minecraft”. Bom, se lembrarmos que a Mojang claramente se inspirou nesse brinquedo que já existe há décadas, nada mais justo que a Traveller’s Tales também aproveitasse o sucesso e fosse por esse caminho, não?

Na verdade, a semelhança fica somente na parte das infinitas possibilidades do que podemos construir (ou mesmo destruir). Aqui você tem objetivos claros que precisam ser cumpridos, caso contrário não consegue as peças de ouro necessárias para ir avançando e explorando novos mundos.

Vem comigo!

Quero aprender

Um dos grandes méritos de LEGO Worlds está justamente na forma que te ensina a jogar. Você é um astronauta que cai em um pequeno mundo e precisa consertar sua nave para continuar sua jornada. A partir daí começa um tutorial bem disfarçado que indica que é preciso ajudar alguns personagens, atender suas necessidades e assim conseguir os tão necessários blocos dourados. Nesse primeiro planeta são somente três deles e isso já basta para sair dali e prosseguir.

Logo de cara recebemos a Ferramenta de Descoberta e, a princípio, só podemos usar a função Copiar dela. Essa opção é usada para registrar objetos, plantas, animais, qualquer coisa que apareça pela frente, guardar essas “instruções” e mais tarde poder construí-los. Para isso basta ter a quantidade de studs (aquela peça redonda pequena que se coleciona em todos os jogos LEGO) necessária. Outras formas de usar a Ferramenta de Descoberta vão sendo liberadas aos poucos. Podemos usá-la para alterar a paisagem, trocar cores das peças e também, obviamente, construir o que quisermos.

Um verdadeiro banho de loja

Claro que nem tudo é perfeito. Usando o gamepad do videogame, passei por situações um tanto quanto chatas para posicionar um bloco ou mesmo erguer uma construção da forma correta. Os controles ficaram um tanto confusos e era preciso muitos movimentos até acertar. Isso é chato e às vezes até frustrante. Também perdi a conta nas vezes que fiquei preso em uma estrutura e tive que desfazer o que já tinha erguido para poder soltar meu personagem.

Para quem não sabe inglês, a narração em português está muito boa. É bom ver que cada vez mais se preocupam em utilizar expressões do nosso dia a dia, sem traduções ao pé da letra dos textos e falas, o que muitas vezes deixava a narrativa um pouco confusa.

Faça o que quiser, onde quiser

O grande objetivo é se tornar um Mestre Construtor e, para isso, a exploração é extremamente importante. Não há um caminho linear a ser seguido, ao contrário dos outros games da franquia LEGO. Podemos seguir por onde quisermos, cumprir os objetivos na ordem que preferirmos e, o melhor, não existe uma obrigatoriedade de como fazer essas coisas.

Um yeti? Corre, maluco!

Cada mundo tem um tema que já foi usado nos brinquedos reais. Conforme vamos abrindo novos planetas achamos peças em formatos diferentes e até sets inteiros de que já foram lançados pela fabricante. Juntando tudo isso as possibilidades são infinitas, como se tivéssemos um balde de LEGO para brincar, aprender e evoluir.

Também é interessante aprender como se locomover pelos mapas, pois nem sempre andar é a melhor opção. Fui copiando cada veículo que achava e, dependendo da distância que tivesse que percorrer ou mesmo da missão que precisasse concluir, poderia escolher um carro, uma moto ou um barco, por exemplo. Como já citei, quem decide tudo é quem está com o controle nas mãos. Não existe uma forma exata para cumprir cada objetivo. Você vai lá e faz o que achar melhor.

Outro conselho que dou é sempre copiar as armas que encontrar pelo caminho, pois nunca se sabe quando serão necessárias em combate. Escolher a correta para ser usada em um inimigo é determinante para vencer a batalha.

Tá feio, vou quebrar!

Bonitinho e nada ordinário

Já joguei muitos títulos LEGO no 3DS, no Xbox 360, no PC ou mesmo no Xbox One e achei esse último lançamento o mais detalhado deles. Não que os gráficos sejam espetaculares, mas dá para notar um cuidado extra. Lógico que não possui um estilo realista e nem poderia ser, mas eu particularmente gosto dessa forma artística de desenvolvimento – como nos títulos da Nintendo, por exemplo.

Alguns efeitos ficaram bem legais e chamam a atenção, as peças estão bem construídas (com perdão do trocadilho) e a diversidade de cenários é bem grande. São diversos tipos de terrenos, plantas, animais e todos são bem fiéis aos brinquedos de verdade. Se isso chamou a minha atenção, imagine como devem encher os olhos das crianças.

Tem multiplayer? Claro que não poderia faltar esse modo. Jogando online, basta achar uma pessoa para te ajudar e juntos cumprirem os objetivos. Também existe o modo cooperativo local e aqui a coisa fica bastante interessante. Joguei várias horas com meu filho mais velho e nos divertimos muito modificando cenários, construindo coisas e as vezes simplesmente passeando por um planeta. Chegou a ponto de simplesmente esquecermos que tínhamos um objetivo a cumprir, pois só queríamos ver até onde chegaríamos com o que tínhamos disponível.

Se tem carro, tem corrida

Vale a pena?

Apesar de claramente ser um jogo voltado para o público infantil, posso afirmar categoricamente que LEGO Worlds é para todas as idades. A Traveller’s Tales conseguiu produzir um título que instiga qualquer pessoa a explorar o máximo possível suas imensas possibilidades.

Qualquer um pode acabar gastando horas e horas procurando novos itens, blocos ou minifiguras. As aventuras são tão naturais e gratificantes que esse tempo passa sem que a gente nem perceba.

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