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E se Limbo tivesse uma pitadinha a mais de ação? Uma coisa mais frenética, mais rápida? Assim podemos resumir Light Fall, um jogo de plataforma 2D com um belíssimo visual, puzzles levemente desafiadores e uma ação que vai deixar os jogadores mais casuais bem perdidos. Desenvolvido e distribuído pela Bishop Games, o jogo conta a história da terra de Numbra, um lugar onde o sol nunca nasce e a noite é eterna. Você encarna um garoto de uma nação chamada Kamloops, um povo refugiado nessas sombrias terras, que vivia relativamente bem mesmo nesse lugar hostil, até que uma nova ameaça surge.

Como na maioria dos jogos de plataforma, em Light Fall o objetivo é avançar sempre, chegando ao final de cada fase enquanto vai ouvindo a narração da coruja Stryx, que observa a jornada do garoto sem nome. As mecânicas são bem interessantes, pois o protagonista tem a habilidade de fazer surgirem cubos que podem ser usados como plataformas, bloquear armadilhas e até usados para atacar, e com isso ir avançando no cenário.

Imagem do joogo Lightfall
Plataformas desafiadoras e visual inspirado em Limbo, a fórmula parece que deu certo.

Na luz, você encontrará o caminho

Os gráficos são bem bonitos e claramente inspirados em Limbo (não tem como não falar dele no texto), talvez com um pouco mais de cor e com objetos brilhantes no cenário que em alguns momentos me lembraram do excelente Child of Light. O controle do personagem é bem fluído e você pode tanto jogar de uma forma mais lenta, pensando cada pulo, como de uma forma frenética numa velocidade que deixaria o Sonic orgulhoso. Sabe aqueles desafios nos quais você falha, mas sabe que a culpa foi sua? Então fica irritado, mas tenta de novo? Afinal, você precisa ser melhor. Esse nível de desafio me lembrou bastante os antigos jogos de plataforma como Donkey Kong e Megaman.

A trilha é extremamente envolvente, com uma música que te coloca dentro daquele mundo sem necessariamente ser super marcante, que está ali cumprindo um papel de ambientação sem qualquer ambição de assumir o protagonismo da obra. Ainda falando do som, vale destacar a narração: a coruja Stryx vai te acompanhar por toda jornada e vai te contando sobre o mundo e até se surpreendendo com os seus avanços. É um personagem que acrescenta muita personalidade ao jogo, pois sua voz é bem distinta. Se você não tiver domínio da língua inglesa, recomendo que você desacelere nos pulos quando ela começar a falar, pois ler as legendas e simultaneamente correr no modo turbo pode não ser a escolha mais acertada.

Imagem do jogo Lightfall
O uso das cores é bem feito, o contraste com o preto salta aos olhos.

Uma vez finalizado, o jogo abre o modo speedrun e é aí que o bagulho fica sinistro (perdoem-me pelo meu carioquês). Aqui é corrida mesmo, sem parar pra pensar. Acredito que em breve veremos alguns recordes marcados no Youtube.

Jogos indies tem uma liberdade criativa maior do que jogos de grandes empresas, seja pelo custo reduzido de produção ou até mesmo pela gana de inovação dos criadores. Light Fall não chega a ser uma aposta, pois utiliza mecânicas ligeiramente simples e um visual já consagrado pelo já citado Limbo. Com isso temos aqui uma fórmula que vai certamente agradar aos jogadores mais hardcore, ávidos por um bom jogo de plataforma, desafiador e “irritante”, no melhor sentido da palavra.

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