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A nave mãe. A invasora. A devoradora de mundos. A Nave Arma-Mãe… A Nave Armãe… A Arma Nave Mãe. É… É oficial, eu não sei como arranjar uma boa tradução para esse título. Mas tem uma expressão em PT-HUEHUEBR que descreve MOTHERGUNSHIP muito bem: “tiro, porrada e bomba!” A Terrible Posture Games, em parceria com a Grip Digital, redefine o conceito de first-person shooter insano com seu novo lançamento. MOTHERGUNSHIP é como se você juntasse sua brincadeira de LEGO com Comandos em Ação e Polícia e Ladrão.

Vem comigo nesse pensamento. Imagina que você vai montar uma arma nova para usar. O que escolher? Uma metralhadora, uma espingarda ou um lança-mísseis? MOTHERGUNSHIP te coloca na posição de pegar uma estrutura que consegue se adaptar e te dar 2 espaços com metralhadoras giratórias, um lança-mísseis e um raio laser. Se te parece exagerado, é porque você ainda não entendeu o jogo.

120… 150… 200 quilômetros por hora

MOTHERGUNSHIP é um jogo superlativo. Tudo nele é enorme, extremo. No volume 11. 200% pistola. Os jogos em primeira pessoa tem níveis diferentes de velocidade, desde uma experiência relaxante de um walking simulator à movimentação frenética de Portal e Doom, que é mais rápida que eu fugindo de boletos.

MOTHERGUNSHIP não está dentro dessa escala: está a dois quarteirões dessa escala, correndo umas quatro ou cinco vezes na velocidade da luz.

Imagem do jogo Mothergunship
Pela primeira vez, foi realmente engraçado clicar em spams.

A história do jogo não é lá a linha-guia dos sonhos, mas os personagens caricatos, dublagens engraçadas e situações inesperadas fazem com que risadinhas apareçam vez ou outra. E considerando a pouca importância que a narrativa tem, já é mais do que suficiente. Para ser muito honesto com vocês, foi a primeira vez que eu vi spams sendo utilizados como elemento de jogabilidade e isso me fez dar boas risadas.

E quando falei superlativo, não era brincadeira. Já vimos jogos onde o protagonista pula duas vezes. Não em MOTHERGUNSHIP – aqui, o mínimo que você tem é pulo triplo! E melhor do que isso, a cada upgrade que você consegue, pode adicionar mais pulos!! O sistema de upgrades consegue ser simples e modificar consideravelmente o que é possível se fazer. Além de acrescentar mais pulos, as opções incluem adicionar mais vida ou andar mais rápido. E o superlativo de MOTHERGUNSHIP só aumenta!

1+1 = Bala pra caramba

Quase que como uma sequência espiritual de Tower of Guns, primeiro jogo da Terrible Posture Games, MOTHERGUNSHIP tem um baita diferencial. É um bullet-hell, mas dessa vez para os dois lados. Se os inimigos soltam uma enxurrada de balas, você também deixa o espaço cada vez mais recheado de projéteis. E a briga acaba sendo para ver quem se sobressai nessa luta de foices no escuro.

O ponto interessante da coisa é como funciona essa mecânica de soltar cada vez mais balas. Ao invés de simplesmente pegar um upgrade que faz mais tiros saírem do mesmo lugar, você tem a opção de comprar pedacinhos de arma, sejam eles conectores, aprimoradores ou disparadores diferentes, e montá-los ao seu bel prazer.

Para cada mão, no caso a esquerda e a direita, o jogo te dá um espaço para encaixar alguma coisa, podendo ser uma parte para conectar outras peças, algo que aprimore seus tiros ou uma espingarda, por exemplo. O grande lance é que, quando você combina vários tipos de conectores, pode passar de um espaço para 3, 5, ou 9 – tudo depende de como vai encaixar tudo aquilo na sua mão. Como as peças possuem modelos específicos, algumas coisas não podem ser adicionadas em conjunto com outras por uma simples questão de espaço, mas pode ser que aqueles dois lança-mísseis virados para baixo sirvam como ótimos rocket jumps.

Imagem do jogo Mothergunship
Entendeu o que eu quis dizer por superlativo?

É válido dizer que todas essas possibilidades que temos não tornam o jogo mais fácil em momento algum. Aliás, esse é problema claro que vejo. Entendo que não deva se esperar de um bullet hell algo que seja simples de jogar, mas a variação de dificuldade é muito estranha. Por exemplo, em uma missão com 7 níveis, os 2 primeiros são muito difíceis, os próximos 4 banais e o último é como o próprio Satã te trazendo para seu colo.

Quando joguei MOTHERGUNSHIP para fazer este review, seu modo cooperativo ainda não estava ativo. Imagina só… Pega tudo o que eu disse sobre o jogo. Agora põe mais gente nesse bolo. Só pode melhorar – mentira, pode piorar também, mas ainda não sei porque não deu para jogar.

Ao combinar a velocidade de movimentação absurda com a capacidade quase infinita de pular como um ser saído de um conto de H.P. Lovecraft e ainda dar a este ser duas armas saídas de um delírio de M.C. Escher, MOTHERGUNSHIP é a receita para um resultado imprevisível, insano e ridiculamente divertido.

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