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Imagine que o Jason precisa dormir cedo e a vizinhança não colabora com suas festas barulhentas. Esse seria o resumo de Party Hard 2, sequência direta do jogo original de 2015 que promete elevar ainda mais o nível da matança. Produzido pela Pinokl Games e distribuído pela tinyBuild, Party Hard 2 é um jogo de assassinato stealth que dá ao jogador diversas possibilidades de finalizar suas missões. O primeiro Party Hard está disponível para praticamente todas as plataformas (PC, Xbox One, PS4, iOS, e Android), porém a continuação por enquanto existe apenas no PC.

Jogos como Assassin’s Creed e Splinter Cell te dão a possibilidade de executar seus alvos de diversas maneiras, especialmente de formas furtivas. Party Hard 2 adiciona muita zoeira nisso. O visual 8-bit, pixelado e muito charmoso, dá uma certa amenizada na violência extrema do game. Você de fato é um serial killer que está nos noticiários como o estraga prazeres da vida noturna.

Sexta-feira 13 na balada

Party Hard 2 é quase um jogo de estratégia, visto que no início de cada capítulo são apresentadas as missões a serem cumpridas e nada mais. Rolam algumas dicas ao longo do cenário, mas no geral o jogo te dá total liberdade para executar suas vítimas da maneira que você bem entender. A maneira furtiva, que de certa forma é a mais recomendada, torna o jogo muito desafiador, bem difícil mesmo, mas não de uma forma frustrante.

Imagem do jogo Party Hard 2
Não se iluda com o gráfico retrô charmoso, pois o jogo é bem violento.

Desafio é a palavra chave aqui. Falhar numa missão imediatamente gera a sensação de “putz dei mole, vou tentar de novo”. Como as possibilidades beiram o infinito, o jogo se torna bem difícil de enjoar, visto que as missões também variam bastante. E você tem mais de uma personagem para jogar: além do principal serial killer, temos um “fã” que segue seus passos. Com o passar dos capítulos, novas personagens são desbloqueados, cada um com sua característica e habilidades próprias.

Planejar ou sair matando todo mundo?

Testemunhas costumam ligar pra polícia e cúmplices costumam não deixar barato uma agressão contra um colega, então planejar suas ações da forma correta pode levar ao sucesso. A variedade nos itens é também um fator muito atrativo: você pode ir da tradicional facada clássica até explodir uma jukebox ao lado do alvo, passando por subornar punks, embebedar vítimas para arrasta-las pra um local mais seguro ou simplesmente tacando uma granada no meio da pista de dança. Inocentes? Não, todos que estão festejando as 3 da manhã são de certa forma culpados para o protagonista.

Imagem do jogo Party Hard 2
Ativar o seu instinto te mostra o que pode ser interagido no mapa.

Ao final de cada capítulo a história é contada através de uma animação bem simples (um desenho estático com efeitos de zoom), mas que cumpre o papel. A terapeuta do serial killer está na TV, falando sobre o seu caso e pouco a pouco vamos entendendo como o protagonista chegou a esse ponto. A trama vai escalando de uma forma cada vez mais absurda, então não vou falar sobre isso para não dar spoilers.

Os controles de Party Hard 2 são bem simples. Você tem um botão para executar ações com o item equipado, movimenta-se no analógico e seleciona os itens com o direcional. A personagem também tem uma espécie de instinto que, quando ativado, mostra com que itens ele pode interagir pelo cenário, e também os alvos, policiais e seguranças da boate. Cada capítulo vai acrescentando mais possibilidades de completar as missões.

Imagem do Jogo Party Hard 2
Quando a polícia estiver a sua procura, só resta se esconder (ou matar todo mundo).

Aquele pixelado que aquece o coração

Se no início dos gráficos poligonais (o famoso 3D) os pixels eram sinônimo de feiura, hoje se tornou algo nostálgico. Muito por conta da enxurrada de bons jogos indies que utilizam esse estilo, que poupa o processamento, fazendo com que os jogos fiquem bem mais acessíveis. Os pixels aqui são gigantes e o estilo das personagens lembra muito o jogo de Atari “Sexta-Feira 13”, que na verdade se chamava Halloween, mas só vim descobrir isso anos depois. Talvez o maior ponto fraco do game seja sua trilha sonora. Ok, a temática é festa e numa balada não tem lá grande variação mesmo, mas com meia hora de jogo a música se torna repetitiva e você já vai ter decorado boa parte das melodias.

Party Hard 2 é um excelente jogo para quem gosta de desafios. O primeiro game está disponível para dispositivos móveis e talvez essa seja uma das melhores formas de jogar, dado o aspecto casual que ele apresenta por se dividir em capítulos/missões com objetivos bem definidos. Infelizmente o preço dele é um pouco impeditivo: custa R$41 na Google Play, mais caro do que esta sequência. Os desenvolvedores avisaram pra ficar ligado em suas redes sociais para novidades, então podemos imaginar que no futuro ele estará disponível em outras plataformas.

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