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Para aqueles que não conhecem, Patapon é um jogo que mistura batalhas épicas com ritmos tribais. Um game único e extremamente criativo que deu as caras pela primeira vez em 2007, no Japão. Não demorou muito para o game chegar ao ocidente e também fazer sucesso por aqui, especialmente pelo seu visual de encher os olhos (criado pelo artista francês Rolito). Patapon 3 chega trazendo muitas novidades e pode ser considerado, de longe, como o melhor da franquia.

Seguindo a tradição, cada botão do PSP corresponde à uma batida diferente: Pata (quadrado), Chaka (triângulo), Pon (círculo) e Don (X). Fazendo determinadas combinações ao ritmo do game, seu exército marcha, pula, ataca, e assim por diante. Patapon 3 adiciona dois novos ritmos , “Charge” e “Party”, sendo que o primeiro funciona como uma pausa para você fortalecer o ataque/defesa e o segundo para curar status negativo (fogo, gelo, veneno, etc). Outra novidade são os “Summons” (Djinns), ativados com a barra Fever cheia, que revive os patapons caídos e recupera a energia de todo o exército. Há vários summons coletáveis e cada um realiza um tipo de ataque especial, substituindo os milagres dos games anteriores. Para facilitar ainda mais, todos os comandos são sempre exibidos no canto inferior da tela.

O herói, agora chamado de Überhero, também mudou. Ao começar a aventura, você (jogador onipresente e onipotente) escolhe uma das três classes de herói: arqueiro, guerreiro ou lanceiro. Depois você passa por algumas missões de tutorial que ensinam os ritmos; fora as dicas na tela de loading. E logo nos primeiros minutos o jogo prova que aprendeu muita coisa com os erros de Patapon 2. Não que o game seja ruim… O problema do jogo anterior está na complexidade da estratégia ao comandar um exército de até 12 patapons. Neste novo game, você comanda apenas quatro patapons (além do Hatapon, o patapon que carrega a bandeira de sua nação). Muito mais prático e eficaz.

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A história continua do ponto que Patapon 2 parou. Se você não jogou, pule para o parágrafo seguinte agora! Os patapons conseguem construir a Ponte Arco-Íris e chegam até Earthend, mas a terra prometida não é exatamente o que esperavam. Ao encontrar uma enorme e misteriosa caixa preta, os patapons acidentalmente liberam sete espíritos malignos chamados Archfiends. Como castigo, os patapons são todos petrificados pelos demônios libertados. Felizmente um Hatapon escapa ileso e acaba encontrando o espírito de um ser ancestral chamado Silver Hoshipon, que dá vida ao Überhero (versão mais poderosa do herói) e liberta os patapons. Tendo também como inimigo a tribo dos Bonedeths, resta aos patapons lutar pela sobrevivência e derrotar os sete espíritos.

Após as primeiras missões, é perceptível o quanto o game foi simplificado e melhorado. Há duas novas classes (Cannasault the Chariot e Cannogabang the Slinger) e uma enxurrada de novos itens e equipamentos, mas nada que complique a jogatina. O desafio está em customizar e preparar os seus patapons para lidar com os obstáculos e monstros de cada fase. Um mero escudo de gelo pode fazer toda a diferença contra as baforadas de um dragão de fogo, por exemplo. Precisando melhorar seus equipamentos? Só ir no ferreiro (blacksmith) com os itens certos e investir ka-ching (moeda do game) obtidos na aventura. Enjoou de alguns patapons? Só trocar por outros patapons, cada um com habilidades diferentes e configuráveis, destravados durante o progresso do jogo.

As fases estão ainda mais interessantes, mudando frequentemente de ambiente e agora apresentando níveis. Alguns calabouços possuem andares, os quais você pode avançar ou desistir para não perder os itens conquistados. Há também missões em três modos diferentes: Capture The Flag, Race, e Missile Range. O primeiro modo é uma batalha entre times, sendo que vence aquele que capturar a bandeira adversária primeiro. O segundo é uma corrida contra o tempo, na qual você deve chegar ao final da fase antes da equipe adversária (que neste caso não te ataca). No último modo, o objetivo é acionar uma alavanca para disparar mísseis contra a base adversária. Apesar da variedade, as fases tradicionais e as do modo Capture The Flag são as mais divertidas. O único problema é evitar que o seu Hatapon seja atingido na batalha, já que ele é um mero patapon desprotegido carregando uma bandeira. Chegar ao final da fase e ver seu Hatapon tomar uma única flechada e morrer é realmente frustrante. E, por conta da dificuldade elevada, isso acontece com frequência.

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No multiplayer, a novidade é o Team Totem, onde você cria um time para jogar com os amigos. Nele você pode conferir suas conquistas, configurar as opções de chat, administrar a lista de amigos, customizar seu cartão e símbolo, e compartilhar itens com os amigos. O multiplayer permite também usar o ferreiro de um amigo para upgrades mais baratos, por exemplo. Melhor ainda são os extras liberados neste modo, que permitem a customização da caverna/esconderijo dos patapons.

Quatro amigos podem se unir para enfrentar as quests mais cabeludas, sendo que cada jogador controla seu próprio herói seguindo um único ritmo (independente do comando). Aliás, esta é a melhor forma de subir de nível e conquistar itens mais raros, além de vencer aquele desafio impossível de passar jogando sozinho. Portanto tenha amigos por perto quando o Sukopon encontrar um gigante. E quando der vontade, até oito jogadores podem se confrontar em arena (4×4).

Patapon 3 é perfeito em todos os sentidos. Sua dificuldade elevada pode frustar mas, ao mesmo tempo, incentiva a jogatina com os amigos. O game é gigantesco e dura umas 60 horas no modo de história, mas não exige que você seja um jogador hardcore. Você pode muito bem jogar casualmente, aos poucos. Agora se você estiver empenhado em conquistar tudo que o jogo oferece, especialmente no modo multiplayer, prepare-se para mais de 500 horas de jogatina. E sim, vale cada minutinho!

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