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Conhecem aqueles jogos minimalistas que trazem consigo um conteúdo simples de ser jogado mas com muito a ser admirado? Este é o caso de Perchang, título que desde 2016 está no catálogo de jogos do iOS e recentemente desembarcou para os nintendistas de plantão por meio do Nintendo Switch.

A ideia do jogo é simples. É preciso colocar bolinhas dentro de um recipiente onde a física do vento e dos movimentos de alças são os propulsores de tal objetivo. Comandando dois botões, o jogo é dividido em 50 levels onde dez são os níveis, sendo que eles são separados de cinco em cinco. Quanto mais se avança, mais complicado fica.

Tudo muito rápido e nada fácil

Desde a primeira fase é entregue exatamente aquilo que será ofertado ao longo das poucas horas de gameplay, como o visual simplório e sua trilha sonora meio hipnotizante, meio zen. O pano de fundo que faz Perchang rodar são os equipamentos mecânicos responsáveis por colocar as bolinhas dentro duma espécie de funil.

Imagem do jogo Perchang
Vai pensando que Perchang é fácil. Ô jogo complicado.

Aqui, onde o preto, cinza e branco são predominantes, tudo que estiver em azul e vermelho (ou até mesmo com uma cor apenas, depende da sua estratégia) poderá ser controlado. Correndo contra o tempo, um número mínimo de bolas precisa estar dentro do local certo para passarmos de nível. O número é apresentado por barras pretas que ficam brancas assim que o conteúdo é inserido no lugar certo. Ah, os níveis sempre terão o bronze, a prata e o ouro como troféus. Básico e sem segredo.

Assim como tudo na vida, o começo é fácil e a chance de você se achar o todo poderoso é gigante. Contudo, mais precisamente a partir do terceiro nível, as coisas se complicam e mais objetivos, seguidos de engenhocas mais complexas, farão parte do gameplay. E tudo está moldado para complicar o andamento da coisa.

Colocando o cérebro para fritar

Como sou bonzinho, deixo aqui o grande segredo para o sucesso: coordenação motora. Escrito acima, controlamos apenas dois botões. A partir deles, que variam as funções segundo o proposto, olhos atentos e percepção de tempo afiada fazem de meninos e meninas, homens e mulheres em Perchang.

Imagem do jogo Perchang
A partir daqui, meu amigo, a coisa só complica!

Comuns serão os momentos frustrantes e repetição será a palavra mais utilizada. Por isso, conquistar o troféu dourado nem sempre será uma tarefa fácil. Muito pelo contrário.

Em inúmeros momentos teremos a seguinte situação: o ‘A’ representará a alavanca, enquanto que o ‘B’ responderá pelo vento ou outra física de movimento. Algumas ocasiões exigem timings diferentes para pressioná-los, o que torna a paz, um caos. É desesperador. Fora isso, a engenharia das máquinas não ajudará em nada, sendo que estão montadas para atrapalhar e dificultar.

Encarando a realidade

De uns tempos para cá, ainda mais com a evolução dos smarphones, são comuns os puzzle-games. Entretanto, nem todos conseguem transmitir com exatidão a ideia por trás. Seja por defeitos técnicos ou simplesmente má execução de física, encontramos no mercado títulos pouco atraentes.

Felizmente não é o caso nesta análise, já que tudo responde muito bem e com precisão. Brincamos com gravidade, ímãs e peso, onde todos eles foram extremamente planejados e nenhum causa estresse e são super fáceis de entender. O mesmo para a força ao pressionar os botões ZL e ZR, os canhões do Nintendo Controller Pro.

Imagem do jogo Perchang
Aqui, a ideia é fazer com que as bolam colidam. Funciona direitinho.

O namoro entre coordenação e tempo casa bem com todo o funcionamento proposto e a partir de pequenos toques e muitas tentativas, o tempo passa de forma que você nem percebe. Excelente título para relaxar, ainda mais quando tiramos o Switch do dock e o levamos para lugares suspeitos, como o banheiro, por exemplo.

Perfeito em tudo que propõe

O papel de um revisor é sacar logo os defeitos e as qualidades daquilo que está sendo revisado. Além do mais, é preciso entender o que está sendo proposto. Jogos AAA, obviamente, terão mais defeitos já que apostam e trazem consigo muito mais. Não é este o caso. Perchang é impecável em sua simplicidade.

Com um visual limpo e bonito naquilo que se propõe, sob uma música relaxante, respondendo perfeitamente ao mundo da física e trazendo dez fases extras para aqueles que terminarem o título, recomendo o jogo para a vovó e para o gamer mais frenético. Minha nota poderia ser diferente? Creio que não. A única ressalva é ser curto demais, podendo ser fechado em 1 hora.

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