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Força, destreza, instinto e sede de sangue. Logo após ler esses atributos, muitos heróis de filmes da década de 80 vêm à mente, como Conan, John Matrix, T-800 ou até mesmo Howie Langston. Todos interpretados por Arnold Schwarzenegger, um dos maiores atores de filmes de ação de todos os tempos. Mas não estamos falando dele, e sim de seu maior adversário, talvez até mais mortífero em questão de rivalidade do que os robôs da Skynet: o Predador. Agora é hora de batalhar contra o algoz do espaço ou controlá-lo em Predator: Hunting Grounds.

Ávido pelo cheiro de sangue, gritos de pavor e uma boa e deleitosa caçada, os Yautja são os caçadores do espaço. Conhecidos pela rixa fatal contra outro grande e famoso Alien, os Xenomorfos, os Yautja seguem rumo a planetas desconhecidos após sua formação. Depois de terem caçados sozinhos um Xeno, eles podem começar a vasculhar o universo, em busca de presas cada vez mais perigosas, mortais e dignas de se tornarem lendas entre eles. Mas onde você ficará nesta história?

Seu filho da mãe, conte comigo!

Predator: Hunting Grounds, assim como Evolve, coloca quatro jogadores contra uma criatura extremamente perigosa. Desenvolvido pela IllFonic, a mesma empresa responsável por Friday the 13th: The Game, o jogo nos dá uma chance de lutar contra o predador. Como membros do esquadrão Owlf, devemos completar os mais diversos objetivos, enquanto matamos soldados de guerrilha nas selvas da América Central e tentamos não virar troféus nas mãos do “réptil” espacial.

Imagem do review de Predator: Hunting Grounds
Mais um pra conta.

Cada partida conta com no mínimo dois jogadores, sempre sendo um soldado e o outro Predador. Sendo assim, é impossível jogar com bots, afinal a graça do jogo está em ver como cada parte irá se desempenhar nos ambientes disponíveis no jogo. Não há uma história pré-definida, mesmo que durante o jogo seja possível encontrar discos de informação sobre a equipe Owlf, mas nada que expanda demais o universo do game em si.

Isso não impede que o jogo te dê maneiras diferentes de jogar. Predator: Hunting Grounds possui uma grande gama de maneiras de personalizar seus personagens. Tanto o caçador espacial quanto os soldados possuem maneiras diferentes de se aproximar ao combate, deixando que os jogadores se sintam mais livres na hora de escolher como abordar as situações.

Mato sem cachorro

Logo no começo, é possível notar que aqueles que escolherem jogar logo de cara com o Predador estarão em desvantagem. Afinal de contas, o caçador do espaço possui apenas os armamentos básicos, vistos no primeiro filme de 1987. Ou seja, temos as garras retráteis, o canhão de plasma de ombro, além da camuflagem ativa e visão térmica. De acordo com a evolução do jogador, outros armamentos vão sendo liberados, como a espada ancestral vista em Predador 2, arco e flecha e até mesmo o disco laminado de Alien vs Predador.

Imagem do review de Predator: Hunting Grounds
Pena que não dá para jogar sem a máscara.

Já com os soldados, é possível ter acesso a uma gama maior de armamentos logo de cara. De início, o jogador pode selecionar entre rifles automáticos, rifles de precisão como primárias e pistolas, escopetas e sub-metralhadoras como secundárias. Além da classe de armas especiais, que são as armas mais marcantes do filme, como o lança-granadas de Mac e a minigun chamada de Old Painless. Existem também perks que são liberados de acordo com a evolução do personagem, o que torna o gameplay mais dinâmico. Uma hora você pode enfrentar um predador normal, depois um bem mais fraco ou quem sabe um que seja tão resistente quanto uma parede de concreto.

Isso também pode ser alterado entre as classes de personagens de Predator: Hunting Grounds. Os soldados são divididos entre unidades de ataque, reconhecimento, rastreio e suporte, cada qual alterando a mecânica de gameplay. Classes como suporte possuem muita vida, mas são lentas, rastreadores por outro lado possuem grande movimentação, mas uma saúde muito baixa. Do lado do predador, existem quatro classes, mas apenas três são selecionáveis caso tenha comprado a versão normal do jogo.

Imagem do review de Predator: Hunting Grounds
A folhagem interfere um pouco, mas acrescenta atmosfera.

Coma chumbo

As classes dos Yautja se dividem entre caçadores, que são os mais equilibrados, rastreadores que tem foco em movimentação e berserkers, que tem grande força física, mas são lentos. A quarta classe é um caçador um pouco mais robusto e com uma aparência idêntica ao predador original do filme de 87. Misturando a classe com os perks corretos, tanto os soldados quanto os predadores são ameaças para o oponente em Predator: Hunting Grounds.

Os jogadores que controlam os soldados jogam em um modo de primeira pessoa, enquanto vasculham as selvas em busca dos objetivos. Algo que achei muito interessante enquanto soldado é a maneira mais aberta de se aproximar de objetivos e se camuflar. Muitos jogadores dão preferência a correr pelas estradas abertas, mas eu prefiro ir pelo meio da mata, já que a folhagem camufla a energia térmica que emana do meu personagem. Para ajudar nisso, também é possível lambuzar o personagem com lama nas estradas e córregos, a fim de se enganar o visor térmico do monstro.

Os jogadores ganham as lootboxes sempre que upam de nível.

Já do lado do predador, o seu único objetivo é matar o máximo de inimigos possíveis, sejam eles as IAs que protegem os acampamentos ou de preferência os outros jogadores. Agora com uma visão em terceira pessoa, os predadores tem a capacidade de escalar facilmente árvores e trafegar por entre os galhos enquanto buscam suas presas. Utilizando a visão térmica da máscara e a icônica camuflagem ativada, o predador se esgueira pela densa mata, apenas esperando.

O predador possui um pulo gigantesco que pode ser usado para cobrir grandes distâncias em pouco tempo, além do seu armamento que deve ser usado de maneira sábia caso contrário irá entregar sua posição. Fora isso, em Predator: Hunting Grounds respeitaram algo muito controverso na camuflagem ativa do Yautja, que é a distorção no campo de luz, ou seja, caso você esteja de bobeira como predador ou tenha bons olhos enquanto soldado, é possível ver o campo de camuflagem do Predador.

Imagem do review de Predator: Hunting Grounds
Insira uma piada “felina” aqui.

Como dito anteriormente, Predator: Hunting Grounds foi criado pela mesma empresa responsável pelo jogo do assassino com máscara de Hockey mais famoso dos filmes de terror. Mas diferente daquele jogo chato e travado, Predator é bem mais fluido e divertido de se jogar. Além do que, devo tirar o chapéu para a equipe, afinal cada partida evoca o primeiro filme. O predador, mesmo sem a skin do primeiro filme, é fiel ao que se espera da criatura.

Sejam masculinos ou femininos, os Yautja ficaram muito bem representados e as alterações visuais que podem ser feitas não tiram nada do monstro. Não há skin de nenhum personagem do filme para os soldados, afinal todo mundo escolheria o Dutch, o Billy ou o Dillan. Mas as armas especiais estão lá justamente por isso, para falar: “ei, não estamos aqui, mas vocês sabem que isso é nosso”.

Imagem do review de Predator: Hunting Grounds
O menu sempre mostra seu humano sendo enforcado pelo seu predador.

Você é um filho da p$%@ horroroso

Para mim, o maior toque referencial em Predator: Hunting Grounds é quando o predador é derrotado. Caso os jogadores não finalizem a criatura, a mesma pode ativar sua famosa auto-destruição. Quando isso ocorre, o Predador começará a dar aquela risada maligna, semelhante à do primeiro filme, mesmo que morra para isso. Além disso, o menu conta com o tema original do filme, o que dá aquele ar de antecipação para os fãs. A sonoplastia em geral é muito bem feita, e caso utilize um bom headset para jogar, é possível ficar perdido na qualidade de efeitos sonoros da mata.

O predador, mesmo sendo um ávido caçador alienígena, ainda é muito maior e pesado que um humano. Ou seja, é possível na maioria das vezes ouvir seus passos pelos galhos, ou seu clássico rosnado de ansiedade. Os mapas também são muito bonitos e bem feitos, dando a sensação de isolamento em uma mata com um verdadeiro réptil alienígena bípede, ou seja, a máquina mortífera perfeita.

Imagem do review de Predator: Hunting Grounds
Bom e velho “indolor”.

Ainda existem alguns ajustes a serem feitos aqui e ali. A movimentação do predador às vezes é um pouco travada, e algumas vezes é possível se errar os pulos em direção as árvores, isso quando ele não buga após descer, fazendo com que no chão ele se movimente apenas na direção dos galhos. Mas nada que patches não resolvam. Outro grande problema durante o dia de lançamento eram as enormes filas, levando em torno de 10 minutos para se achar uma partida – incompleta, ainda por cima.

Mas em relação ao game anterior, vulgo Friday the 13th, Predator: Hunting Grounds tem se mostrado o apex predator do gênero. Cada partida é tão emocionante quanto a anterior, afinal você pode encarar um predador muito bom ou um predador tapado feito uma porta. Do outro lado, é possível que você como predador seja posto contra a Loucademia de Polícia, aonde todo mundo é o Mahoney, ou talvez ter de enfrentar a própria mistura de Rambo, John Matrix, Snake Pliskeen e Ellen Ripley.

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