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Parece que quanto mais jogos de Segunda Guerra Mundial são lançados, mais a indústria de games carece de novas histórias ambientadas na Primeira Guerra Mundial, que foi tão importante quanto sua “sequência”. Foi uma surpresa muito agradável descobrir que Red Wings: Aces of the Sky explora esse outro lado da história da calamidade humana, e veja só: é um jogo de WWI focado totalmente em combates aéreos!

Assim como não vemos tantos jogos de WWI, também é difícil encontrar um bom jogo arcade de batalhas aéreas que não exijam que você faça um cursinho de 50 horas sobre como pilotar um caça. Parece que desde aquelas fases temáticas de WWI que vemos em Crash Bandicoot: Warped (que eram excelentes, por sinal), esse tipo de jogo simplesmente evaporou. Deve ser por isso que Red Wings consegue ser tão amigável e ao mesmo tempo divertido.

Voando alto

O jogo oferece duas campanhas: uma pelo lado da Tríplice Aliança e outra pelo lado da Tríplice Entente. Juntando tudo dá um total de 50 missões de história, todas bem curtinhas, simples e objetivas. Ainda contamos com algumas cenas em história em quadrinhos com foco nos pilotos, buscando dar um pouco de profundidade ao enredo do jogo, mas sinceramente achei bem desnecessário. Isso aqui é a Primeira Guerra Mundial, se eles quisessem simplesmente ter colocado um monte de batalhas de avião sem contexto já estaria bom demais.

As missões das campanhas são um tanto repetitivas e podem ser resumidas em derrubar dirigíveis e enfrentar várias hordas de inimigos. Não precisa de muito mais que isso, pois está totalmente dentro do que o jogo propõe. Além do mais, ainda que seja um pouco enjoativo, você sempre acaba voltando depois para jogar mais um pouquinho, então é isso que conta no final.

Na mosca!

A jogabilidade é totalmente arcade, então os comandos são tão simples quanto seu próprio conceito. Você possui uma metralhadora com munição infinita (mas que pode esquentar após uma rajada muito longa) e quatro habilidades para usar durante seu voo. A maioria delas são apenas movimentos especiais para escapar de uma rajada de tiros ou simplesmente poupar tempo durante uma perseguição. A única habilidade de combate que temos é uma espécie de “Fatality”, onde seu piloto explode um avião inimigo que esteja prestes a morrer com um tiro de pistola.

O jogo possui uma árvore de skills que pode ser desbloqueada conforme ganhamos estrelas nas missões. Quanto mais rápido você for em conclui-las, mais estrelas pode ganhar e com elas você vai melhorando suas proezas de piloto. O que me decepcionou foi que não existem outras habilidades desbloqueáveis, apenas as quatro iniciais (que podem ser melhoradas posteriormente). Faltou um pouco de customização e variedade nessa parte.

Confusão em dobro

Conforme você joga a campanha, pode desbloquear novos aviões que também podem ser usados no modo Sobrevivência, que te desafia a vencer o maior número de hordas de inimigos dentro de um tempo estipulado. A variedade de veículos não é grande, mas todos são reproduções de aviões da época, então é um catálogo justo.

Os gráficos não buscam realidade e trazem um certo ar de desenho animado, mas sem abrir mão de detalhes e fidelidade na reprodução dos aviões. No geral, não tem do que reclamar, principalmente quando jogado no modo portátil do Switch. As músicas são um tanto clichês e bem esquecíveis, porém os demais efeitos sonoros, como o barulho de tiros e dos motores, são satisfatórios.

No Switch, o co-op acaba sendo prejudicado pelos controles.

Para quem curte um co-op de sofá, tanto a campanha como o modo Sobrevivência podem ser jogados junto com outra pessoa em tela dividida, o que é legal… em partes. No Switch isso não dá muito certo, pois no singleplayer fazemos bom uso dos dois Joy Cons para utilizar todas as funções do avião e, quando dispomos apenas de um ao jogar em co-op, acabamos perdendo algumas funções como a aceleração, além dos botões se adaptarem de uma maneira pouco confortável (o botão de atirar muda do gatilho para o A, por exemplo). Sendo assim, jogar em co-op no Switch pode não ser uma experiência tão agradável quanto nas demais plataformas.

Red Wings: Aces of the Sky cumpre muito bem o que promete, então no final, é um título facilmente recomendável. Ainda fica aquele gostinho de que os desenvolvedores poderiam ter sido um pouquinho mais ousados e incrementado mais, colocado mais modos de jogo, mais habilidades, mais coisas para deixar o pacote mais atrativo. Como não rolou, tudo bem, vida que segue. Se você gosta de joguinhos de guerra e de aviõezinhos, fica a dica!

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