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Para começar esta análise, um detalhe importante: não joguei o primeiro game, Rocketbirds: Hardboiled Chicken (2012). Por este motivo não tenho como comparar e afirmar se esta sequência ficou realmente melhor. Como eu estava por fora, antes de mais nada precisaria me atualizar para conseguir entender a história.

Claro, iniciei indo atrás de entender todo seu background, não que seja muito complicado. Nessa pesquisa descobri que nosso herói, chamado carinhosamente de Hardboiled Chicken, tinha conseguido derrotar o ditador Il Putzki e seu exército para libertar o país antes comandado por ele. Pelo menos isso é o que ele pensava.

Vocé é a doença, eu sou a cura!

A volta dos que não foram

Putzki não morreu e está de volta com novos planos e usando pombos fofinhos como soldados. O visual “Comando para Matar” de Hardboiled é legal, os gráficos no estilo desenho animado também, incluindo aí muito sangue jorrando. Mas infelizmente as piadas adolescentes dos diálogos são muito fracas. Ao invés de me fazerem rir, me deixaram de mau humor. Tudo bem que a maioria é inspirada nos filmes de ação dos anos 80, mas ainda assim soam mal pra mim, mesmo sendo fã daquela época.

Rocketbirds 2: Evolution já começa com nosso personagem invadindo uma fortaleza para tentar terminar o trabalho que ficou incompleto. A partir daí começa a chacina. Você conta com várias armas e a ideia é que saia atirando em tudo pelos corredores de cada uma das seis fases existentes. As quatro primeiras são bem grandes e o estilo dos mapas é de certa forma baseado em Metroid: por várias vezes é preciso achar um item, voltar à determinado ponto e usar o item para liberar a passagem.

Peguei um peixe deeeeeesse tamanho!

Existem alguns puzzles a serem solucionados, mas nada nem perto de ser complicado. O máximo de desafio que aparece é usar um celular roubado para enganar um soldado, fazendo com que aperte um botão e abra uma porta, essas coisas. E logo isso fica repetitivo, tornando a jogatina bem tediosa.

Por falar em jogatina…

Encontrei alguns problemas na jogabilidade que me deixaram bastante incomodado. Se quiser usar o gamepad é preciso se acostumar com um esquema diferente de controles. A Ratloop Asia optou por fazer com que fossem iguais de um jogo em primeira pessoa: analógico esquerdo para se movimentar e o direito para mirar. A grande questão é que Rocketbirds 2 é em 2D, side scrolling, e não achei que isso ficou bom. Mudei para o teclado e mouse, o que deixa tudo mais fácil e intuitivo, e ainda assim tive problemas com a mira.

Outro fato que pesa contra é o sistema de inventário, onde podemos guardar armas e itens que precisaremos mais tarde com o passar da aventura. O problema é que esse sistema ficou confuso e nem um pouco usual. Demorei a conseguir entender como funciona e conseguir escolher a arma que queria.

Pera aí, vou só jogar uma bombinha, fica parado.

Outra coisa frustrante é o fato de que algumas vezes você passa fácil demais por determinados inimigos. Não é preciso nem se esforçar, basta sair atirando de qualquer jeito. Em outras partes, você sofre bastante para conseguir passar pelos soldados. Uns tem pouco life, outros tem exageradamente muito. Em outras palavras, o jogo é totalmente desbalanceado.

Pelo menos tem multiplayer

Claro que não poderia faltar a opção de multiplayer. E aqui vai um grande ponto positivo para o título. Nesse modo, chamado Resgate, é possível jogar cooperativamente com um total de até quatro pessoas, online ou local, pegando itens pelos cenários até salvar os reféns. Cada refém salvo vira um novo personagem jogável.

O que você conquistar no single player pode ser usado no jogo cooperativo. Podemos também personalizar o frango, usando a grana adquirida com os resgates. A diversão é intensa nesse modo e faz o game valer a pena, mas não muito.

Quem disse que frango não nada?

Ao começar a jogar Rocketbirds 2: Evolution eu tive a esperança de um game com diversão garantida. Afinal, sair metralhando pinguins com um frango parecido com o Rambo é uma ideia ótima. Porém a fórmula já é bem batida, então o mínimo que esperava era alguma novidade ou inovação no gênero, mesmo que fosse coisa pequena, para se destacar. Mas isso não acontece e, no meio de algumas coisas bem feitas, o que acaba se sobressaindo são os defeitos, e isso mata grande parte da experiência.

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