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Não é de hoje que as empresas estão sempre tentando emplacar o próximo grande hit dos jogos de tiro multiplayer. Atualmente a coroa continua com Fortnite, no entanto a Hi-Rez entrou para a competição com seu novo jogo. Rogue Company traz uma mistura de Rainbow Six com o título da Epic, pulando de um avião com diferentes agentes, caímos direto em um mapa aonde devemos eliminar nossos oponentes o mais rápido possível.

Juntamente com seus companheiros o jogador deve completar os objetivos, seja ele plantar a bomba ou eliminar o time inimigo. Assim, tirando vantagem tanto do mapa, quanto das habilidades de cada personagem e seus armamentos, sejam eles armas de fogo ou armas brancas. Trazendo um visual um tanto quanto ultrapassado e pouco chamativo Rogue Company me divertiu em alguns momentos. Mas não foi algo que marcou tanto quanto se esperava.

Explosões e baixas

Rogue Company não apresenta muito uma história ligando as personagens entre si. Cada uma delas possui uma descrição pessoal explicando um pouco de sua história, mas nada que englobe o cenário total do jogo. O que se sabe é que eles são mercenários, cada qual em sua missão, seja vingança, dinheiro, fama ou apenas matança descabida por trás das batalhas. Cada qual possui sua própria classe, atacantes, defensores, duelistas ou especialistas. Com isso, cada um recebe sua peculiaridade.

Imagem do review de Rogue Company
Mesmo perdendo, o importante é estar curtindo.

Pessoalmente, me adaptei muito bem com o estilo de gameplay da personagem Viper, uma especialista e da duelista Scorch. Viper é uma personagem que tem como habilidade especial uma granada de veneno que explode em bolsas menores. Este veneno quando em contato com os oponentes causa um dano de roubo de vida, o que fortalece Viper, permitindo que a mesma consiga atingir 125 pontos de vida, uma vantagem de 25% a mais em relação aos originais 100 pontos.

Scorch já por outro lado é uma personagem mais voltada para ataques frente a frente. A duelista das chamas possui uma prótese no lugar de seu braço direito, a qual ela consegue imbuir em chamas, o que permite com que tanto os projeteis das armas quanto seus golpes físicos causem um dano de fogo em seus oponentes. Ou seja, eu já possuía personagens para jogar tanto na defensiva, quanto na ofensiva em ambos os modos de jogo.

Só trocação pesada

As partidas em Rogue Company são bem rápidas, durando em torno de 5 minutos cada round, sendo uma melhor de 14, ou seja o primeiro a fazer 7 pontos, leva o jogo. O jogo traz uma perspectiva em terceira pessoa, com apenas algumas armas permitindo a mira em primeira pessoa. O que pode ser uma mudança um tanto quanto grande para jogadores mais ávidos de FPS como Apex Legends, Call of Duty ou Battlefield.

Imagem do review de Rogue Company
Sai da frente que estou chegando bravo!

Por experiência própria, por jogar jogos de horror e semelhantes a série Metal Gear, pude me acostumar rapidamente com os controles. Porém, meu grande problema é que eu sou péssimo em jogos online que exigem movimentos coordenados com a equipe. Em Rogue Company, cada equipe possui quatro jogadores, este no caso sendo o número máximo de membros de cada time. A falta de comunicação com o restante da equipe me causa uma pane mental e eu simplesmente não consigo jogar de maneira decente na grande parte do tempo.

Os jogadores também não podem escolher exatamente quais armas querem usar. Cada personagem possui uma seleção pré-determinada de armamentos, granadas e habilidades que podem ser adquiridos durante a preparação no avião. As escolhas são mais em volta das habilidades de cada personagem e depois trabalhar em volta do que o acompanha. Rogue Company acaba se mostrando bem superficial e repetitivo, não dando tanta liberdade para os jogadores.

Imagem do review de Rogue Company
Correr para plantar a bomba!

Muito chumbo e vala rasa

No entanto Rogue Company mesmo sendo um jogo que preza pela velocidade de suas partidas acaba sendo bem passável no fim. Com gráficos médios, personagens rasos e mapas pouco interessantes o jogo dificilmente irá ser uma competição para outros títulos que já estão no mercado. O jogo todo traz uma sensação de títulos que costumavam ser endorsados pela Level Up, como The Duel. A trilha sonora também não consegue deixar uma marca, exceto pela música do menu que traz a versão instrumental da música Thursday in The Danger Room. A mesma usada neste curta de Rick & Morty.

Rogue Company é um jogo pouco marcante e notável, que promete muito com seus trailers, mas pouco entrega. Me diverti em alguns momentos jogando é claro, mas me via mais entediado ou pouco investido do que realmente esperava.

Review – Unicorn Overlord

Renato Moura Jr.Renato Moura Jr.16/03/2024