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G-Loc Air Battle, lançado originalmente para arcade em 1990, é outro título da Sega assinado pelo famoso designer Yu Suzuki. E muito provavelmente você não viu a cor do fliperama num rolê pelo shopping, quando era mais novo. Isso porque, diferente de After Burner, o spin-off da franquia não se popularizou por aqui. A cabine custava caro e pouquíssimas unidades chegaram ao Brasil.

Não demorou para o simulador de combate aéreo ganhar dois ports simplórios, para Master System e Game Gear, e outro bem mais ou menos para o Mega Drive. No fim, o jogo ficou às sombras da popularidade do primo mais velho. Porém o port de Switch, exclusivo da coleção Sega Ages, veio para mudar essa história e resgatar a sensação de estar dentro do cockpit de um avião de caça, reproduzindo os movimentos e vibrações do arcade original.

Simulação real digital

Mesmo com três anos de diferença entre os games, não dá pra negar que a cabine de movimento do After Burner é muito mais bonita e imponente. O que muda pro G-Loc Air Battle é a qualidade dos gráficos, com transição de perspectiva em 3D quando você decola ou é caçado pelo inimigo, e a mudança na engenharia da cabine para simular os movimentos.

Imagem do jogo Sega Ages: G-Loc Air Battle
Mais bonito que After Burner, não necessariamente melhor.

Enquanto que em After Burner uma roda move o eixo Y na parte traseira da cabine e a cadeira realiza os movimentos no eixo X junto à tela (veja este vídeo de tour do arcade, para entender como funciona), em G-Loc Air Battle a simulação é limitada a dois grandes pistões traseiros. Neste vídeo detalhado do excelente canal Rerez dá para ver que a imersão é garantida, mesmo que a cabine seja menor e mais aberta.

O objetivo do game é bem simples: passar de fase eliminando um número específico de alvos aéreos e/ou terrestres, somando segundos extras para jogar a próxima fase. Se o tempo acabar, é game over! Você escolhe entre três níveis de dificuldade e pilota por fases que alternam entre dia e noite, com alvos para derrubar com tiro normal ou mísseis teleguiados usando uma trava de mira. Há uma opção inédita para ativar e jogar com a trava mais rápida, se preferir.

E acabou…

Após poucos minutos de jogatina você já estará alinhando a aeronave para pousar em um porta-aviões, onde rola uma comemoração louca com os colegas de trabalho. E fim de jogo, rola a tela de créditos. Pra tentar ampliar a experiência, a M2 adicionou o costumeiro Ages Mode com mais missões e dobrando a quantidade de inimigos a serem destruídos. Vale a conferida pelo desafio elevado, mas não é o suficiente para expandir o tempo de vida do game.

Imagem do jogo Sega Ages: G-Loc Air Battle
Esta cabine também é bonita, mas não emula os movimentos da simulação.

O novo port de G-Loc Air Battle impressiona com o redimensionamento dos gráficos da engine da época (o famoso Super Scaler da AM2), com os sons atmosféricos nítidos e uma reprodução bem divertida dos movimentos reais da cabine. Aliás, é o primeiro game da coleção Sega Ages a ter um plano de fundo que funcione assim. E, pra quem não gostar, tem as resoluções em tela cheia e com opções de filtros.

Se tratando de um título Sega Ages, este é um dos jogos mais curtos de toda a biblioteca. Dura menos que Out Run, para efeito de comparação. Dito isso espere uma promoção na eShop para comprá-lo, caso a nostalgia bater forte demais.

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