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A coleção Sega Ages continua com tudo no Nintendo Switch e os games da vez são Space Harrier e Puyo Puyo. Vamos começar com Space Harrier, um clássico de fliperama desenvolvido pelo mestre Yu Suzuki e lançado pela Sega em 1985. Se popularizou no Brasil especialmente com a versão de Master System, a qual aluguei várias vezes na locadora na tentativa de conseguir terminar. Nunca consegui.

Obviamente fui pilhado jogar Sega Ages: Space Harrier esperando o famoso recurso de rebobinar o game. Má notícia: não tem. Fora o save feito a qualquer momento, a única mamata que a nova versão oferece é a opção de escolher e continuar à partir de uma fase já vencida ou na qual você perdeu todas as vidas e continues. São 18 fases ao total, uma mais rápida e cheia de obstáculos que a outra. E a maioria apresenta um chefão pra derrotar e passar de fase.

Imagem do jogo SEGA Ages: Space Harrier
Tem momentos que é melhor atirar correndo no chão do que voando.

O homem que avoa alucinado

Na aventura, você encarna um devastador espacial (Space Harrier, ao pé da letra) que carrega consigo uma enorme arma futurista para enfrentar alienígenas, animais pré-históricos, robôs, dragão chinês etc., enquanto voa por cenários com efeito de profundidade. Trata-se de um rail shooter cujo gameplay permite ir pra qualquer canto da tela, com um efeito de parallax que simula um jogo 3D, em perspectiva. Com isso dá para desviar de tudo. Ou morrer tentando, pois o jogo é bem rápido.

Voando a 300km/h na Zona da Fantasia, Harrier conta somente com sua arma para abrir passagem destruindo obstáculos do cenário e eliminar os adversários. Alguns inimigos morrem rápido, outros possuem escudo ou um ponto fraco para descobrir e atingir. Na época, foi uma revolução tecnológica para os videogames. Hoje em dia, não empolga tanto mas o desafio o manterá interessado por tempo suficiente.

Imagem do jogo SEGA Ages: Space Harrier
O maior inimigo do homem com pressa: o poste.

Além das fases tradicionais, que variam de ambientação e inimigos, há as fases bônus: sem inimigos, você monta um dragão chamado Uriah (que lembra o Falkor, do filme A História Sem Fim) e sobrevoa destruindo os obstáculos do cenário para obter pontos extras. Não há uma história ou uma garota para salvar, apenas a ação tradicional de um bom games dos anos 80, acompanhado de uma trilha sonora bem estilosa.

A versão Sega Ages de Space Harrier oferece opção para alterar a dificuldade e aumentar o número de vidas, mas ainda assim o game se mostra bastante desafiador. Mesmo existindo um botão para tiros rápidos. As últimas 8 fases são um teste para reflexos rápidos, sendo o seu pior inimigo obstáculos como colunas de pedra e árvores. Por fim, é possível mudar o modo de exibição para jogar com a cabine do arcade (semelhante à opção em Sega Ages: Out Run) e habilitar os efeitos de scan line e smoothing pra reproduzir uma tela antiga.

Imagem do jogo SEGA Ages: Space Harrier
Atrás da cabine do Space Harrier há outra do After Burner.

Komainus, ativar escudo!

Embora a coleção Sega Ages não ofereça conteúdo extra para cada um de seus games, eles sempre inventam algo diferente para oferecer aos jogadores. Com Sega Ages: Space Harrier, a novidade é um modo chamado Komainu Barrier Attack: você encara as mesmas fases, mas com a ajuda de dois Komainus (cães leão, na cultura japonesa) que forma uma barreira que pode destruir qualquer coisa em seu caminho, menos proteger dos tiros inimigos. Se um deles tomar dano, a barreira irá sumir temporariamente.

É divertido jogar com eles, mas a dificuldade cai bastante e possivelmente não dura muito nas mãos de jogadores experientes. É basicamente um modo super fácil, para aqueles que nunca jogaram Space Harrier na vida ou estão tendo dificuldades para concluir o modo original. Ou seja, uma opção para tornar o game mais acessível – ou menos frustrante – à todos.

Imagem do jogo SEGA Ages: Space Harrier
Agora sim eu não morro mais… Eu acho.

Mantendo a qualidade dos ports, a M2 novamente fez um trabalho incrível com o upscaling da resolução, mantendo o pixel art bastante “crocante”. Roda liso, bonito e com trilha e efeitos sonoros cristalinos. É tudo o que um fã da Sega deseja, somado à portabilidade valiosa do Switch.

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