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Em meu review de Shadow of the Tomb Raider, elogiei especialmente o foco maior na tumbas que o jogo trazia. Com menos combate que seus dois antecessores, Tomb Raider e Rise of The Tomb Raider, Shadow apostou na exploração dos cenários, o que me agradou, pois não gostava do excesso de combate. Esse foco diferente também exigia que as tumbas fossem melhores do que nunca, algo que em minha opinião o terceiro capítulo não falhou em fazer.

Agora, dois meses após o lançamento do pacote principal, chega o primeiro de sete DLCs de história planejados para o jogo, The Forge. Trazendo uma nova tumba, cripta, equipamentos, modos de jogo e até multiplayer co-op, será que a expansão mantém o nível de qualidade e justifica seu preço?

Episódio da semana

Acessível no mesmo save da campanha principal, a história de The Forge aparece como uma missão secundária em Kuwaq Yaku, primeiro e pequeno hub do cenário de Shadow of The Tomb Raider. A trama resgata uma das coadjuvantes do jogo, Abigail, que Lara e Jonah haviam conhecido.

Porém, apareceu pouco na campanha, de vez em quando ajudando os personagens mas nunca ganhando um contexto desenvolvido. No DLC, ganha certo desenvolvimento, com Lara a ajudando a descobrir um segredo de família a partir de um velho mapa, que pertencia à avó de Abigail.

A trama é simples e curta, claramente não sendo o foco do pacote. Ainda entretém, mas da mesma maneira que um episódio de TV, de alguma série de aventura. Um episódio pouco importante. Seu objetivo, então, é contextualizar o caminho do DLC e nisso é o suficiente.

Imagem do jogo Shadow of The Tomb Raider: The Forge
A história é simples, curta e desenvolve um pouco mais de Abigail.

Vamos então, ao que mais importa: os cenários. Sendo uma expansão curta, com uma história de 1 hora ou menos de duração, traz apenas uma cripta e uma nova tumba. A cripta é decente, curta, fazendo uso das mecânicas básicas do jogo, entre elas o rapel, novidade de Shadow. É aqui que temos também o único momento de combate do DLC, onde Lara enfrenta coiotes (ou eram lobos?). Mas é uma seção mínima, não passando de dois minutos sequer.

O prato principal é, sem dúvida, a Forja do Destino, que dá título à expansão. O puzzle central é divertido, trazendo um elevador que, a partir do uso de flechas flamejantes e o gás inflamável liberado pelo cenário, vai subindo até o final da tumba. O seu design mantém a qualidade das outras encontradas na campanha principal, não só em termos de jogabilidade como também direção de arte. É um obstáculo digno de Lara Croft.

Imagem do jogo Shadow of The Tomb Raider: The Forge
Os cenários continuam exóticos… e perigosos.

Forjando novos modos

Entre as outras novidades de The Forge, se destacam os novos modos para as tumbas de desafio. O modo meta de tempo traz uma simples contagem, avaliando sua performance na Forja com bronze, prata ou ouro, dependendo de quanto demorou para completá-la.

Já o modo meta de pontos traz mais diferenças. Nele, você deve completar a tumba ao mesmo tempo que coleta chamas de diferentes cores, que acumulam pontos e, especialmente, uma cadeia de combo, aumentando o multiplicador e assim lhe dando mais pontos por cada chama. Lanternas pelo cenário também podem ser destruídas para contribuir com a pontuação. É um modo bem divertido, garantindo um fator de replay para a Forja e a outra tumba de desafio já presente no jogo inicial, Olhar do Juiz.

Imagem do jogo Shadow of The Tomb Raider: The Forge
O modo meta de pontos pode ser divertido e eletrizante.

A Forja também pode ser jogada em multiplayer co-op, uma novidade para o jogo. É apenas uma tumba, claro, mas a adição do modo indica futuros DLCs cheios de replay. Um dos jogadores controla Lara, enquanto o outro fica no comando de Abigail. Entre o resto das novidades, estão novos equipamentos e uma habilidade nova.

A habilidade, granadeira, permite que Lara crie e utilize granadas, algo aproveitado pelo novo rifle Umbrage 3-80, que vem em sua skin normal e uma skin “sombra”, que é vermelha. É uma arma silenciada por padrão e, combinada com a nova habilidade, pode ser utilizada no modo new game plus da campanha.

Imagem do jogo Shadow of The Tomb Raider: The Forge
Lara constatando o óbvio.

Um novo traje, Brocken “Sombra”, também é trazido no pacote, dando mais experiência a Lara por eliminações furtivas e fazendo com que seja percebida mais lentamente pelos inimigos. Tanto a arma quanto o traje são destravados após completar a missão Ecos do Passado.

Pouco tesouro nessa tumba

No entanto, isso tudo não é o suficiente para justificar a compra de The Forge. Custando R$15,80 separadamente, não adiciona muito e sua história dura apenas 1 hora ou até menos que isso. A trama é rasa e, mesmo com uma boa tumba, não é uma expansão muito memorável.

Talvez, após o lançamento de todos os DLCs, valha a pena jogá-lo a partir do passe de temporada. Os novos modos prometem, especialmente o co-op. Mas, com a possibilidade de usá-lo apenas na Forja, não tem muito espaço para explorar seu potencial.

Imagem do jogo Shadow of The Tomb Raider: The Forge
Infelizmente, com a curta duração, essa tela será alcançada rapidamente.

Vale mencionar também alguns problemas técnicos que o jogo apresenta, como o framerate em Kuwaq Yaku na versão do Xbox One padrão, onde testei o jogo. Dois meses após o lançamento, é um problema que não foi consertado. Essa performance também aparece nas outras hubs do jogo, especialmente. É um problema já existente do jogo inicial.

Para quem já possui o passe de temporada, The Forge vale a pena ser jogado. Porém, com uma história curta, apenas alguns equipamentos e novos modos pouco aproveitados além do conteúdo do DLC, não se justifica como uma compra individual. Até mesmo o passe de temporada, com seu preço padrão de 92 reais, não justifica o custo. Esperar o lançamento das sete expansões e um desconto no passe de temporada é mais seguro. Por enquanto, então, temos um primeiro pacote que aposta no bom level design de Shadow of The Tomb Raider, sendo eficiente e pouco memorável.

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