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Sinner: Sacrifice for Redemption é um jogo ao melhor estilo Souls-like, desenvolvido pela Dark Star e publicado pela Another Indie. Tendo como ponto principal a dificuldade de um Dark Souls, o game é para quem realmente é hardcore e gosta de muito desafio na sua jogatina. Focado nos 7 pecados capitais, Sinner os representa através dos 7 chefões iniciais, sendo eles a gula, luxúria, ganância, ira, orgulho, inveja e preguiça.

Chefão atrás de chefão

O jogo se destaca por seus inimigos serem quase que totalmente chefes, sem fases para se percorrer e com pouquíssimos inimigos menores em algumas batalhas. Algo parecido com Cuphead, que ainda apresentava poucas fases só com inimigos comuns. Tudo o que temos a fazer em Sinner é enfrentar os chefões, um atrás do outro, até chegarmos ao chefe final e conquistarmos a redenção ao vencê-lo.

Começamos a aventura escolhendo a ordem em que iremos enfrentar os chefões e, no final, existe um oitavo chefão que não vou dar detalhes para não estragar a surpresa em sua jogatina. Como falado anteriormente, cada um desses inimigos representa um dos 7 pecados capitais, mas o grande diferencial do game em relações a títulos similares é que, a cada chefe que enfrentamos, não ganhamos stats e ficamos mais fortes. Pelo contrário, somos enfraquecidos, trazendo um desafio muito maior a cada fase.

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Só de boa no meio do nada…

Como nos enfraquecemos? A cada chefe temos de sacrificar algo para enfrentá-lo, como atributos de ataque e defesa, itens, escudo e assim em diante. Mas, para balancear um pouco, a nossa vida máxima é aumentada a cada inimigo derrotado. Temos sempre a possibilidade de retirar esse sacrifício caso não consigamos ganhar a batalha e decidirmos lutar com outro chefe. O que acontece é que, no caso de derrotarmos um chefão, não podemos retirar este sacrifício, senão ele também se recupera e teremos que enfrentá-lo mais tarde novamente.

Embora o jogo nos faça abrir mão de um pouco da glória em cada vitória, temos um lado positivo: não precisamos ter medo de usar os itens pois ao fim de cada disputa, eles são recuperados, independente do resultado da briga ser positivo ou negativo.  Temos um grande leque de itens, sejam de cura, flechas, uma espécie de molotov e até mesmo um item que faz melhorar o ataque por alguns momentos, ajudando a repor a força de ataque perdida, mas este item penaliza o jogador tirando um pouco de sua vida. A vida aqui não é fácil!

Apesar de ser um game com foco nos chefões, alguns possuem a habilidade de chamar pequenos minions que, diga-se de passagem, atrapalham bastante. Eles causam dano considerável e costumam vir em grupo para cima da nossa personagem. Aliado ao fato que já estamos enfrentando um chefão, é um belo sufoco para matar estes pequenos inimigos e podermos voltar ao foco da luta.

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Não me bata mais, por favor!

Meu escudo, minha vida!

Em Sinner: Sacrifice for Redemption, você deve valorizar o seu escudo pois este parece ser feito de Vibranium – o mesmo metal do escudo do Capitão América. Podemos nos proteger de quase todos os ataques sem sofrermos dano, tudo graças a ele, mas claro que não é tão simples quanto parece. A defesa gasta stamina, logo, precisamos usar apenas nos momentos certos para não acabarmos sem energia para nos defendermos e irmos direto para a vala. Apesar da stamina se regenerar com considerável rapidez, todos os movimentos do jogo a utilizam, então se gastarmos muito com defesa e desvios, acabamos sem energia para bater no inimigo.

Um grande ponto positivo do jogo é que para cada chefe precisaremos de uma estratégia diferente para ganharmos, exigindo um pouco mais do jogador e deixando a jogatina divertida, sem ser repetitiva demais. Não é montando um set único de item X e Y, repetindo o estilo de ataque que iremos chegar à glória. Temos que escolher a cada chefe os itens mais adequados para os enfrentar, pensando também em como iremos nos movimentar e atacar durante a batalha.

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A caminho da morte…

Os gráficos do jogo mantém sempre o tom sombrio adequado para o estilo, lembrando uma espécie de Dark Souls do mundo indie. Tudo aqui é favorável para uma boa experiência do jogador que encontra efeitos e animações bem feitas e que dão o feedback essencial para manter a boa imersão. O som também contribui para esse efeito, com músicas minimalistas e um audio design bem construído. Tudo aqui deixa claro que a Dark Star quis mostrar serviço e entregar um trabalho bem feito.

Assim como Dark Souls, Sinner: Sacrifice for Redemption não é um game para qualquer um. Saiba que você estará se adentrando em algo que começa hardcore e que fica cada vez mais difícil. Diferente da maioria dos títulos indie, aqui temos um ambiente sombrio nada favorável para o jogador casual que, provavelmente, vai se sentir incomodado com as seguidas derrotas que vai sofrer.

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