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Um filme de sessão da tarde com Dolph Lundgren e Sniper Ghost Warrior 3 tem muito mais em comum do que você pode imaginar. O trailer do jogo com certeza deveria ser narrado pelo famoso dublador da Globo com frases como “Essa turminha de snipers vai aprontar uma tremenda confusão”. Esse é o sentimento que vai te acompanhar durante todo o jogo: genérico.

Raso, muito raso!

Você é Jon North, um exímio soldado Americano (não diga?) que se junta ao JSOC (Joint Special Operations Command) para procurar pelo seu irmão que foi capturado por um grupo separatista e pistas apontam estar na República da Geórgia. Claro que o jogo vai transformá-lo em um Robocop que vai libertar o país dos separatistas, praticamente sozinho. Afinal, você é um sniper de elite americano.

Sabemos que o jogo quer que você seja um lobo solitário, pois essa é a graça de ser um sniper. Mas o enredo todo é muito mal trabalhado, deixando a superficialidade tomar conta por completo. Em nenhum momento você sente que as missões realizadas são importantes ou que seus alvos mudam algo na história. É tudo muito genérico.

O pequeno John North

Na tentativa de se criar um laço emocional com o seu irmão, o jogo é uma jornada pelo seu resgate. A campanha se inicia com vocês dois jovens e uma historinha bonita, mas é tão mal trabalhada quanto o resto do game e nenhum laço é criado.

Open world linear?

Você inicia as missões de sua “batcaverna”, nome carinhoso que eu dei para o buraco no chão onde você tem sua base formada (quem construiu isso?), usando seu laptop para selecioná-las. Ali é também o local onde você vai fazer upgrades em suas armas, criar ou comprar munições, etc., sendo o seu QG entre as operações.

Essa forma de selecionar missões dá um ar completamente linear, mesmo que o mapa seja aberto e você possa ir aos pontos da forma que quiser, inclusive encontrando missões secundárias pelo caminho. Apesar da linearidade nas missões, o mundo aberto permite que você escolha seus pontos para sentar e cumprir sua missão, dando liberdade para que você atue como quiser, seja de forma mais ativa de perto ou mais fria de longe.

Você escolhe por qual lado chegar nos objetivos

O que era pra ser o maior destaque do jogo, eu não achei tão legal assim, pois é um tanto fácil eliminar os inimigos com a sniper. Acredite que Sniper Ghost Warrior 3 poderia ser mais difícil pra acertar tiros de uma distância bem longa, mas foi de uma facilidade tão grande, principalmente no começo, que até perdeu um pouco da graça.

Você conta com a ajuda de um drone para marcar seus inimigos. Se a bateria acabar, roda a animação dele voltando para sua mão e tá tudo ok. Não seria mais legal e daria mais emoção, ter que trabalhar o uso do drone também? Já que o jogo é construído para que você tente ser furtivo ao máximo, o drone deveria cair com o fim da bateria e alertar inimigos. Mas beleza,…

Inteligência Artificial que às vezes não tá nem aí

A Inteligência Artificial não é genial, mas eficiente o bastante para deixar o jogo divertido. Um tiro errado ou movimentos bruscos alertam os inimigos que fazem um bom trabalho em vasculhar tudo para encontrá-lo. Aliás, o jogo beneficia bastante quem tem paciência para ir aos objetivos sem dar uma de Rambo.

Porém, em alguns momentos, por bug acredito eu, alguns inimigos simplesmente ignoraram corpos ou tiros errados bem ao lado. Mas foram casos isolados e que com certeza não afetaram o jogo, até por ser um bug que hoje em dia virou quase padrão nos games AAA.

Acertando os mamilos para acabar com a polêmica

Um dos pontos interessantes do jogo é fazer com que o jogador sempre tenha que ficar ligado em seus recursos. Do contrário, você vai se encontrar em sérios problemas durante as missões. Algumas vezes, por total falta de atenção ou por julgar errado que uma missão seria bem mais fácil, acabei por me encontrar sem munição ou sem qualquer medicamento.

O jogo também te dá uma coleção ampla de armas e acessórios para equipar cada arma, abrindo um leque de opções imenso e deixando que você crie o melhor setup para o seu estilo de jogo, lembrando que o silenciador tem vida útil e precisa ser consertado, senão vai fazer uma barulheira do inferno e chamar todos os inimigos para si no campo de batalha.

Monte seu estilo

Como está virando costume em jogos de ação, eles pegam emprestado alguns elementos de RPG como a árvore de habilidades. Em Sniper Ghost Warrior 3 você tem três estilos de jogo que podem ser trabalhados dentro da árvore: Sniper, Ghost e Warrior.

Melhorando as habilidades de Sniper, você tem melhorias que favorecem ser sorrateiro e distante, podendo manipular câmeras de segurança, escutar sons de passos, segurar o ar por mais tempo, entre outros. Já nas habilidades de Ghost você vai ter facilidades para capturar recursos quando matar corpo-a-corpo, encontrar itens com mais facilidade no mapa, tomar menos dano de explosões, entre outros.

Como Warrior, você vai tornar o seu personagem mais preparado para os momentos de tensão onde tudo deu errado e eles sabem que você está ali, podendo correr mais, carregar mais pentes de munição para os rifles, recarregar mais fácil, etc.

Esta é sua árvore de habilidades

Divertido, mas nada demais

Sniper Ghost Warrior 3 é um bom game? É, mas não vai marcar seu coração nem criar um desejo de se platinar. É um jogo que passa o tempo mas é tão genérico, mas tão genérico, que nem Michael Bay conseguiria transformar em sucesso. Para piorar, o multiplayer ainda não foi lançado pois os desenvolvedores queriam focar primeiro na campanha (?). É aquele jogo para quando você fica gripado em casa, não pode trabalhar e não tem nada melhor pra jogar ou assistir na TV.

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