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Swarm, produzido pela Hothead Games (DeathSpank, Penny Arcade Adventures), é mais um destes games indie que você não esperava e foi lançado de surpresa. Os mais atentos sabem que o game deu as caras pela primeira vez na PAX 2010, com uma demo completamente diferente do produto final. Creio que o game tenha ganhado popularidade com seu polêmico trailer europeu (banido nos Estados Unidos), em que uma garotinha se diverte imaginando várias formas de matar os Swarmites, as criaturas azuis do game. Polêmica à parte, o jogo é fantástico. O objetivo aqui é conduzir 50 Swarmites até o final de cada fase, vencendo obstáculos e obtendo a pontuação necessária para prosseguir.

Na trama, a tal raça alienígena cai em um planeta devastado e inicia sua dominação. A mãe alien demanda que seus filhotes bípedes coletem moléculas de DNA para alimentá-la e espalhar seus tentáculos pelo mundo. Estes tentáculos funcionam como meio de transporte para os Swarmites. Em cada fase, cujo orientação é no estilo plataforma side-scroller, há um tentáculo no início da fase e outro no final. Há inúmeros obstáculos, armadilhas e perigos para enfrentar. Não é necessário terminar cada fase com os 50 Swarmites vivos, pois suas mortes também contabilizam pontos. Para repor a quantidade, basta alcançar ninhos azuis espalhados pelas fases. Resumindo, a fórmula de sucesso é: seja rápido e colete o máximo de moléculas no menor tempo. Não se preocupe com a morte dos Swarmites, pois isso ativa o multiplicador de pontos. Aliás, você pode terminar a fase com apenas uma criatura. Caso todos morrerem, você volta ao checkpoint e perde o multiplicador.

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Controlar os 50 Swarmites pode parecer uma tarefa impossível, mas não é. Você controla o grupo como um todo, usando os botões LT e RT (no caso do Xbox 360) para agrupar ou afastar os Swarmites. Além disso, você pode fazer eles pularem mais alto, arremessar objetos, destruir caixas e se empilharem para alcançar moléculas fora de alcance. É uma jogabilidade simples, mas que requer uma certa coordenação diante de tantas armadilhas que cada fase oferece. Serras, lava, minas terrestres, gêiseres, barris explosivos, espinhos, raios, rochas, seres famintos… Os Swarmites podem morrer de inúmeras formas. E é exatamente isso que dá charme ao jogo, pois as mortes ocorrem de forma cômica.

O jogo é graficamente bonito e apresenta cenários muito bem construídos. Felizmente há pouca repetição, pois cada fase oferece desafios específicos. Já a dificuldade é grande e varia de acordo com os obstáculos e as suas decisões, que nem sempre dão certo uma vez que você tem que lidar com a burrice dos Swarmites. A Inteligência Artificial ironicamente funciona só quando quer, resultando em Swarmites fazendo maluquices que causam a morte de seus parceiros. Isso vai te atrapalhar muitas vezes, mas não ao ponto de ficar frustrado. O que realmente frustra em Swarm é a pontuação mínima imposta para abrir cada fase. Várias vezes me deparei com o final da fase sem alcançar a pontuação estabelecida, tendo que obrigatoriamente repetir a fase.

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Por $10 dólares ou 1200 MS Points, Swarm oferece bons desafios e muitas gargalhadas. É um game criativo, viciante, com ótima trilha sonora e com controles que funcionam bem. A dificuldade elevada e barreira de pontuação para cada fase pode incomodar alguns jogadores, mas não a ponto de fazer desistir da jogatina. Agora se você precisa de um incentivo extra, eis um bom: a versão de Xbox 360 dá ao seu avatar um chapéu e um Swarmite de estimação. Compre agora!

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