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Espaço, a fronteira final, extensão infinita de massa, energia, matéria e quem sabe o que mais nos espera por entre as estrelas que brilham aleatoriamente por este imenso manto cósmico. TECHNOSPHERE RELOAD brinca com a ideia de uma raça humana extremamente avançada que colonizou as estrelas e agora deve utilizar uma esfera altamente tecnológica para salvar a humanidade ao reparar os equipamentos que impedem que um gigantesco meteorito que está sendo minerado pela raça humana de cair sobre nosso pequeno planeta azul.

Sendo uma versão aprimorada de TECHNOSPHERE, o novo título tenta inovar em algumas coisas, mas ainda continua sendo um jogo de nicho do estilo marble. Por isso se você é um dos aficionados por solucionar puzzles enquanto controla esferas pela tela, talvez este game seja para você.

Controle para TECHNOSPHERE RELOAD

TECHNOSPHERE RELOAD permite ao jogador controlar uma super esfera tecnológica por uma pista de obstáculos a fim de reparar os sistemas giroscópicos que mantêm um gigante meteorito pairando sobre a órbita da Terra. Por algum motivo os sistemas entraram em pane e resta ao jogador encarnar um dos engenheiros responsáveis por controlar a TECHNOSPHERE por estes imensos labirintos tecnológicos, mas acredite esta missão será realmente difícil.

Pisa no freio zé!

O jogo é relativamente curto, contando com apenas oito níveis, apresentando diferentes desafios e cenários variados, todos representando um segmento diferente de maquinário ou do meteorito, em uma amálgama de aço e rocha. Exigindo muito do jogador e do seu controle sobre a pequena esfera que se movimenta como se todo nível fosse uma “fase de gelo”, ou seja, a pequena esfera é inconstante em seu movimento as vezes, fazendo com que o jogador tenha que estar sempre apertando Shift para trava-lá no local desejado.

Na busca pelos labirintos o jogador irá se deparar com belos cenários, isso realmente é algo no qual a equipe da Adaptive Game se esforçou bastante, o interior do corpo celeste é realmente muito detalhado. Contando com cristais espaciais, circuitos e cabeamentos espalhados pelo nível e incríveis efeitos especiais relacionados a ambientes ativos e armadilhas espalhadas pelo labirinto do jogo. No entanto, a iluminação às vezes pode acabar sendo uma armadilho por si só.

Em alguns momentos o jogo acaba sendo muito escuro e isso pode acabar escondendo um buraco inoportuno, as armadilhas em si são fáceis de se reconhecer, tendo em vista que muitas vezes elas são iluminadas. Para controlar a câmera, o jogador pode utilizar as teclas Q e E, movendo a câmera para esquerda e direita respectivamente, podendo assim observar o caminho de diferente maneiras e prevenindo uma morte horrível para nossa amiga esférica.

Salvando a humanidade, um circuito por vez.

Os outros comandos são WASD, para movimentação da esfera, Shift para frenar, espaço para pular e em determinados o Alt Esquerdo pode liberar uma onda de choque, utilizada para solucionar alguns puzzles. O jogo conta com diferentes configurações para a esfera também, exceto quando pegamos a configuração verde, que limita a mesma apenas ao movimento, neste momento o controle da esfera fica impossível, tornando cada movimento da mesma em uma panela de óleo, mais escorregadia do que se poderia imaginar.

Algo que o jogador deve sempre estar de olho são os medidores de energia, a esfera se move através de um combustível chamado “Energon”, que pode ser obtido pelos níveis. Fora isso o jogador também pode encontrar moedas que servem para aumentar a sua pontuação e vidas extras, já que se possui apenas cinco vidas logo de cara para se terminar o nível, caso elas acabem antes disso, é de volta para o começo. Isso é algo um tanto quanto irritante, já que facilmente se pode perder o progresso, tendo em vista que a esfera muitas vezes se encontra na configuração verde, ou em estágios que agem como gigantes armadilhas.

Será que roda Minecraft?

As grandes novidades em relação ao título anterior são a adição de um modo chamado Doomsday. Ou seja, um modo onde o jogador deve correr contra o tempo para evitar que o corpo celeste caia sobre a Terra. Existe uma melhora em relação a movimentação da esfera – se é que podemos chamar isso de melhora – e um trabalho mais aprofundado nas diferentes mecânicas de jogo, permitindo a instalação de novos puzzles em relação ao primeiro título.

TECHNOSPHERE RELOAD também traz um suporte completo a controle, se você acha que está difícil demais controlar a esfera pelo teclado, pode tentar utilizando um controle. Como no momento não disponho de um, não pude experimentar esse modo de jogo, no qual, talvez com a utilização de um controle, teria me saído bem melhor em busca de salvar a humanidade, passando pelos complicados e “injustos” puzzles.

Fecha-te Sésamo.

Muitas das vezes os puzzles de TECHNOSPHERE RELOAD se tornam angustiantes, pulos precisam ser milimetricamente calculados para se pousar nas plataformas. Os pistões muitas vezes adotam padrões irregulares, fazendo com que acabemos perdendo vidas e muitos outros perigos que surgem de maneira inusitada diante do jogador. Existem níveis onde se é impossível tocar o chão por extensões, lasers que destroem as plataformas e determinados pontos onde o menor erro pode ser fatal acabam tirando a imersão do jogador.

A falta de uma trilha sonora também compromete o produto final, realmente se pensarmos que no espaço é impossível a propagação de som, até poderíamos levar em consideração essa escolha por parte da equipe responsável pelo jogo. Mas como o jogo se passa dentro de um local fechado, ou seja no interior do asteroide e existem efeitos sonoros de movimento, acionamento de elevadores e botões, acredito que poderia sim, ter sido criada uma trilha sonora para o jogo.

TECHNOSPHERE RELOAD é como o gênero ao qual pertence, um jogo de nicho, contando com um grupo de jogadores que se amarram em resolver puzzles utilizando os objetos esféricos, mas, infelizmente, o game muitas vezes acaba se mostrando massante, repetitivo e as vezes até mesmo um pouco injusto com suas mirabolantes armadilhas e controles escorregadios.

Review – Unicorn Overlord

Renato Moura Jr.Renato Moura Jr.16/03/2024