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Se você é um dos poucos jogadores no mundo que ainda não jogou The Witcher 3: Wild Hunt, agora não tem desculpa. Com o lançamento da edição completa para o Nintendo Switch, você poderá jogar esta obra da CD Projekt em qualquer lugar e a qualquer momento. Mas se prepare para mais de 150 horas de jogatina com muita ação, carteado e safadezas.

Sucesso no PC e consoles em 2015, The Witcher 3 é um verdadeiro clássico. Um jogo absurdamente incrível, com campanha densa, cheia de escolhas, missões secundárias e exploração a perder de vista. Por se tratar de um RPG de ação bastante complexo, não vou me aprofundar neste review mas sim avaliar a portabilidade do game para o Switch. Para saber mais da trama e gameplay, recomendo assistir ao vídeo review que fiz na época para o canal do Gamerview.

Um milagre no Switch

Nesta aventura você verá um pouco de tudo: romances, traições, guerras, bruxaria, criaturas fantásticas, tudo o que os livros de Andrzej Sapkowski tem de bom. Aliás, tá vindo aí a série da Netflix, explorando ainda mais o lore dos livros. Agora vou confessar uma coisa: eu nunca consegui terminar The Witcher 3. Se eu completei 60% do game, foi muito – e nunca encostei nos DLCs. O lançamento no Switch veio como um grande alívio, pois sabia que não voltaria a jogar no PC.

Imagem do jogo The Witcher 3: Wild Hunt - Complete Edition
Essa não, vou correr deste ganso antes que ele roube minha espada.

Claro que esta é uma versão capada do game original, com o downgrade visual necessário para rodar bem no console híbrido da Nintendo. Tem gente que vai torcer o nariz, mas já parou pra pensar nos desafios técnicos que a Saber Interactive precisou encarar para tornar isso realidade? O resultado é literalmente um milagre. Chega a impressionar ainda mais que os excelentes ports de DOOM e Wolfenstein II: The New Colossus para o Switch.

No dock, The Witcher 3 roda em resolução dinâmica em 720p e estável nos 30 frames por segundo. Já no modo portátil o game rode em 540p, também nos 30 fps. A queda de frames acontece tanto no dock como no portátil quando há muita coisa rolando na tela, como o movimentado centro de Novigrad com NPCs para todos os lados. Ainda assim, é impressionante ver que conseguiram preservar detalhes como o realismo da água e a iluminação criada pelo pôr do sol.

Para suavizar o serrilhado nos gráficos, principalmente durante a movimentação do protagonista Geralt, há uma opção de blur para ativar no menu principal. É um filtro mais do que bem vindo se for jogar dockado na TV. No portátil, porém, o filtro não é o suficiente para esconder a batalha que o jogo trava com o hardware do console. E se você acha que a Saber Interactive cortou coisas para o game ficar mais leve no processamento, pensou errado: nem mesmo a quantidade de NPCs foi reduzida no produto final.

Imagem do jogo The Witcher 3: Wild Hunt - Complete Edition
Nos diálogos, o downgrade foi bem menor.

Como é de se esperar, o downgrade traz consigo algumas coisas irritantes. Um deles é o popping: carregamento atrasado de formas 3D e texturas. Rola com frequência, principalmente em cutscenes. Outro detalhe notável é a baixa qualidade das texturas, geralmente dando aquele aspecto de borrão nas coisas. Cavalgando com o Carpeado em áreas ricas em detalhes, como cidades e vilarejos, as texturas não chegam a incomodar justamente por você estar em movimento. Agora se for caminhar lentamente observando tudo, bem, não tem como não notar isso.

Infelizmente The Witcher 3 de Switch não faz uso do cross-save (via compartilhamento de save na nuvem), que permite pegar seu save no Steam ou GOG e transferir para o console e continuar à partir daquele momento. Rolou com o port de Divinity: Original Sin 2 e certamente seria muito bem vindo aqui. Eu não me importo de recomeçar a aventura, uma vez que mal lembro a história e missões que concluí, mas seria uma mão na roda pra quem pretendia jogar intercalando entre o Switch e PC.

Experiência inesquecível

Dados todos os detalhes sobre a parte técnica, vamos ao que realmente importa: o jogo. The Witcher 3 é fantástico do começo ao fim, com uma história riquíssima e personagens carismáticos. Ciri, Vesemir, Yennefer e Triss forma o grupo da trama principal na luta contra a Caçada Selvagem, mas há espaço para muitas histórias secundárias cheias de dilemas e tão interessantes quanto. A exploração é totalmente livre, suas decisões tem peso no mundo, o sistema de progressão é bastante completo e tem até jogo de cartas pra relaxar, o famoso Gwent.

Imagem do jogo The Witcher 3: Wild Hunt - Complete Edition
A primeira batalha épica do game rola contra este grifo.

Pra quem curte RPG com bastante loot, vai pirar neste game. A todo momento você encontra novas espadas, armaduras, itens de melhoria, coisas pra colocar no Carpeado e por aí vai. O jogador pode livremente definir seu estilo de jogo, por exemplo aprimorando somente as habilidades mágicas de sua preferência. No Gwent, rola a busca por novas cartas e o desafio de vencer todos os NPCs que se dizem bons adversários. Coisas pra fazer é o que não falta, pode ter certeza.

The Witcher 3: Wild Hunt – Complete Edition é imperdível, mesmo com todo esse downgrade no Switch. O que irá incomodar pra valer, neste momento de lançamento, é o preço praticado na eShop brasileira: absurdos R$349. E olha que é um jogo de 2015, heim! Nem Luigi’s Mansion 3, que sai logo mais no dia 31 de outubro, custa tudo isso.

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