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Está claro que o governo atual não está atendendo às necessidades da população em geral. Os problemas se acumulam, os empregos desaparecem, os preços sobem vertiginosamente e a corrupção se espalha como incêndios em florestas tropicais. Claramente, estou falando de um governo muito conhecido. A dinastia Han, responsável pela China de 206 a.C até 220 d.C.

Em Total War: Three Kingdoms – Mandate of Heaven, capítulo de expansão para o título já avaliado no GamerView, vivenciamos uma perspectiva prévia dos acontecimentos do jogo base. Antes que os três reinos se formem, revoltas populares surgiram, aproveitando-se da instabilidade do império e buscando insurgir a população para uma revolução.

Viva la revolución!

Passando-se 24 anos antes dos acontecimentos de Total War: Three Kingdoms, Mandate of Heaven nos adiciona a possibilidade de, além dos personagens base em novas situações, controlar os três líderes da Revolução dos Turbantes Amarelos – Zhang Jue, Zhang Bao e Zhang Liang – e outros líderes do Império Han – o Imperador Liu Hong, o Príncipe Liu Chong e Lu Zhi.

Imagem de Total War: Three Kingdoms - Mandate of Heaven
O que não faltam são variedades de territórios na história da China

Dos dois lados desta disputa, tanto o Império Han quanto os Turbantes Amarelos reinvindicam o Mandato dos Céus, uma doutrina política e religiosa utilizada para justificar o direito de governar a China. Diferentemente do conceito europeu de direito divino de reinar, onde tal direito vinha pela linhagem real, a versão oriental permite que um governante receba este mandato durante sua vida, seja pela injustiça dos governantes prévios ou por realizar atos heróicos.

Com o conhecimento desta base teórica, não temos uma definição clara de um lado bom e um lado ruim, como em todos os pontos da história – menos os nazistas, eles têm mais é que sofrer, sempre. Portanto, Total War: Three Kingdoms – Mandate of Heaven nos permite vivenciar os dois lados da história e simular “o que aconteceria se?” Ter a soma destas narrativas prévias com as campanhas base resultam em enorme conjunto de possibilidades com um fator de rejogabilidade considerável.

Imagem de Total War: Three Kingdoms - Mandate of Heaven
De missão em missão, a história é contada

Todo bom general não vem ao campo de batalha sozinho. Junto com os novos personagens, temos disponível para o combate 40 novas unidades únicas e diversas habilidades para cada um deles. No campo em si, as diferenças não são tão gritantes, porém nos momentos de cercos e defesas intensas de território, tais unidades trazem uma realidade especial.

O grande ponto diferencial entra na variação das campanhas que se iniciam em 182 d.C, tanto para os seguidores da Dinastia Han quanto para os Turbantes Amarelos.

Deus é testemunha que eu queria beber leite

Para as facções do Imperador, temos uma geral, o Conselho Imperial, onde três grupos buscam a supremacia política para influênciar o imperador e direcionar seus passos com novas missões. Além disso, para Liu Chong temos a Fortitute – recurso que dá bônus às tropas conforme o fluxo de batalhas aumenta – e os Troféus – onde os feitos militares liberam tais itens a serem exibidos e oferecerem recompensas. Para Lu Zhi, temos à nossa disposição a Grande Biblioteca, onde conseguindo feitos cívicos, recebemos a possibilidade de exibir até cinco obras para a população, liberando recompensas e bônus pelos conjuntos.

Imagem de Total War: Three Kingdoms - Mandate of Heaven
Não deve em nada a qualquer filme histórico

Para os Turbantes Amarelos, todos os três generais possuem acesso a dois recursos: Zelo e Fervor. O Zelo é a força da rebelião, aquela chama interna que motiva o povo a enfrentar suas limitações e medos para insurgir contra o governo, sendo mantida capturando condados e lutando as batalhas. O Fervor representa o crscimento do suporte popular, a instabilidade social gerada pelas ações dos Turbantes Amarelos, aprimorando a desordem pública e levando à queda do Império Han.

Estas variações de mecânicas e recursos trazem um diferencial não só para a expansão Total War: Three Kingdoms – Mandate of Heaven, exigindo que trabalhemos muito mais com a cabeça do que com as mãos, pensando mais sobre posicionamentos sociais do que o tamanho do exército em si. Isso faz com que o jogo se diferencie do cenário geral dos jogos de estratégia atuais, que só pregam o conceito de diplomacia, mas não levam em conta os ataques morais devastadores causados por revoluções em regiões próximas, coisa que Mandate of Heaven faz muito bem.

Imagem de Total War: Three Kingdoms - Mandate of Heaven
Seria muito bom ter uma análise dessa para mais coisas na vida

Por maior que Total War: Three Kingdoms seja, é sempre bom receber mais um pacote de conteúdo, ainda mais quando o que lhe é adicionado faz tão bem ao conjunto de histórias a serem contadas, assim como novas mecânicas que fazem com que Total War: Three Kingdoms se mostre ainda mais como um expoente no gênero.

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