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Depois do sucesso de Type:Rider, Vandals é a nova aposta da produtora Cosmografik em parceria com a ARTE (uma TV cultural europeia), Ex-Nihilo e Novelab. Para você que está acostumado com os “Square GO” (como os de Lara Croft e Hitman), esse será um jogo familiar – usando as mesmas bases de puzzle e furtividade – mas ainda assim inovador. O objetivo do jogo é o que mais difere da série GO: nada de heróis pulando em runas ou assassinos buscando o crime perfeito.

Vandals consiste em grafitar muros, paredes ou veículos abandonados sem ser pego pela ronda policial noturna. Através de 5 cidades diferentes, você vai conhecer a história do grafite e de 40 grandes nomes da arte de rua, que influenciaram a cultura urbana desde os acontecimentos de maio de 1969, em Paris, até os dias de hoje.

Imagem do jogo Vandals
Você pode escolher as cores, fontes, e criar o rabisco que quiser. Deu pra ver que levei a palavra “rabisco” a sério…

Jogando sozinho

Vandals praticamente não tem narrativa e nem tutorial: você é um garoto que quer espalhar seu trabalho com sprays de tinta pelos muros da cidade. Na verdade, você já começa jogando antes mesmo da própria introdução. É só clicar para descobrir. E isso pode ser algo tanto instigante para quem já está habituado como estressante para os jogadores de primeira viagem. Dessa mesma forma, o fato de que os movimentos do jogo são todos feitos através do mouse pode causar um certo desconforto.

Voltando à jogabilidade, o seu objetivo é chegar ao local a ser grafitado, mandar ver com os sprays e sair da fase; tudo isso sem ser pego por quem quer que esteja te impedindo: guardas noturnos, cachorros ou câmeras de segurança. Sendo assim, no cenário vão aparecer trilhas por onde seu personagem pode transitar, e nelas estarão demarcados os ângulos de visão dos inimigos. Basta que no seu turno você caminhe sobre o campo de visão de um policial, para que ele dispare o alerta e, no próximo turno, siga você – a menos que você consiga despistá-lo. E para isso cada estágio oferece recursos de distração (apitos, garrafas velhas) e desvio (grades cortadas, bueiros) para que você monte o seu próprio caminho para o local marcado com o ícone do spray.

Acontece que, quando você finalmente expõe sua obra de arte, o ruído das latas também desperta a atenção dos vigias a algum raio de distância, e isso também faz com que eles te persigam. Se você permanecer em um ponto e, no próximo, turno esse ponto estiver dentro do campo de visão do policial, você é pego (mesmo que esteja na sua vez de jogar).

Imagem do jogo Vandals
Os recursos novos são inseridos de acordo com o progresso no jogo.

Sistema de bônus

Se você gosta de algo mais desafiador, Vandals tem algumas propostas de bônus para quem se esforça em descobrir o melhor do jogo. Dentro de cada fase há uma estrela para coletar no meio da trilha, e existem então outras duas: uma delas você consegue quando completa a fase sem ser visto, e a outra você consegue se completar a fase dentro de um determinado número mínimo de movimentos (que varia conforme o nível de complexidade da fase). Não sendo bastante, algumas fases possuem “níveis secretos” que são acessados quando você garante as três estrelas da fase.

Vandals oferece ao total 60 puzzles que não são extremamente complexos, mas podem te prender por horas na mesma fase caso você não se considere o melhor em resolver quebra-cabeças, afinal a trajetória é linear. Os jogadores que estão mais acostumados com esse tipo de jogo, terminar Vandals pode ser uma questão de menos de um dia. Neste caso, recomendo que pegue a versão para smartphone.

Imagem do jogo Vandals
Cuidado para o cachorro não morder a sua bunda.

As mecânicas descritas acima fluem muito bem, de modo que você não se sente atropelado pelo jogo: os recursos mais complexos são inseridos de acordo com o grau de dificuldade de cada fase. Exceto pelo fato de que talvez eu mesma não tenha muita habilidade em desenhar coisas aleatórias com o touchpad do notebook, o jogo tem uma performance ótima nas duas plataformas para as quais foi lançado. Os gráficos são muito bons e tem um estilo característico de arte urbana, com um ar levemente “cyber” que se dá pela paleta de cores azul escuro, amarelo e alguns tons de vermelho. Nessa mesma pegada, a trilha sonora é marcante e agradável, não atrapalhando a concentração durante o jogo.

Dito isso, Vandals tem mais a cara de um título mobile do que para PC ou console. Não é um jogo pelo qual se passa o dia todo ansiando por ele, mas sim para distrair, relaxar e ajudar a colocar seu raciocínio lógico e estratégia em dia. Se você começar a ter muita dificuldade nas fases, não se frustre: apenas “esqueça” por um dia e, quando voltar, pode tentar de novo e conseguir. Portanto, para quem é novo na área de jogos puzzle, Vandals é um bom começo.

Imagem do review de Dicefolk

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