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Os Britânicos invadiram a terra dos vikings em uma cruzada por sangue e destruição. No meio de todo esse caos de Viking Vengeance, você foi uma das crianças levadas pelos inimigos para serem criadas e futuramente usadas contra seu próprio povo e cultura. Um absurdo.

O título é um roguelike que se utiliza do estilo criado em Diablo, sendo desenvolvido e distribuído pela Lowpoly Interactive. O game traz uma proposta interessante com um bom potencial, mas ainda tem algumas pedras no caminho.

O enredo precisa ser polido

Viking Vengeance começa contando sobre a destruição causada contra os guerreiros nórdicos pelos britânicos e sua religião, a partir daí ele nos coloca na pele de um personagem nascido viking, porém, sequestrado e criado pelos britânicos, e é aí que o jogo começa a tropeçar bastante.

Mesmo depois de toda a história do início o jogo não trabalha o fato de que você é um representante da classe que foi separado de seu povo. Inclusive, do nada, você deve escolher entre apenas duas classes bem básicas e ele já começa te colocando para matar o soldado britânico que estava mandando em você.

Imagem do jogo Viking Vengeance
É bem fácil identificar os inimigos

Sobre as classes de Viking Vengeance, é tudo bem limitado e genérico, temos apenas um guerreiro corpo-a-corpo e um outro que ataca a distância. E para ser muito sincero com vocês, não existe uma grande diferença entre os dois além da distância de seus ataques, pois no fim os poderes divinos que usamos acabam sendo os mesmos.

Realmente faltou muito uma construção de história. A ideia é boa mas parece que se dedicaram muito a coisas menos importantes e isso acaba pesando nos diálogos. As piadas contadas são péssimas e bem fora de hora, isso sem mencionar os vários momentos em que nem consegui ler o diálogo pois ele apareceu em um momento completamente errado.

Dá pra ver potencial em Viking Vengeance

O gráfico de Viking Vengeance é bacana e se encaixa bem com a proposta, mas o que desanima mesmo são as animações de basicamente tudo. O jogo em si é extremamente travado e não passa uma sensação muito legal nas batalhas.

Imagem do jogo Viking Vengeance
Thor é o primeiro deus de Viking Vengeance.

Sempre que eu me encontrava em qualquer conflito, ficava a impressão de que não estava acertando os inimigos, por mais que eu estivesse com o mouse claramente em cima deles e que minhas habilidades visivelmente acertavam todos eles de forma poderosa. Creio que muita gente se irritará com isso também.

É possível ver o potencial de Viking Vengeance ali em algum lugar, mas tudo fica muito bem escondido atrás de uma gameplay lenta, confusa e quebrada, principalmente para quem está acostumado com jogos desse estilo que normalmente são muito mais ágeis.

No fim você acaba se acostumando e ele se torna um jogo aceitável por suas idéias bacanas, como poder se tornar um dos deuses nórdicos no meio da batalha. Também confesso ter visto gráficos poligonais melhores na vida e a escolha de cores é meio neutra, mas ele acaba combinando com esse cenário destruído pela guerra.

Imagem do jogo Viking Vengenace
Vou ser sincero, já vi jogos pixelados mais bonitos.

Para dar um veredicto, temos de concordar que Viking Vengeance tem seu charme, os gráficos são agradáveis e, de certa forma, ele acaba se saindo bem. É notável que o jogo precisa ainda de muitas melhorias, mas também é nítido que ele pode se tornar um jogo no mínimo bem divertido.

Recomendo que esperem uma promoção ou algo do tipo para adquirir o game, pois pegar ele agora pode ser decepcionante para muitos jogadores que exigem muito mais polimento e, sinceramente, eu concordo que o jogo peca muito na falta de detalhes que fariam toda a diferença.

Review – Unicorn Overlord

Renato Moura Jr.Renato Moura Jr.16/03/2024